"No se caiga, pequeña!"

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P.O.V. Bel

Quando a Luna me contou do beijo eu fiquei um pouco sem reação, pois tinha demorado muito para acontecer, por isso nem acreditei. Ela falou quase sem respirar e pela primeira vez eu a vi com vergonha.

-Não acredito... - comecei, mas ela não me deixou terminar.

-Mas e agora? Como a gente vai ficar...

Nesse momento eu percebi que o assunto era mais sério do que eu imaginava. Minha amiga estava desesperada. Eu tinha que fazer alguma coisa a respeito.

-Calma. - dei um abraço nela de lado - Hoje iremos à praia. Vai que, né?

Ela sorriu de lado, meio desanimada e me abraçou mais forte.

P.O.V. Sofie

Estávamos sentadas na bancada da cozinha, esperando a Luna e a Bel, que demoraram muito. Eu estava perdida nos meus pensamentos, quando as duas entraram na sala e eu senti duas mãos na minha cintura e um cheiro familiar e esse simples toque me arrepiou por completo. Ela me deu um beijo disfarçado no pescoço e eu arrepiei de novo, pude jurar que ela estava sorrindo. Fui despertada por um grito e quase caí de susto, mas Luna segurou mais firme na minha cintura.

-Cuidado. - ela cochichou no meu ouvido, com a voz arrastada e sexy- No se caiga, pequeña.

Ela falou em espanhol no meu ouvido. EM ESPANHOL! Eu senti todos os meus pêlos arrepiarem e ela deu uma risada enquanto eu desci da bancada e fomos em direção ao carro da Bel.

Bel foi na frente com Mari e eu, Bia e Luna fomos no banco de trás. Luna olhava pra mim o tempo todo e, vez ou outra, dava leves mordidas em seu lábio inferior.

P.O.V. Luna

Depois de conversar com a Bel, decidi provocar a Sofi ao máximo e ver sua reação. Se ela cedesse, maravilha, mas, se ela não gostasse, eu diria que tinha sido uma brincadeira e Bel me acobertaria.

Comecei a colocar meu plano em prática assim que desci. Sofi estava de costas pra mim e com o corpo totalmente livre de qualquer coisa que fosse me atrapalhar. Segurei ela pela cintura e beijei discretamente seu pescoço, percebendo que a mesma arrepiou e não me interrompeu, dei um sorriso vitorioso.

Logo depois ela quase caiu, então a segurei firme, apertando um pouco sua cintura e falei em espanhol com ela. Milhões de anos luz atrás ela comentou comigo que achava a língua espanhola muito sexy e, como eu tinha descendências latinas, eu havia aprendido espanhol desde pequena com meu pai, que sempre insistiu nisso.

Com esses simples atos, senti ela arrepiando e travando seu corpo.

No carro eu continuei a provocação. Disfarçadamente, olhei ela e mordi meu lábio inferior diversas vezes. Percebi que quando eu fazia isso, sua respiração ficava um pouco descompassada, então fiz questão de continuar até chegarmos na praia.

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