Dallas
Nós permanecemos nos encarando durante mais alguns segundos.
Sander tinha a mesma expressão. Ele não acreditava no que tinha acabado de fazer.
De alguma forma eu me sentia realizada por finalmente ter podido experimentar os seus lábios e saber qual era a sensação que os mesmos forneciam. O seu beijo era muito bom e eu queria não ter parado-o.
Eu tossi, forçando a passagem de ar e logo em seguida eu voltei a sentir as dores nas costas.
Parece que ele voltou a si depois disso.
- Desculpa. - Murmurou, saindo de cima de mim.
- Desculpa por ter caído em cima de mim ou por ter me beijado? - Questionei, um pouco confusa e com uma pitada de sarcasmo.
- Por ter caído em cima de você, claro. - Ele sorriu.
Eu me sentei no chão e ele ao meu lado.
Sander encostou a sua cabeça na parede e fechou os olhos, soltando um suspiro lento, em seguida, molhou os lábios com a sua língua, fazendo com que a minha vontade de agarrá-lo novamente aumentasse mais.
Tô parecendo uma puta.
De repente, Sander soltou um riso abafado. O olhei, confusa.
- Te provei que não sou gay. - Ele me olhou e, como era de se esperar, eu corei.
- Idiota. - Ri, voltando a olhar para o chão.
- Sou um idiota que você tem que admitir que beija bem. - Sander sorriu descaradamente pra mim e eu revirei os olhos, rindo novamente.
Não tem como negar.
- O segundo passo já foi dado. Agora só falta o terceiro. - Ele disse. Franzi as sobrancelhas.
- Que terceiro? E quais são os primeiros? - Perguntei.
- O primeiro foi as nossas preliminares, o segundo foi o nosso beijo, e o terceiro é transarmos. Acho que não estamos muito longe dele.
- Sander! - Exclamei e ele gargalhou. - Para, não deveríamos ter feito isso. Você namora. - Eu disse, voltando a ficar brava.
- Oh... acho que esqueci desse detalhe. - Ele murmurou, fazendo-me rir. - Deixa isso entre a gente, okay? - Ele me olhou e eu assenti. Sander levantou o seu dedo mindinho e eu sorri, apertando o dedo dele junto ao meu, como uma promessa.
Apertei o casaco dele contra o meu corpo, sentindo frio.
Do nada, ele me puxou para o seu colo e me envolveu com os seus braços, aquecendo-me. Sorri com o ato, descansando a minha cabeça contra o seu peito.
- Acho que vamos ter que ficar aqui durante um bom tempo. - Sussurrei e ele concordou.
Fechei os meus olhos, sentindo um pouco de sono. Dormi nos seus braços e recebendo carícias no cabelo.
[...]
Fomos acordados com um susto, vendo a porta da dispensa abrindo bruscamente. Vimos um homem entrando junto com o professor de geografia e os garotos, Danny e Felipe.
- Encontramos vocês! - Eles disseram.
- Como? - Sander perguntou, meio assustado e sonolento.
- Vocês tinham sumido do hotel. Nós fomos checar as câmeras e vimos vocês entrando aqui. - O professor disse.
Felipe e Danny ajudaram-nos a levantar. Fomos pra dentro do hotel e percebemos que a nevasca tinha diminuído, mas ainda estava nevando.
Nos deram cobertores para nos esquentar, o homem e o professor nos deixaram com os meninos e foram embora.
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Dallas
Teen FictionDallas se vê obrigada a morar com sua tia por um ano. Ela enxerga isso como a pior coisa do mundo, mas tudo só piora de verdade quando reencontra Sander. Copyright © 2016, all rights reserved by darknessboo. História não editada.