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Dallas
Era um novo dia.
Eu ainda estava eletrizada por aquilo que o Sander fez e totalmente envergonhada, tanto que não saí do quarto durante a noite inteira, nem mesmo para me despedir dele ou dar boa noite aos meninos.
Ele pegou no meu peito.
Ah, Deus.
Não sei o que pensar.
Eu também não paro de pensar no que a Taylor disse sobre eu gostar do Sander.
Ugh.
Quero morrer.
Eu tive sorte pelos meninos não terem dado carona ao Sander quando viemos para a escola. Iria ser muito constrangedor. Provavelmente aquele babaca começaria a me provocar, como sempre faz. Eu não vi ele porque saí correndo para sala de aula e agradeço à Deus por isso.
Estou aqui na sala de aula, ouvindo o professor de História explicando sobre a Evolução Russa. Pra que eu vou querer saber disso?
Algumas pessoas prestavam atenção na aula e algumas conversavam. Já eu estava escutando música, visto que a Margo estava falando com o grupo de amigos dela.
De repente a música do meu celular para. Eu olho para a tela do mesmo e vejo uma nova chamada, de um número desconhecido. Atendo e me sinto completamente arrepiada quando ouço a voz da mulher no outro lado da linha.
- Dallas, aqui é a Muriel.
O meu coração dispara instantaneamente e a única coisa que eu penso é em perguntar sobre a minha mãe.
- Como a minha mãe está? - Pergunto, tensa.
- Eu não te liguei porque sua mãe estava em observação e os exames ainda não tinham saído. - Ela disse.
- Okay, mas como ela está?? - Eu disse, ficando cada vez mais nervosa.
- Dallas... - ela dá um suspiro. - A sua mãe foi diagnosticada com Lúpus.
- Como? E-ela estava super bem! - Tentei falar conforme eu controlava a minha respiração.
- Estava. - Muriel disse seca. - Eu não duvido muito que ela só mandou você ficar comigo pra você não ficar sabendo dessa doença.
Então quer dizer que ela já sabia e não me contou nada? Preferiu me mandar pra cá ao invés de eu tentar ao menos ajudá-la? Preferiu sofrer?
- O estado dela é muito grave? - Perguntei.
- Dallas, a sua mãe está em risco de morte.
No mesmo momento em que ouvi isso, eu senti o meu coração parar por segundos, não só o coração, como a minha respiração. Os dois voltaram a funcionar, só que com a velocidade triplicada. A água rapidamente se acumulou dentro dos meus olhos e eu me esforcei pra não começar a chorar no meio da sala.
Desliguei a chamada e deixei o celular na mesa. Me levantei bruscamente e corri para fora da sala, com algumas pessoas me olhando. Bati a porta e me encostei na parede. Respirando fundo e aceleradamente, tentei controlar o choro. Infelizmente não consegui e uma cachoeira surgiu nos meus olhos, então eu pensei em sair dali o mais rápido possível. E foi exatamente isso que eu fiz.
Sander
O sinal tocou, peguei a minha mochila e me levantei sem pressa. Me despedi de alguns amigos e fui pra fora da sala. Como de costume, fui obrigado a cumprimentar algumas pessoas enquanto caminhava pelo corredor.
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Dallas
Ficção AdolescenteDallas se vê obrigada a morar com sua tia por um ano. Ela enxerga isso como a pior coisa do mundo, mas tudo só piora de verdade quando reencontra Sander. Copyright © 2016, all rights reserved by darknessboo. História não editada.