- Eu não só gosto de você, Carolina... Eu te amo.
Carolina estava tendo o melhor sonho de sua vida, mas sentia medo. Medo por um sentimento novo e desconhecido.
Ela já havia amado, seus pais, irmãos, sobrinhos, mas o que ela sentia por Christian era... algo que fazia seu coração bater mais rápido, seu estômago ficar embrulhado, a respiração acelerada.
Pouco a pouco abriu os olhos e se encontrou olhando fixamente para Christian que estava olhando-a com um sorriso preguiçoso.
- Bom dia - ele murmurou sexy.
- Que horas são? - perguntou ela.
- Quase 4h. O Davi vem nos buscar daqui a pouco, é melhor levantarmos. - ele murmurou, mas não fez nenhum movimento para levantar. - Ou podíamos ficar deitados aqui...
Ele apertou seu corpo contra o seu. Ela podia sentir sua excitação evidente e imediatamente se afastou.
- Você tem que ir para o seu apartamento.
- Por que? Estou muito confortável aqui.
Ela lhe lançou um olhar duro.
- Tudo bem, já estou indo.
Ele aproximou seus lábios dos dela e a beijou, sua força de vontade parecia que tinha ido para o espaço, ela não conseguia resistir. Logo ele a soltou e deslizou para fora da cama.
- Não vou demorar - ele disse antes de sair do quarto.
Carolina levantou e tomou um banho gelado depois de um café da manhã rápido, ela foi acordar Helena.
- Quem morreu? - Helena murmurou contra o travesseiro.
- Ninguém está morto. Eu vim saber como você está e avisa-la que vou sair com Christian. - Carolina respondeu em voz baixa.
Ela levantou o rosto e olhou para as horas.
- Às 4 da manhã? - ela perguntou através de um bocejo.
- Paraquedismo.
- Boa noite. - Helena murmurou antes de enfiar seu rosto no travesseiro. - Desligue a luz antes de sair.
Carolina levantou suspirando, não adiantava insistir. Helena não era uma pessoa da manhã.
Ela saiu do quarto desligando a luz e estava pegando sua mochila que no armário quando Christian entrou.
- Você já está pronta?
- Quase, só preciso pegar essa mochila.
- Deixa que eu levo - ele a pegou e colocou no ombro. - O que tem aqui dentro? Chumbo?
- Quase - Carolina respondeu de bom humor. - Vamos!
Quando Christian saiu ela fechou a porta.
- Aonde nós vamos nos encontrar com os outros?
- No estacionamento, Davi contratou um motorista e uma van. - Christian respondeu.
No estacionamento procuraram Davi e o encontraram na entrada encostado em uma van preta.
- Finalmente! - ele exclamou.
- Bom dia para você também - Christian disse.
- Para dentro - ele indicou.
Carolina e Christian entraram e se sentaram nos únicos assentos vagos.
- Estou começando a me arrepender - ele disse baixinho.
- Não se preocupe, os instrutores são capacitados.
- Como você sabe?
- Minha empresa não contrata pessoas inexperientes ou irresponsáveis.
- Sua empresa?
- Não te contei? Sou uma das sócias da A Life of Adventure.
Ela se aconchegou nos braços de Christian, descansando a cabeça sobre o peito dele.
- Se você se comportar, mais tarde você terá uma recompensa. - ela murmurou.
- Que recompensa? - o interesse estava visível na voz dele.
- Você saberá mais tarde.
Algumas horas depois a van chegou a sede da A Life of Adventure. Todos já estavam acordados e mal humorados.
- Vamos, todos para fora - a liderança estava subindo à cabeça de Davi.
Vários resmungos foram ouvidos. Todos desceram e uma mulher se aproximou.
- Bom dia, meu nome é Amanda e eu serei a sua instrutora. - ela falou.
- Me desculpe, mas o nome do nosso instrutor é Marcos DePaolo. - Davi falou.
- O Sr. DePaolo não pode vim hoje - a mulher respondeu.
- Quanto tempo você está trabalhando aqui? - Carolina perguntou com um cenho franzido.
- Duas semanas - Amanda respondeu alegremente.
Carolina ficou de boca aberta. Os outros se aproximaram.
- De jeito nenhum, não vou arriscar minha vida e a dos meus amigos com você - ela protestou.
- Se você tem alguma reclamação, faça com um dos donos. - Amanda respondeu petulante.
Um sorriso surgiu no rosto de Carolina.
- Tudo bem, espere um minuto. - ela falou pegando o celular e marcando o número de Marcos.
Depois de alguns toques e atendeu.
- Alô?
- Marcos, sou eu a Carolina.
- Carolina, como vai? - ele perguntou, um gemido soou do outro lado. - Respira fundo, querida.
- Eu estou respirando seu idiota - a mulher respondeu à ele.
- Marcos? - Carolina falou.
- Desculpa, a Ágata entrou em trabalho de parto - ele respondeu.
- O bebê não era para daqui à duas semanas? - Carolina se afastou um pouco da multidão.
- E era, mas meu filho é rebelde - a voz dele exalava orgulho. - Mas, por que você ligou?
- Não é nada demais, eu vim com um grupo de amigos fazer paraquedismo, mas apareceu uma nova funcionária dizendo ser nossa instrutora.
- Quem?
- Uma tal de Amanda.
- Quem colocou ela como instrutora? - Marcos parecia revoltado. - Nós prezamos pela segurança.
- Foi o que eu pensei.
- O Yuri, está ai? - ele perguntou.
- Eu não sei.
Marcos suspirou, ele estava pensando em quem podia ser o instrutor.
- Carolina, eu vou te pedir um grande favor...
- Já sei, vou ficar no seu lugar, mas só por causa do meu afilhado.
- Obrigado, tenho que voltar agora.
- Tchau.
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Continua no próximo capítulo.
Até breve!
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