58. Padrasto da Taylor

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Dallas

Eu estava escovando os meus dentes, encarando a beleza extremamente exótica que estava no espelho à minha frente.

Jesus, estou horrível.

Olheiras enormes, rosto inchado, a maldita cara de choro que nunca sai de mim, pálida... ugh. Acho que devo me preocupar mais em cuidar de mim mesma.

Ah... foda-se.

Tenho preguiça.

Lavei o meu rosto e desliguei a torneira. Suspirei, descansando as minhas mãos nas laterais da pia.

Sander merece uma vingança pelo que ele fez ontem comigo.

Olhei em volta do banheiro e encarei a privada.

Hmm...

Uma ideia brilhante surgiu na minha linda cabecinha.

Corri para o quarto do Sander, me troquei e desci, vendo o moreno largado no sofá. Ele virou a cabeça e me olhou.

- Bom dia, baby. - Disse.

- Bom dia. - Sorri, abrindo a porta.

- Aonde vai? - Franziu as sobrancelhas, se erguendo.

- Já volto. Rapidinho. - Saí e fechei a porta antes que ele pudesse questionar mais alguma coisa.

Apertei o casaco contra o meu corpo, já que estava frio e comecei a andar com passos apressados até uma lojinha que tinha por perto.

Assim que cheguei, procurei o corredor onde ficavam os brinquedos de crianças e depois procurei pela pequena caixa de bombinhas. Peguei em três caixinhas, olhei para os lados, certificando-me de que não havia ninguém me olhando e rapidamente coloquei as mesmas dentro do bolso da minha blusa. Peguei algumas balas também e saí da loja.

Voltei tranquilamente pra casa, comendo as balas.

- Cheguei. - Falei.

- Onde você foi, pirralha? - Sander perguntou sem tirar os olhos do video-game.

- Pirralha seu cu. - Resmunguei.

- Você não me respondeu. - Disse.

- Fui na lojinha de conveniência.

- Fazer o quê? - Me olhou, fazendo cara feia.

- Fui ver se tinha aquelas bombinhas. - Trotei até o banheiro, deixando-o mais confuso ainda.

Fechei a porta, me ajoelhei em frente ao vaso sanitário e levantei a tampa e o acento. Abri as caixinhas, peguei as bombinhas e as posicionei em volta da privada, em seguida abaixei o acento novamente, com mais cuidado para que nenhuma das bombinhas estourassem.

Sorri, orgulhosa da minha vingança.

Dei descarga para disfarçar e saí do banheiro.

- Quer um sanduíche, Sander? - Perguntei à ele, abraçando-o por trás do sofá.

- Sim, baby.

- Beleza. - Me levantei e fui para a cozinha.

- Cuidado pra não se machucar que nem da última vez. - O ouvi gritar.

- Aaron não está aqui pra me distrair novamente. - Resmunguei e depois ri, lembrando-me do que ele tinha feito quando cortei a minha mão.

Fui fazendo o lanche do Sander, enquanto cantava aquela música da Rapunzel.

Abri a geladeira e peguei pimenta. Coloquei bastante do líquido ardente no pão e fechei o mesmo.

Agora sim o Sander tem um motivo pra tossir sangue.

DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora