30. De volta ao Inferno

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Dallas

Ai merda.

- Sander, vamos para o colégio. - Eu disse, guardando o celular.

- O quê?! - Ele exclamou, debochado e surpreso. - Tá de brincadeira? Você tá suspensa e quer voltar pra lá?

- Querer eu não quero, mas se você não quiser que a sua amiga se foda, vai vir comigo e impedir uma futura treta. - Eu falava, enquanto saía das costas dele e pegava os skates.

- Do que você tá falando? - Elevou uma sobrancelha, pegando o seu skate e começando a andar junto á mim.

- A Taylor ficou sabendo de tudo que houve e me mandou uma mensagem, dizendo que está na porta do colégio, esperando a Bianka sair. Ela vai espancar a garota.

- E o que que tem? Não é isso que você quer agora?

- Sim, mas acontece que aquele diretor babaca pode convocar a mãe dela, caso alguma coisa acontecer. Mesmo não indo para a escola durante meses, Taylor ainda é estudante e pode causar problemas por causa disso. Não quero que isso aconteça com ela.

Sander acabou concordando e ficando quieto.

Chegando no colégio, eu já podia ver a Bianka saindo e a Taylor encostada na sua moto. Ela viu a Bianka e começou a andar na direção dela. Segurei o skate no braço e corri até a loira, parando na frente dela.

- Taylor, é perda de tempo, não precisa fazer isso. - Eu disse.

- É claro que precisa! Essa garota quase te drogou, se fez de coitada e ainda fez você ser suspensa! Vai dizer que ela não merece um soco na cara? - Falou alto.

- Merece sim, mas você não merece ter problemas por causa de mim. Essa treta pode chegar nos ouvidos do diretor e ele pode chamar a sua mãe. Você não está estudando, mas isso não impede de criar problemas pro seu lado.

Taylor ficou um instante em silêncio e respirou fundo, enquanto me encarava.

De repente ela me empurrou e continuou caminhando na direção da Bianka.

Adiantou merda nenhuma.

Ela agarrou o braço da Bianka e a mesma se virou, confusa e assustada.

- Olha aqui, palhaça, se você voltar a tramar contra a Dallas ou tentar foder com ela mais uma vez, eu não penso duas vezes antes de quebrar essa cara de vadia mal amada, entendeu? - Taylor grunhiu, bem pertinho dela. Bianka engoliu em seco e assentiu.

- Vamos, Taylor. - Puxei a loira para longe da outra e dos curiosos. Ela bufou.

- Só não meti um tapa na cara daquela biscate por causa de você, babygirl. - Resmungou.

- Obrigada. - Murmurei.

- Não teve treta? - Sander perguntou assim que chegamos ao seu encontro.

- Você está vendo alguém apanhando por acaso, idiota? - Perguntei e ele rendeu as mãos.

- Grossa.

- Já que eu não vou bater em ninguém, vou para a oficina do meu padrasto. Preciso trocar os faróis da minha moto. Me liga se você precisar de alguma coisa, babygirl. Tchau. - Taylor se despediu e foi caminhando para a sua moto. Ela passou pela rodinha de amigos que cercavam a Bianka e esbarrou propositalmente na garota. Abri um sorriso em aprovação.

- Tá, já que estamos aqui, quer ir à sorveteria? - Sander questionou e eu assenti.

Montamos no skate novamente e fomos andando até lá.

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