14. It's all right

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-"VOCÊ TEM UM CARRO?" -Foi tudo o que saiu da boca do Tae, que saiu andando até perto do mesmo. -"Parece novo"

-"É, praticamente, só usei duas vezes" -Apertei o botão para destravar o carro e sorri.

  O Tae ficou animado e logo entrou no carro, entrei em seguida e liguei. Ele ficou inspirando o cheiro de carro novo e olhando os botões que tinham no carro, como se fosse uma criança.

-"Aonde vamos?" -Perguntou depois de alguns minutos que já tínhamos saído.

-"Você vai ver" -Disse sem tirar os olhos da estrada.

  Eu nunca usava esse carro, na verdade nem sei porque comprei, acho que queria tê-lo apenas para emergências.

  Se fosse comparar o preço do meu carro com os do meu pai, seria como comparar o preço de uma bala com o de 80 quilos de picanha.

  Mas eu gostava assim, tinha tudo o que eu gostava e precisava, sem contar que era confortável.

  E hoje eu usaria para um bem maior. Fazer o Tae sorrir um pouco.

  Estávamos quase chegando no litoral, já dava para ver o mar de longe. O Tae ficou olhando bobo para a vista.

-"Vamos para a praia?"

-"Não necessariamente" -Abri o botão que fazia o teto do carro ir para um compartimento, fazendo ficar um conversível.

-"MEU DEUS HOBI QUE FODA" -O Tae soltou o cinto e ficou em pé, se segurando não sei aonde. -"Que vento bom" -Seus cabelos balançavam e ele abriu um sorriso largo.

-"Cuidado para não sair voando" -Ri e coloquei uma música.

  O Tae ficou mais animado ainda e baixou um ator, fazendo caras e gestos ao vento, ao som de Overcome do Nu'est.

  Tinha que admitir que realmente ele cantava muito bem, isso eu já percebi no dia do Karaokê, que mesmo bêbado ele estava cantando muito melhor que eu.

  Depois de alguns minutos, chegamos em um parque de diversões, que ficava perto da praia, estacionei e saí, inspirando o ar puro.

  O Tae saiu sem abrir a porta, simplesmente pulou para fora do carro.

-"Uou, que daora" -Ele chegou perto de mim e admirou o parque.

-"Aonde quer ir primeiro?" -Perguntei, segurando sua mão.

-"Comer, estou com fome" -Disse com uma carinha manhosa, deu vontade de apertar ele.

-"Muito bem, do que você gosta?" -Ajeitei o cabelo bagunçado dele, por causa do vento.

-"De você" -Disse na lata, me fazendo corar.

-"Aish, não fala essas coisas assim do nada" -Baguncei o cabelo e o mais novo riu.

-"Quero qualquer coisa que não seja saudável" -O Tae disse olhando em volta. -"Vamos comer hambúrguer" -Ele pegou minha mão e praticamente me puxou.

  Andar de mãos dadas com ele era algo bom, ainda mais sem ninguém para falar sobre aquilo. Me senti mais livre, poder andar assim com ele sem me importar com comentários ou fotos, era só eu e ele.

  Entrelacei nossos dedos, precisava ter certeza que ele estava ali comigo, do meu lado, e sim, estava.

  Chegamos em um lugar que vendia hambúrguer, o que o Tae queria. Ele não economizou e pediu um hambúrguer do tamanho de um prédio, ok, não era tão grande, mas também não era pequeno.

  Eu pedi um menor, e fiquei sendo chamado de estômago de formiga pelo Tae, que estava mergulhando no hambúrguer dele.

  Depois de um tempo, percebi ele me olhando, com um meio sorriso no rosto. Franzi a sobrancelha, sem entender a graça.

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