Quando Carolina acordou, a luz solar penetrava pelas cortinas penduradas. Piscando, passou a língua pelos lábios ressecados.
Conforme sua mente ia clareando, imagens vieram na sua cabeça. Lembrou do fogo em uma das asas, a ilha e mais nada.
Aos poucos, os sons do hospital começaram a fazer sentido, as rodas de um carrinho rangiam no corredor, a leve respiração ao seu lado fez um sorriso brotar em seus lábios.
Christian estava profundamente adormecido na cadeira ao lado da cama. Ela tentou se levantar, mas seu corpo estava dolorido demais. Ele se agitou em seu sonho.
- Christian! - ela o chamou com a voz rouca. - Christian!
Ele simplesmente continuou a dormir, revirando os olhos Carolina apertou o botão para chamar a enfermeira. Mas que veio foi um médico de tirar o fôlego.
- Boa tarde, meu nome é Collins. Como você esta se sentindo? - ele perguntou.
- Dolorida.
- É compreensível, você esteve dormindo por quase dois dias inteiros.
- Dois dias?
- Sim, seu corpo precisava descansar depois do que aconteceu.
- E qual é meu diagnostico?
- Somente uma luxação no tornozelo - Collins respondeu olhando para sua ficha. - Nós o imobilizamos.
- E quando posso ir embora? - Carolina perguntou.
- Seu noivo pediu para a deixarmos aqui o máximo possível.
- Meu o que?
- O senhor Christian Kingsley, algum problema?
- Nenhum – por dentro ela estava quase explodindo de raiva. – Posso ir embora hoje?
- Não, mas amanhã logo cedo você poderá ir embora. Eu tenho quer ver outros pacientes, uma enfermeira virá em breve dar sua medicação para dor. - Collins disse antes de sair.
Carolina suspirou e olhou novamente ao redor, sua bolsa estava esquecida em cima de uma mesinha.
Com cuidado, levantou parcialmente seu corpo e pegou a bolsa. Seus documentos, arquivos e seu notebook estavam secos, graças a sua bolsa impermeável.
Nota mental: Comprar mais cinco bolsas dessa.
Carolina já tinha recebido a visita da enfermeira e estava vendo seus emails quando Christian acordou.
- O que você esta fazendo? – ele perguntou zangado.
- Vendo meus emails?
- Você tem que descansar!
- Não, eu tenho que ir embora.
Christian suspirou, ela era teimosa demais.
- Você sabe o que eu passei nas últimas 72 horas? Ou o quanto Helena teve que negociar com sua mãe para ela não pegar um avião e vim para cá? O mínimo que você pode fazer é ficar quieta e se recuperar.
Carolina abriu a boca para falar, mas nada saiu.
- Vou chamar a enfermaria.
- Ela já veio aqui, me deu um remédio para dor e elogiou a determinação do meu noivo.
- Bom, foi a única maneira de me deixarem ficar com você.
A porta se abriu e a enfermaria entrou com um carrinho carregado de flores.
- De quem são? - ela perguntou a Christian que recebeu as flores.
- Estas são dos meus pais - ele lhe entregou um buquê de peônias. - Estas de alguém chamado DJ, você o conhece?
- É o filho de Declan, mas como ele ficou sabendo?
- Passou em todos os jornais, Jovem Executiva da Kingsley Investimentos sofre acidente em jato da empresa. Todos estão sabendo. Ah, essas aqui são minhas!
O mais belo buquê de cravos vermelhos foi colocado na sua frente.
- Sabe o significado dessas flores? - ele perguntou.
- Não.
- Significa amor além da vida.
Os olhos dele brilharam em expectativa.
- Christian...
- Já sei, mas não vai mudar o que eu sinto.
Depois de dormir, acalmar sua mãe, dormir de novo, receber visitas e mais visitas, Carolina já estava mais do que pronta para ir para casa.
Na manhã seguinte, ela recebeu alta, Christian empurrou uma cadeira de rodas até a garagem, ele a ajudou a entrar no carro.
No seu prédio, Christian a carregou por todo caminho até o seu apartamento.
- Eu posso andar - Carolina disse.
- Gosto de carregá-la - ele disse antes de sair do elevador.
- Eu acho que você gosta de me dominar - provocou Carolina, suspirando quando Helena abriu a porta para eles entrarem.
- Lar doce lar. - Helena disse.
- Minha casinha, eu estava com tanta saudade de você - Carolina disse olhando para todos os lados.
- Devo sentir ciúmes? - perguntou Christian.
- Depende.
Christian a colocou em sua cama, ela suspirou. Era bom está em casa.
- Estou com fome! - ela anunciou de repente.
- Vou fazer algo para você - Christian disse antes de sair.
- Ele é louco por você - disse Helena se sentando na beirinha da cama.
- Eu sei.
- Ele disse que te ama.
Carolina a olhou desconfiada, Helena estava escondendo alguma coisa.
- O que você quer me falar?
- Não é o momento adequado, mas eu aceitei jantar com Davi.
- Por que essa mudança repentina?
- Conversamos e resolvi aceitar.
A campainha tocou.
- Eu vou atender - disse Helena.
Momentos depois, ela voltou acompanhada por Matheus.
- Carolina. - ele a saudou.
- Matheus, que surpresa - Carolina levantou parcialmente o corpo.
- Vim visitá-la, não pude ir até o hospital...
- Tudo bem - Carolina lançou um olhar para Helena.
- Vou ver se a comida está pronta. - ela disse antes de dar meia volta e sair.
- O que você veio fazer aqui? Não vai me dizer que é porque veio saber da minha saúde, pois ambos sabemos que seria mentira.
- Direita como sempre. Posso me sentar?
- Não, diga logo o que você quer e vá embora.
- Porque você está com Christian?
- Minha vida não te interessa.
- Sabia que você já virou o boato da semana? - ele colocou as mãos no bolso.
- E dai? Não devo satisfação da minha vida para ninguém.
- Podíamos ter dado certo.
- Antes ou depois de você me trair?
- Carolina... eu tinha bebido demais...
- Já sei essa história de có. Se você não se importar, eu preciso descansar.
- Você irá se arrepender! - ele anunciou antes de sair.
Era só o que faltava!
------------------
Hi leitor!
Hmm, o que será que o Matheus vai fazer?
#VoteeComente.
Não esqueça de votar.
