Dallas
Com o impacto que a minha mão deu no seu rosto, ela foi para trás e caiu da cadeira. Eu subi em cima do seu corpo e, mesmo antes de eu voltar a bater ela, Margo tentou segurar os meus braços. A minha raiva era grande, então se intensificou ao ver ela me segurando. Eu libertei toda a raiva dentro de mim, soltei as minhas mãos das suas e voltei a fechá-las, batendo no rosto da garota repetidamente e pouco me importando com os gritos de alunos e da professora ao meu redor. Margo arranhava o meu rosto e os meus braços, tentando se defender dos socos também.
Braços me agarraram e me puxaram para longe da menina. Eu observei todo mundo à minha volta e vi que todos estavam estupefatos com a minha reação à bolinha de papel.
Observei o rosto cheio de sangue da Margo, enquanto ela se sentava e recebia ajuda dos amiguinhos. Seu nariz jorrava sangue, assim como a boca.
Nem imaginava que eu tinha tanta força assim.
- Leve a Dallas para o gabinete do diretor e a Margo para a enfermaria imediatamente! - Eli ordenou berrando.
Fui puxada brutalmente pelo braço. O inspetor da escola estava me arrastando pelo corredor, enquanto eu tentava me soltar.
Ele bateu na porta do gabinete e o diretor mandou entrar, em seguida, o filho da puta me jogou lá dentro, como se eu fosse um presidiário.
O diretor olhou para mim e suspirou profundamente.
- O que houve dessa vez, Brave? - Questionou.
- Você já deve saber.
Ele deu um longo suspiro, soltou os papéis que estava segurando e juntou as suas mãos, descansando-as na mesa.
- Sim, eu já sei de tudo. Vi o vídeo que publicaram. - Ele disse.
- Eu não fiz aquilo porque eu quis. A Margo me drogou e ainda teve coragem de me provocar. Você vai puni-la do mesmo modo que me puniu, não vai? - Interroguei.
- As coisas não são assim, Dallas.
- Não são? Você me suspendeu da escola e me acusou de ter drogado a Bianka mesmo sem ter prova alguma! Como diz que as coisas não são assim?
- Acontece que eu não tenho testemunhas para provar que foi a Margo a responsável por ter te drogado como eu tive no caso da Bianka.
- Isso não tem nada a ver! No caso da Bianka as pessoas inventaram pra me ferrar! E testemunhas não são exatamente provas!
- Dallas, se acalme.
- Não, eu não vou me acalmar! Você está sendo injusto! Olha esse papel! - Mostrei a ele o papel que a Margo tinha jogado na minha mesa e ele viu o desenho.
- Eu vou dar um castigo à ela. - Ele disse. Bufei, cansada e me sentei na cadeira, com as mãos no meu rosto.
- Okay, um castigo. - Murmurei irônica, voltando a olhar para o homem.
- Eu falei com o psicólogo da escola e reservei um horário para você conversar com ele mais tarde. Você pode ir depois das aulas se quiser.
Olhei pra ele com uma expressão abismada.
- Você é um Inútil mesmo. - Me levantei e saí da sala dele, batendo a porta com força.
Corri até o banheiro feminino e entrei numa das cabines, tranquei a porta, abaixei a tampa do vaso e me sentei. Pousei os meus cotovelos nas minhas pernas e coloquei o meu rosto entre as minhas mãos, derramando as lágrimas ali mesmo. Tentei fazer o máximo de silêncio possível para ninguém me ouvir.
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Dallas
Teen FictionDallas se vê obrigada a morar com sua tia por um ano. Ela enxerga isso como a pior coisa do mundo, mas tudo só piora de verdade quando reencontra Sander. Copyright © 2016, all rights reserved by darknessboo. História não editada.