- Carolina, Carolina, você vai me render um belo dinheiro.
- Por que você está fazendo isso?
- Eu tenho que fazer - respondeu. - Você é minha e sempre foi, desde a primeira vez que eu a vi. Observei-a sair com vários homens, mas sabia que não era sério, o Matheus por exemplo te amava, mas dei um jeitinho.
- Que jeitinho?
- Eu o drogei e paguei para uma prostituta levá-lo para cama. Sabe, pensei que se a assustasse um pouco, você viria correndo para mim.
- Foi você que estava me ligando anonimamente?
- Sim, e adivinha quem roubou o dinheiro da empresa? Tudo com a ajuda do Patrício.
- Por que Jessica? Pensei que fôssemos amigas.
- E nós somos, mas esse é o problema, eu quero ser muito mais que sua amiga.
- Mas eu pensei que você gostasse do Patrício.
Jessica revirou os olhos.
- Não, eu sempre fui apaixonada por você. Eu te amo.
- Jessica, isso não é amor, eu não te amo.
- Mas me amará, você vai ver.
Carolina compreendeu que ela tinha perdido o juízo completamente. De alguma maneira, acreditava que a poderia fazer amá-la.
- Mas isso não importa por enquanto, daqui a pouco você não vai se lembrar de nada.
Falou aplicando um injeção em Carolina, seus olhos ficaram pesados, tão pesados que não conseguiu mantê-los abertos.
Jessica saiu do quarto fechando a porta.
- Ela precisa de tempo. Tempo. Ela precisa de tempo. - murmurou.
- Falei com Christian, ele vai pagar os dez milhões de dólares - disse Patrício com o telefone na mão.
- Ótimo, e o jato?
- Pronto para decolar, vamos mesmo levar ela conosco? - ele perguntou.
- Sim, nós tínhamos um trato, sequestraríamos Carolina, pegaríamos o dinheiro do resgate e nós três embarcaríamos e sairíamos do país.
- Vai ser perigoso sair do país com uma refém - ele tentou colocar um pouco de razão dentro da cabeça dela. - Seria melhor nos livrarmos dela, com o dinheiro do desfalque e do sequestro não precisaremos trabalhar pelo resto da vida.
- Não me interessa.
Vendo que não adiantaria discutir, Patrício desistiu.
*
Carolina mudou levemente de posição na cadeira, tentando em vão livrar suas mãos das cordas que seus pulsos, sem chamar atenção de Jessica.
- Nós seremos muito felizes longe daqui. - disse Jessica andando pelo quarto. - Vamos sair do país em breve e você verá o quanto me ama.
Ela tentou falar, mas estava amordaçada. Jessica tirou a amordaça.
- Eu amo o Christian.
Ela puxou seus cabelos para trás e aproximou seu rosto do de Carolina.
-Esqueça-o, você me pertence, e irá aprender a me obedecer. - disse aplicando outra injeção.
Carolina ficou com medo, a pessoa ela pensou ser sua amiga não era nada menos que uma psicopata, que faz tudo para conseguir o que quer. Ela não ficou com medo por ela, mas pelo seu bebê.
Horas mais tarde, ela estava extremamente assustada. Carolina ouviu gritos distantes seguidos por um tiro. Ela só viu um homem entrar armado antes de desmaiar.
Quando Carolina acordou novamente havia vozes, ou pelo menos uma voz. Era difícil definir quem era, pois havia um zumbido constante em seus ouvidos que não conseguia afastar.
E então, uma mão morna e gentil acariciou sua testa. Um beijo. Palavras estavam sendo sussurradas em seu ouvido.
- Oi - falou calmamente. Assustando Christian que para sua surpresa estava com a aparência péssima. A barba estava para fazer, seu cabelo estava bagunçado e suas roupas estavam amassadas
.
- O q-que aconteceu comigo?- Você não se lembra?
Carolina pensou por um instante e lembrou.
- O bebê está bem? - perguntou com os olhos arregalados em pânico. Era uma pergunta que ela tinha medo de fazer, mas precisava saber.
Seu rosto suavizou.
- Você e o bebê estão bem, cara. - respondeu.
- E a Jessica?
- Está presa, assim com o Patrício. Descanse agora, amore mio. Estarei aqui quando você acordar.
- Eu te amo.
- Também te amo, cara. Agora, descanse.
Ela desistiu de ficar acordada e fechou os olhos.
- Como ela está? - Helena perguntou ansiosamente quando Cristian entrou na sala de espera da UTI. - Ela já acordou?
- Ela acordou a alguns minutos - disse ele.
- Como ela está?
- Está bem, e o bebê também.
- Quando poderemos vê-la? - Lola perguntou ansiosamente.
- Mais tarde, ela receberá alta ainda hoje.
- O que você precisa que façamos? - perguntou César.
- Continuar com os planos do casamento. Vamos nos casar em um mês.
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Ps. Faltam 5 capítulo e o Epilogo para o fim de Adorável Amor!
Pss. Leiam Adorável Perfeição.
Psss. Próximo capítulo será postado na sexta-feira.
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Bjos!