Capítulo 30

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- Eu não só gosto de você, Carolina... Eu te amo.

Carolina estava tendo o melhor sonho de sua vida, mas sentia medo. Medo por um sentimento novo e desconhecido.

Ela já havia amado, seus pais, irmãos, sobrinhos, mas o que ela sentia por Christian era... algo que fazia seu coração bater mais rápido, seu estômago ficar embrulhado, a respiração acelerada.

Pouco a pouco abriu os olhos e se encontrou olhando fixamente para Christian que estava olhando-a com um sorriso preguiçoso. 

- Bom dia - ele murmurou sexy. 

- Que horas são? - perguntou ela.

- Quase 4h. O Davi vem nos buscar daqui a pouco, é melhor levantarmos. - ele murmurou, mas não fez nenhum movimento para levantar. - Ou podíamos ficar deitados aqui...

Ele apertou seu corpo contra o seu. Ela podia sentir sua excitação evidente e imediatamente se afastou.

- Você tem que ir para o seu apartamento.

- Por que? Estou muito confortável aqui.

Ela lhe lançou um olhar duro.

- Tudo bem, já estou indo.

Ele aproximou seus lábios dos dela e a beijou, sua força de vontade parecia que tinha ido para o espaço, ela não conseguia resistir. Logo ele a soltou e deslizou para fora da cama.

- Não vou demorar - ele disse antes de sair do quarto.

Carolina levantou e tomou um banho gelado depois de um café da manhã rápido, ela foi acordar Helena.

- Quem morreu? - Helena murmurou contra o travesseiro.

- Ninguém está morto. Eu vim saber como você está e avisa-la que vou sair com Christian. - Carolina respondeu em voz baixa.

Ela levantou o rosto e olhou para as horas.

- Às 4 da manhã? - ela perguntou através de um bocejo.

- Paraquedismo.

- Boa noite. - Helena murmurou antes de enfiar seu rosto no travesseiro. - Desligue a luz antes de sair.

Carolina levantou suspirando, não adiantava insistir. Helena não era uma pessoa da manhã.

Ela saiu do quarto desligando a luz e estava pegando sua mochila que no armário quando Christian entrou.

- Você já está pronta?

- Quase, só preciso pegar essa mochila.

- Deixa que eu levo - ele a pegou e colocou no ombro. - O que tem aqui dentro? Chumbo?

- Quase - Carolina respondeu de bom humor. - Vamos!

Quando Christian saiu ela fechou a porta.

- Aonde nós vamos nos encontrar com os outros?

- No estacionamento, Davi contratou um motorista e uma van. - Christian respondeu.

No estacionamento procuraram Davi e o encontraram na entrada encostado em uma van preta.

- Finalmente! - ele exclamou.

- Bom dia para você também - Christian disse.

- Para dentro - ele indicou.

Carolina e Christian entraram e se sentaram nos únicos assentos vagos.

- Estou começando a me arrepender - ele disse baixinho.

- Não se preocupe, os instrutores são capacitados.

- Como você sabe?

- Minha empresa não contrata pessoas inexperientes ou irresponsáveis.

- Sua empresa?

- Não te contei? Sou uma das sócias da A Life of Adventure.

Ela se aconchegou nos braços de Christian, descansando a cabeça sobre o peito dele.

- Se você se comportar, mais tarde você terá uma recompensa. - ela murmurou.

- Que recompensa? - o interesse estava visível na voz dele.

- Você saberá mais tarde.

Algumas horas depois a van chegou a sede da A Life of Adventure. Todos já estavam acordados e mal humorados.

- Vamos, todos para fora - a liderança estava subindo à cabeça de Davi.

Vários resmungos foram ouvidos. Todos desceram e uma mulher se aproximou.

- Bom dia, meu nome é Amanda e eu serei a sua instrutora. - ela falou.

- Me desculpe, mas o nome do nosso instrutor é Marcos DePaolo. - Davi falou.

- O Sr. DePaolo não pode vim hoje - a mulher respondeu.

- Quanto tempo você está trabalhando aqui? - Carolina perguntou com um cenho franzido.

- Duas semanas - Amanda respondeu alegremente.

Carolina ficou de boca aberta. Os outros se aproximaram.

- De jeito nenhum, não vou arriscar minha vida e a dos meus amigos com você - ela protestou.

- Se você tem alguma reclamação, faça com um dos donos. - Amanda respondeu petulante.

Um sorriso surgiu no rosto de Carolina.

- Tudo bem, espere um minuto. - ela falou pegando o celular e marcando o número de Marcos.

Depois de alguns toques e atendeu.

- Alô?

- Marcos, sou eu a Carolina.

- Carolina, como vai? - ele perguntou, um gemido soou do outro lado. - Respira fundo, querida.

- Eu estou respirando seu idiota - a mulher respondeu à ele.

- Marcos? - Carolina falou.

- Desculpa, a Ágata entrou em trabalho de parto - ele respondeu.

- O bebê não era para daqui à duas semanas? - Carolina se afastou um pouco da multidão.

- E era, mas meu filho é rebelde - a voz dele exalava orgulho. - Mas, por que você ligou?

- Não é nada demais, eu vim com um grupo de amigos fazer paraquedismo, mas apareceu uma nova funcionária dizendo ser nossa instrutora.

- Quem?

- Uma tal de Amanda.

- Quem colocou ela como instrutora? - Marcos parecia revoltado. - Nós prezamos pela segurança.

- Foi o que eu pensei.

- O Yuri, está ai? - ele perguntou.

- Eu não sei.

Marcos suspirou, ele estava pensando em quem podia ser o instrutor.

- Carolina, eu vou te pedir um grande favor...

- Já sei, vou ficar no seu lugar, mas só por causa do meu afilhado.

- Obrigado, tenho que voltar agora.

- Tchau.

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Continua no próximo capítulo.
Até breve!
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