44. Teleférico

1.2K 112 53
                                    

Dallas

Agora eu tenho mais do que certeza que eles estão namorando.

Que merda.

O resto do dia se baseou em raiva, ódio e vontade de bater na Jennifer outra vez. Não só nela, mas no Sander também.

Eu tinha desanimado pra fazer a atividade, então pedi permissão pra ficar dentro do hotel. Os professores deixaram, já que alguns alunos estavam lá porque não queriam participar também.

Agora é a hora da janta. Estou aqui escolhendo o que vou comer. O cardápio desse hotel é bem variado, vai das melhores carnes até os pratos vegetarianos.

Peguei o que eu queria e fui me sentar. Procurei por alguma mesa vazia ou com alguém que eu conheça. Exceto o Sander e a Jennifer.

Achei Danny e Felipe sentados com algumas pessoas e caminhei até eles. Eles estavam discutindo.

- Cala a boca. Não dirija a palavra à mim. Escroto. - Danny disse.

- Meu cachorro é mais bonito que você, Danny. - Felipe provocou.

- Dá meus parabéns pra ele então.

- Não.

- Então dá o cu, filho da puta. - O garoto se revoltou e eu ri. Eles finalmente perceberam a minha presença.

- Oi. - Falei, me sentando.

- Nem te vimos aí. - Danny disse, comendo.

- Eu percebi.

- Cadê a Sandrina?

- Cheguei, bando de gay.

E falando no babaca...

Ele se sentou do meu lado. Me afastei um pouco, sem ninguém notar. Sander e eles começaram a conversar, enquanto eu me mantia quieta e tentando me controlar pra não arremessar o prato na cabeça desse inútil.

Eu só queria saber porque ele não me conta logo de uma vez que está namorando com a Jennifer. Quem sabe assim eu pare de gostar dele rápido. Seria bem mais fácil.

A hora de subir pro quarto estava longe, mas mesmo assim eu decidi me levantar e ir pra lá.

- Hey, aonde vai? - Sander pegou na minha mão e me segurou.

Senti o meu corpo amolecer e o meu coração disparar no mesmo segundo. Por um momento eu quis não ignorá-lo e voltar a sentar. Mereço umas bofetadas por isso.

Me soltei da mão dele e saí do restaurante, sem olhar pra trás.

Tenho certeza que os três ficaram com cara de interrogação depois disso.

Subi de elevador e trotei até o meu dormitório. Coloquei o cartão na fechadura digital e entrei, vendo a Bianka já deitada na cama. Ignorei ela também e fui tirar a roupa de frio.

- O que aconteceu dessa vez? Ficou brava com o Sander porque viu-o beijando outra? - Ouvi ela e a olhei, confusa.

- Do que você está falando?

- Você entendeu. Acha que eu não percebi que você gosta dele? - Ela sorriu provocadamente.

- Para de falar merda, sua ridícula. - Revirei os olhos e subi na minha cama.

- Uma hora ou outra ele vai acabar descobrindo isso, mesmo que você não conte.

Coloquei os meus fones e um rock bastante alto pra eu não ouvir ela.

Tentei dormir, mas novos pensamentos ocuparam a minha mente, como isso que a Bianka acabou de falar.

[...]

DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora