47. Um adeus

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Tive que repostar porque o capítulo saiu pela metade. Desculpem!

Dallas

As férias passaram rápidas.

Eu estou na casa do Sander porque os pais dos meninos voltaram no fim de semana e decidimos vir pra cá para não incomodar ou coisa assim.

Sobre o Sander, depois daquele dia, ele vêm agido como se nada tivesse acontecido entre a gente e nós dois voltamos à normalidade. Isso me deixa frustrada porque eu simplesmente não entendo o que ele quer. E sim, ele ainda está com a Jennifer. Mais um motivo pra eu ficar com raiva dele.

A nossa relação está normal, tirando a parte que eu estou gostando dele cada vez mais. E ISSO É UMA DROGA!

Bom, enfim...

Mesmo estando ao lado da minha casa, eu nunca mais vi a Muriel ou olhei na cara dela, só quando fui buscar as minhas coisas. Ela não deu a mínima pra mim, mas eu já esperava. De vez em quando eu vejo o Gary, o namorado da Muriel, na casa dela.

Consegui descobrir o nome do hospital em que a minha mãe está internada e toda a semana eu ligo pra lá pra ver como ela está. E adivinhem o que eu ouço?

A mesma coisa de sempre: "piorando cada vez mais".

As minhas esperanças de voltar a ser a Dallas de antes estão se esgotando. Eu tenho tido vários pesadelos durante a noite e às vezes eu acordo berrando, sempre assustada. E também assusto o Sander e os pais dele por causa disso. Em alguns momentos eu sinto que não deveria estar ali com eles.

Estou perdendo o controle da minha cabeça, não consigo controlar os meus próprios pensamentos, tudo está ficando cinza, sem vida, sem nexo, sem graça.

Minha cabeça está se auto-destruindo e eu não faço ideia de como parar isso.

A minha vontade era de ficar deitada e de dormir, sem ter que fazer absolutamente nada.

- Dallas. - Ouvi Sander entrando no quarto e senti ele subindo na cama. - Acorda, precisamos ir para a escola.

- Me deixa, não quero ir. - Murmurei.

- Mas você precisa. Levanta! - Ele me sacudiu.

- Eu não quero levantar!

- Que se foda, levanta. - Ele me descobriu. - Anda, se arruma. Vai pro banho antes que eu mesmo te leve. - E saiu do quarto. Bufei.

Demorei um pouco pra sair da cama. Foi um esforço.

Me direcionei ao banheiro, tirei a roupa e entrei de baixo do chuveiro. Senti a água fria escorrendo pelo meu corpo, o que me fez arrepiar e estremecer. Isso me lembrou do dia em que Sander e eu nos beijamos e por um momento eu me senti um pouco melhor, mas de repente a Jennifer invadiu a minha mente e estragou tudo.

Ensaboei o meu corpo, me enxaguei e lavei o cabelo.

Dei um longo e cansado suspiro e desliguei o chuveiro.

Eu me sequei, me troquei e saí do banheiro. Fui pegar a minha mochila e depois desci para a sala, vendo Sander me esperando.

- Está pronta? - Perguntou e eu anuí. - Então vamos. - Ele abriu a porta do hall e nós dois saímos. Abrimos a porta do carro dele e nos sentamos. Sander olhou para mim por um instante. - Você está bem? - Questionou, se inclinando para me observar melhor.

Suspirei outra vez e anuí novamente.

Ele se inclinou levemente para o meu lado, pegou na minha nuca e deixou um beijo plantado na minha testa, em seguida, me olhou com incentivo.

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