5 meses e meio depois.
Carolina deixou-se cair no sofá ao lado de Giovanna. Suas costas doíam, seus tornozelos estavam inchados e a médica havia lhe dito que ainda faltava duas semanas para o parto, mas Carolina achava que ela estava enganada. Não encontrava mais uma posição confortável.
Christian tinha convidado Filipe e Giovanna para jantarem naquela noite.
Ela o estava analisando de longe quando de repente Giovanna ofegou.
- Você está bem? - Carolina estava preocupada.
- Claro, só acho que minha filha quer vim ao mundo mais cedo - Gio respirou fundo duas vezes. - Filipe!
- Sim querida? - do outro lado do cômodo Filipe voltou sua atenção para a mulher.
- Não entre em pânico, mas eu estou em trabalho de parto.
Filipe arregalou os olhos sem saber o que fazer.
- Vou pegar o carro - Christian tomou a liderança para si. - Ajudou-as.
Filipe pegou cuidadosamente Gio e a ajudou a levantar e depois fez a mesma coisa com Carolina.
Já estavam na porta da casa quando Carolina sentiu uma forte pontada.
- Você também? - Gio perguntou ao ver a expressão de dor dela.
Ela só acenou com a cabeça e respirou fundo. Filipe parecia que ia desmaiar à qualquer momento.
- Tudo vai ficar bem - ele murmurava - Respirem fundo.
Foi uma correria Carolina e Giovanna, durante todo trajeto para o hospital, cantavam, só que nenhuma das duas era uma excelente cantora.
- Não me toque - Carolina gritou. - É tudo culpa sua! Você não irá me tocar enquanto sua vida durar e ela pode acabar a qualquer momento.
Ela gemeu. A enfermeira que veio a examinar, falou.
- É a dor falando.
Christian hesitou. Ela nunca fazia ameaças vazias. Os intervalos entra as contrações estavam se tornando cada vez mais curtos.
- Eu quero brigadeiro - ela resmungou enquanto outra contração a castigava.
- Ela pode comer? - Christian perguntou baixinho para a enfermeira.
- É melhor não, sua ginecologista já está vindo. - ela murmurou chegando o monitor e dizendo palavras de incentivo para Carolina.
A Dra. Pollyana entrou toda sorridente.
- Você está pronta?
Carolina sorriu e assentiu.
- Mais do que pronta.
- Então vamos começar.
Carolina o encarou.
- Tire esse sorrisinho do rosto. Eu o responsabilizo por toda dor que eu estou sentindo.
- Carolina! Conte até três e comece a empurrar. Empurre... respire fundo, solte o ar... empurre novamente e conte até dez.
Aquilo era mais difícil do que Carolina tinha imaginado. Ela respirou fundo e começou a empurrar com todas as forças.
- Está indo muito bem, cara - a voz de Christian aparentemente calma lhe dava forças para continuar. Ela cravou suas unhas com força na mão dele, se ela estava sofrendo então ele também deveria sofrer um pouquinho.
- Um empurrão mais e aparecerá a cabeça. Na próxima contração empure com todas as suas forças - Dra. Pollyana disse.
Carolina fez força e subitamente sua barriga afundou. Algo estava errado, o bebê não chorou.
- O que aconteceu? - ela perguntou desesperada.
Carolina nunca sentiu tanto medo quanto naquele momento, seu filho estava azul. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Christian chegou perto da médica.
Ela colocou um dedo na boca do bebê e usou-o para tirar dali qualquer fluido que estivesse obstruindo suas vias respiratórias. Em seguida encaixou a palma da mão sobre o peito do bebê e virou-o. Bateu em suas costas. Uma. Duas vezes.
O bebê se contorceu, gorgolejou e inspirou o ar pela primeira vez.
O choro mais lindo do mundo ressoou pelo quarto. Alivio a invadiu.
Seu bebê estava bem.
Christian o pegou e o levou para a mãe. Seus berros eram de furar os tímpanos, mas ela não se importava. O bebê tinha os cabelos pretos igual aos do pai, os olhos verdes, em outras palavras era a miniatura de Christian.
- Eu carrego ele por nove meses e ele sai a sua cara!
Christian sorriu e acariciou a fase do bebê. Carolina fungou.
- Ele é lindo - disse o pai babão. Ela revirou os olhos. - Eu amo os dois.
- Nós também te amamos.
A enfermeira tirou o bebê dos braços da mãe e o limpou.
Carolina foi levada para um quarto, ela estava cansada, mas feliz. O seu filho estava aconchegado nos braços da mãe dormindo. Seus cunhados e sogros estavam ao redor da cama observando o pequeno.
- Como vão chama-lo? - Zoe perguntou baixinho para não acordar o sobrinho. Carolina e Christian se entreolharam.
- Alexandre.
- Que nome lindo - Lola elogiou.
Apesar do desconforto que sentia depois do parto, ela estava em êxtase, tinha ocorrido tudo bem no parto de Giovanna, ela tinha tido uma linda menininha chamada Fiorella. Carolina não podia se recordar de um momento de sua vida mais perfeito do que aquele.
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Estamos chegando ao fim!
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Até amanhã.