No dia 02 de novembro, dois dias após o baile, Christian olhou o relógio no pulsou, desejando estar ao lado de Carolina.
Estava se preparando para ligar para ela quando a porta se abriu.
A mulher que entrou não era Carolina, mas sim a última pessoa que queria ver no momento.
Jade Isaac.
- O que você está fazendo aqui? - Christian perguntou friamente.
Jade o olhou se insinuando.
- Acho que o melhor a se fazer é lhe mostrar.
Ela deu vários passos a frente e colou sua boca na dele. Foi tudo muito rápido, que nem teve tempo de reagir.
Jade pressionou ainda mais seu corpo no dele. Seu cérebro voltou a funcionar e tentou afastá-la, mas já era tarde. Carolina estava na porta os olhando, mágoa brilhava em seus olhos.
- Carolina! - Christian a chamou quando ela se virou para ir embora, mas ela não parou.
- Deixa ela ir embora - disse Jade. - Vamos aproveitar nosso tempo sozinhos.
Ele afastou-se dela, ela lhe dava nojo.
- Sai!
- Mas...
- Vá embora.
Ela pegou sua bolsa e saiu, mas não sem antes lançar um olhar frio para Zoe.
Quando Christian conseguiu chegar à garagem, não havia nenhum sinal de Carolina, ele pegou o celular e tentou ligar para ela.
Carolina não atendeu, provavelmente tinha tirado suas próprias conclusões.
A simples idéia dela saindo de sua vida, o fazia suar frio.
Ele correu até seu carro, não importava se tinha largado o trabalho no meio do expediente, tudo o que importava era Carolina.
Christian bateu na porta do apartamento e Helena atendeu.
- A Carolina está aqui?
Houve uma pausa e ela franziu as sobrancelhas.
- Eu achei que ela estava com você.
- É que houve um mal-entendido - disse. - Se ela aparecer, por favor, me ligue.
Ele se virou e foi para seu apartamento, tentou ligar centenas de vezes e mandou dezenas de mensagens.
Parecia que ela tinha sumido no mapa.
Carolina conseguiu chegar até seu carro antes de desabar, saiu dirigindo em meio as lágrimas.
Ela não sabia para onde ir.
Só me envolvo com traidores, sempre traidores.
Reviveu toda a dor e mágoa ao ver Christian com aquela mulher. Ela já havia vivido cenas semelhantes, só que desta vez ela realmente gostava dele.
Seu celular tocou e ela reconheceu o toque de Christian.
O apartamento séria o primeiro lugar onde ele iria procurar, ela estava precisando de tempo para pensar.
O celular tocou novamente, ela o desligou.
Carolina se deu conta que poderia ir para o antigo apartamento de Helena, afinal, o apartamento ainda não havia sido devolvido.
Com decisão tomada, tomou o rumo leste chegando ao apartamento.
Tirou a sapatilha e ligou o telefone. Havia muitas chamadas e mensagens de Christian.
Que explicação ele daria?
Carolina acordou desorientada. Estava no antigo apartamento de Helena.
O drama da noite anterior estava a esgotando.
Depois de uma noite mal dormida, se revirando na cama, sem conseguir dormir, ela tinha tomado uma decisão.
Saiu decidida e seguiu para o apartamento de Christian.
Christian estava tendo a pior noite de sua vida.
Carolina não havia voltado para casa e ele não tinha conseguido localizá-la.
Se serviu de outra xícara de café e se pôs a andar de um lado para o outro.
Ele ouviu um som atrás dele, se virou e encontrou Carolina.
Conteve a vontade urgente de abraça-la.
- Onde você estava? - ele perguntou.
- Você está tendo um caso com aquela mulher? - ela respondeu uma pergunta com outra.
- Você acreditaria em mim se eu lhe dissesse que não?
- E quem em sã consciência acreditaria? - retrucou ela.
Ele suspirou.
- Mesmo você não acreditando, eu não tenho um caso com a Jade, já tive há muitos anos, mas não tenho mais. Eu sei que as evidências são incriminadoras, mas ela que me beijou de surpresa, eu juro que tentei afastá-la, por favor, acredita em mim. Eu não te trairia depois de ter comido o pão que o Diabo amassou para conseguir uma chance com você.
Ele falou com tanta sinceridade que Carolina acreditou.
- Por quê? Me dê um motivo, só um motivo para acreditar em você.
- Um motivo? Eu. Te. Amo.
Ele ergueu a mão e afastou uma mecha de cabelo se seu rosto. Ela sentiu uma alegria indescritível tomar conta de seu corpo, ela já sabia que ele a amava, mas ouvi ele dizendo, era outra coisa.
- Tentei lutar, mas não adiantou, por que você acha que eu pulei de paraquedas, mesmo morrendo de medo? Se você quiser escalar o Monte Everest eu vou acompanhá-la, mas se quiser ficar em casa e assistir um filme, eu ficarei também - ele tomou fôlego. - Eu quero que você entenda que farei qualquer coisa para ficar com você. Eu te amo.
Aquelas palavras expressavam tudo o que ela queria e tinha medo de ouvir.
- E então? Você não vai dizer que me ama? - ele perguntou.
- Idem.
- Já é um avanço - Christian falou antes de beija-la.
Um beijo que demonstrava e puro e simples amor.
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