40. Verdade ou consequência

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Sander

A minha cabeça estava a mil.

A noite pareceu ter passado rápida e eu nem se quer consegui mais pregar os olhos.

O momento que tive com a Dallas não saía da minha mente e tudo que eu mais desejava era poder ter continuado aquilo. Bom, eu continuei, só que sozinho, de baixo do chuveiro, por mais de trinta minutos. E depois no quarto, durante uns quinze minutos.

Estava ficando cada vez mais difícil de me controlar. Aqueles toques invadiam a minha cabeça a todo minuto.

Confesso que nunca tive isso com uma garota, até porque no final eu sempre comia todas elas, mas com a Dallas está sendo diferente. Eu acho que sentia isso quando dei aquele chupão nela, só não tinha percebido.

Mas agora eu estou percebendo que a vontade de foder aquela garota está aumentando cada vez mais. Principalmente depois disso que fizemos.

Dallas

Nessa noite eu fiquei meio desorientada.

Assim que saí do colégio, fui para a praia pra tentar ocupar a minha cabeça um pouco, mas logo depois fui mentalmente obrigada a ir em um bar pra tentar esquecer tudo aquilo que a Muriel havera falado para mim.

Como eu não tinha dinheiro pra pagar o que tinha bebido, fugi do bar. Um dos seguranças até tentou me parar na hora, mas quase foi atropelado quando ia atravessar a rua.

Não podia contar quantos homens me olhavam por estar bebendo tanto, principalmente o barman, que me observava estupefato. Eu ri no momento.

Eu nunca chorei tanto que nem chorei ontem. Na rua, as pessoas olhavam pra mim, curiosas, querendo saber o motivo do meu choro. Teve uma mulher que até chegou a me perguntar se eu estava bem e se precisava de alguma coisa.

Quando cheguei em casa, a minha vontade era de desabafar com o Sander e contar pra ele tudo que estava acontecendo. Mas depois eu não sei o que aconteceu. Quero dizer, eu lembro o que aconteceu entre nós dois, mas não sei porquê diabos aconteceu.

E agora estou sentindo um puta remorso de ter feito aquilo.

Me encontro aqui de baixo do chuveiro, tentando aliviar a dor de ressaca. Eu estava sentindo que a minha cabeça iria explodir em pouco tempo.

Desliguei o chuveiro, me sequei, coloquei a roupa que tinha pegado do Aaron e dei uma olhada rápida no espelho, vendo uma Dallas de cara inchada e de ressaca.

Respirei fundo e saí do banheiro, rezando para não ter que me deparar com o Sander.

Por sorte eu não o vi.

Então, cambaleei meio tonta até a escada e, em menos de cinco degraus, eu caí. Sim, eu caí. Saí rolando que nem uma bola gigante de neve.

- Caiu?

Olho para cima e me deparo com um par de olhos azuis claros me encarando.

- Não animal, tô dançando brake, não tá vendo? - Respondo com sarcasmo. Aaron dá de ombros, continuando a comer o seu cereal com leite. Ele se direcionou à sala e se sentou no sofá.

Me levantei com dor e trotei até a cozinha.

Procurei por algum remédio contra dor de cabeça e achei no armário de panelas. Me perguntei o porquê do remédio estar ali, mas deixei pra lá, lembrando que estava na casa do Spencer e do Aaron.

Agarrei um copo e o enchi de água, tirei três pílulas da cartela pequena e engoli tudo de uma vez. Foda-se.

Me sentei num dos bancos que havia em volta da bancada e dei um longo suspiro, passando minha mão pelo meu cabelo molhado e bebendo mais um pouco de água.

DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora