Mais tarde naquela noite, Carolina e Helena estavam sentadas na sala de estar.
- Você gosta dele. - disse Helena.
- De quem? - perguntou Carolina.
- Você gosta do Christian - Não era uma pergunta. Era uma constatação.
- Sim, - Carolina gemeu. - Muito. Muito mais do que deveria. Estou começando a não me importar com o fato de que ele é meu chefe.
- Você está bancando a difícil por causa do trabalho?
- Não estou bancando a difícil. Só não quero me envolver e acabar machucada.
- Você gosta dele. Ele gosta de você. Por que lutar contra isso? - perguntou Helena. - Você está tornando tudo mais difícil do que deveria ser. Aquele homem está disposto a fazer qualquer coisa por você. Pare de ser impenetrável.
- Eu não sou impenetrável.
Helena simplesmente a olhou.
- Tudo bem, talvez eu não seja a pessoa mais fácil de se lidar.
- Que bom. Acho que vou pedir um pizza. - disse Helena se levantando.
Carolina fechou os olhos e respirou fundo.
Quando a campainha tocou, Carolina levantou e pegou sua carteira para pagar a pizza.- Boa noite. - disse Christian encostado no batente da porta.
- Oi, o que você está fazendo aqui?
- Vim buscá-la para jantar.
- Eu não concordei em jantar com você.
- Concordou sim.
- Não, eu disse que iria pensar.
- Dá no mesmo. - ele insistiu.
Carolina respirou fundo, ele não ia desistir.
- Entre, nós pedimos uma pizza. - disse se afastando.
- Eu adoro pizza. - Carolina revirou os olhos.
Ela voltou para a sala onde Helena estava olhando por cima do ombro.
- Vocês já se conhecem, mas esta é Helena, Helena este é Christian nosso vizinho.
Os dois se cumprimentarem e ficaram em silêncio.
- Gente. - Carolina chamou a atenção dos dois. - Vocês vão conviver por um bom tempo, então é melhor serem amigos.
A campainha tocou novamente só que desta vez foi o entregador com a pizza.
Logo após o jantar, Helena se retirou para o quarto de hóspedes dizendo que estava cansada, mas na verdade ela queria era deixar os dois sozinhos.
- Gostei de sua amiga. - disse Christian abraçando Carolina por trás, enquanto ela lavava as louças.
- Ela também gosta de você, na verdade ela está praticamente fazendo uma campanha de ‘‘Dê uma chance para o Christian.''
- Eu decididamente gosto dela.- comentou sorrindo. - Em que categoria nós nos encaixamos?
- Categoria?
- Sim, nós somos namorados, amigos com benefícios ou o que? - ele perguntou confuso.
- Não estamos namorando pelo menos não ainda. Primeiro você tem que me mostrar que nosso relacionamento pode valer a pena.
- O que eu tenho que fazer? - Christian perguntou.
- Vamos passar algum tempo juntos. - disse dando de ombros. - Você tem alguma coisa para fazer amanhã?
- Não, por que?
- Amanhã vamos fazer um passeio, vista uma roupa confortável. - Carolina disse secando as mãos.
- Para onde vamos?
- Surpresa. - ela sorriu.
- Então por que você não fala um pouco da sua vida.
- Como o quê?
- Por que não falar do início?
- Quer dizer que você não investigou minha vida?
- Sei que você decidiu administração, enquanto seus pais queria que você estudasse medicina, você tem uma verdadeira paixão por esportes radicais.
- Nasci e cresci no Brasil. Tenho três irmãos, Gabriel é meu irmão biológico, Helena e Emilly são adotadas. Os pais delas morreram num acidente de carro quando éramos crianças. Meus pais são médicos. Toda uma vida em um minutos. E quanto a você?
- Nasci em Nova York numa família de origem italiana. Estudei em Harvard. Como você sabe tenho três irmãos mais novos. - ele respondeu.
- Você já se apaixonou? - Carolina o olhou atentamente.
- Sim, loucamente. - respondeu brincando com a ponta do cabelo dela. Carolina sentiu uma pontada de ciúmes.
- Qual o nome dela?
- Lindsay Celmer, eu a conheci na escola.
- Ensino Médio ou Faculdade?
- Jardim de Infância. - ele falou com um sorriso. - Ela se mudou e eu fiquei arrasado.
Carolina riu.
- E você já se apaixonou?
- Pensei que estava apaixonada, mas só estava me enganando. Eu simplesmente amei a idéia de está apaixonada. - Carolina meneou a cabeça.
CONTINUA...............
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