Party (parte 2)

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Ignoramos essa parte da festa e fomos nos divertir. Em um determinado ponto da festa, Mari bebeu um pouco de vodka com energético e ficou muito agitada, mas logo sumiu.

Deram 02:00 e Mari ainda não havia voltado, começamos a ficar preocupadas e procurar ela e Luna pela festa.

-Ok, você procura lá em cima, Sofi no quintal e eu aqui dentro. - disse Bia, com autoridade e nós obedecemos.

Quando subi as escadas, dei de cara com um corredor com várias portas e da maioria delas vinham gemidos, o que me fez ficar um pouco desconfortável, mas continuei procurando. Passei na frente de uma das portas e ouvi um grito abafado.

-Socorro! - gritava uma menina.

Estranho, parece a voz da...

-Mari? - gritei colando meu ouvido na porta e tentando abrir, mas estava trancada.

-Socor... - o grito foi cortado ao meio, como se a boca dela tivesse sido tampada.

Liguei desesperadamente para Bia, que atendeu rápido.

-Achou? - perguntou a voz do outro lado.

-Vem rápido, terceira porta a direita no corredor de cima. Ela parece estar sendo... - nem precisei terminar de falar e ela já entendeu.

Poucos segundos depois, Bia apareceu, acompanhada de Luna, Sofi e um garoto que eu não conheço.

-Essa? - ela perguntou e eu assenti.

Só vi o garoto chutando a porta do quarto, fazendo-a cair e eu me deparei com a pior cena que eu poderia ver.

P.O.V. Luna

Eu estava totalmente louca e fui encontrada pela Sofi antes de fazer alguma loucura. Ela estava falando um monte de coisas e eu não estava entendendo nada.

-Vamos... A Mari... Vem... Agora...

Fui puxada por ela até um corredor cheio de portas. Um menino até então desconhecido arrombou uma dessas portas e fiquei de cara com o que vi.

Marina estava deitada na cama, com Dande por cima a prendendo e tampando sua boca. Ela chorava desesperadamente e, quando nos viu, nos fitou com os olhos.

Dande nos olhava, estático e eu só vi o menino que arrombou a porta partir pra cima de Dande, o tirando de cima de Marina e as meninas foram até ela ver se ela estava bem.

Não consegui reagir, talvez por causa da bebida ou por causa da cena que eu tinha visto. Me senti culpada, afinal eu o conhecia e devia ter alertado elas sobre como ele era um Trouxa, como o próprio apelido dele. "A big, big bundle!"

Não vi como fiz e nem como tive forças pra isso, mas fui até ele que estava sendo socado no rosto pelo menino que arrombou a porta. Levantei-o pela gola da camisa e ele me olhou assustado e sem entender o que estava acontecendo, então eu dei um soco forte no nariz dele e vi o mesmo sangrar e cair no chão, então o outro garoto me olhou e levantou, dando um chute na barriga do idiota do Normand e nos ajudando a levar Mari para o carro de Bel. Agradecemos ele, que colocou um papel no bolso da jaqueta de Sofie, dizendo algo em seu ouvido e ela assentiu e agradeceu de novo, sentando no banco da frente, ao lado de Bia, que estava dirigindo e atrás estávamos eu, Bel e Mari que estava chorando nos braços da Bel e eu me sentindo uma inútil por estar bêbada demais para ajudar.

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