Ela vinha andando calmamente pela calçada, as botas de salto fino ressoando baixinho.
O dia estava perfeito, Carolina Fernandes estava viajando a cerca de 1 mês e meio, ela já havia passado por Londres e estava atualmente passeando pelas ruas de Paris, agora vendo as várias vitrines das lojas lembrou como ficou irritada ao ser forçada a tirar férias pelo seu chefe, mas agora estava aproveitando, e muito.Carolina tinha 24 anos e era vice-presidente da Kingsley Investimentos. Ao contrário do que muitos pensam Carolina conseguiu chegar aonde chegou por seus próprios méritos. Ela é filha de uma psicóloga e um cardiologista, formou-se no ensino médio com apenas 15 anos, começou a faculdade de medicina nos EUA, mas 2 meses depois trancou e passou a fazer a faculdade de Administração e Contabilidade, onde formou-se 3 anos depois, com 18 anos começou como estagiária e recebeu várias promoções. 5 anos depois com 22 anos foi promovida a vice-presidente.
Nesses anos todos, ela tirou poucas férias, então seu chefe resolveu presentear-lhe com uma viagem a vários lugares e um cruzeiro de 2 semanas das Bahamas a Jamaica ida e volta.
Ela estava distraída olhando as vitrines que acabou parando subitamente ao colidir com uma pessoa. Ela cairia no chão se ele não tivesse a segurado.
- Vouz allez bien? (Você está bem?) - ele perguntou preocupado, ainda a segurando.
- Eu... - Carolina começou a falar em português, mas parou quando reparou no idiota, seus olhos se encontraram com os dele, seu estômago se contraiu, por um momento esqueceu-se de respirar. Aquele homem não era apenas bonito, havia muitos homens deslumbrantes no mundo, ela já havia conhecido vários, mas este em particular era... maravilhoso, olhos verdes como o mar, seus cabelos eram escuros, pele bronzeada que brilhava ao sol e incríveis 1,80 de altura.
Durante um longo tempo eles ficaram apenas se olhando.
- Oui, je vais bien, merci (Sim, eu estou bem, obrigada) - percebendo que ele ainda estava a segurando, falou. - Você pode me soltar agora.
- Pardon ( Desculpa/ Perdão) - falou a soltando, mas ainda a observando. - Você não é daqui, é?
- Não e nem você. Desculpe, mas eu tenho que ir.
Ela começou a se afastar, mas ele segurou seu braço.
- Você aceita jantar comigo?- Carolina ficou no mínimo surpresa.
- Não, eu não vou ficar muito tempo.
- Então me deixe ao menos convidá-la para um café. - ele insistiu.
Mesmo sabendo que não deveria, ela acabou aceitando. Eles seguiram na rua em direção a um pequeno café, onde foram direcionados a uma mesa no canto.
- Qual é o seu nome? - ele perguntou curioso, ela se deu conta que não havia se apresentado.
- Carolina, e o seu?
- Christian, Carolina é um nome bonito para uma mulher bonita.
Revirando os olhos Carolina comentou.
- Nossa! Essa cantada já é velha!
- E quem disse que foi uma cantada?
- E não foi? - perguntou sorrindo.
*
Christian estava curioso sobre essa mulher de no máximo 1,70 de altura, curvilínea, olhos dourados, cabelos castanhos longos, em outras palavras, linda e excitante.
- Touché - respondeu com um sorriso que poucas mulheres resistiram.
- Está de férias? - Christian perguntou.
- Sim, - ela sorriu. - E você?
- Por assim dizer.
Foram interrompidos pela chegada do garçom.
- Bonjour (Bom dia).
- Bonjour, est-ce que jê peax voir la carte, s'il vous plâite? ( Bom dia, posso ver o cardápio, por favor?) - perguntou.
- Oui monsier ( Sim senhor).
Depois de fazerem os pedidos o garçom se afastou.
- De onde você é? - ela pergunta.
- Minha mãe é italiana e meu pai americano, mas vivo nos Estados Unidos, e você?
- Sou brasileira, mas minha vida é em Nova York.
O garçom voltou com os pedidos.
- Bon appétit (Bom apetite). - disse e se afastou novamente.
Conversaram sobre Paris, quando terminaram Christian levantou a mão e disse.
- L'addition, s'il vous plâite ( A conta, por favor).
Christian insistiu em pagar, quando saíram do café, ele perguntou novamente.
- Quer jantar comigo?
- Não posso, desculpa.
Ele assentiu com a cabeça, puxando-a para seus braço e roubando-lhe um beijo, quando se separaram a respiração dela estava entrecortada.
- Au revoir, mademoiselle (Adeus, senhorita) - disse ele e logo se afastou.