31. Kidnapped

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Era tão estranho.

Tão estranho estar em um avião, indo para um país tão conhecido e desconhecido pra mim. Não queria ir, porque além do Dong Sun ter me deixado para ir para lá, a China era o lugar onde meus pais estavam sepultados, isso doía.

Mas não tive escolha. Fui obrigado.

-- 2 dias atrás --

Eu iria para a casa de um amigo antigo meu, era aniversário dele. Mesmo que naquele dia eu ainda estava horrível na aparência e sem nenhuma vontade de viver, iria pelo menos falar um "parabéns", pegar uns docinhos e bolo e ir embora.

Era de noite, coloquei apenas uma camiseta, uma calça, um tênis e um casaco longo e grosso, porque estava um frio tremendo. A rua estava deserta e escura.

De repente senti como se alguém estivesse me seguindo. Tentei andar mais rápido mas os passos atrás de mim também aceleraram.

Comecei a correr e logo meu braço foi segurado com muita força. Quando eu ia gritar algo, algo foi colocado no meu nariz e senti meu corpo desligando, e minha visão ficou turva.

Abri meus olhos com dificuldade e minha mente ficou completamente confusa.

Minhas mãos e meus pés estavam amarrados muito forte com uma corda, e tinha um pano na minha boca.

Entrei em desespero. Eu tinha sido sequestrado. E ainda estava sem meu casaco, o que me fazia sentir um frio enorme.

Olhei em volta, era uma espécie de porão ou seila o que, isso não importava, só queria sair daquele lugar. Tentei gritar mas o pano na minha boca me impedia. Logo alguém desceu por uma escada, e abri os olhos por pânico e surpresa.

Era o pai do Hobi.

O velho viu que eu estava acordado e sorriu cínico. Aquele homem era doente, por que ele tinha me sequestrado?

Logo ele se aproximou de mim e retirou o pano da minha boca.

-"O QUE ESTÁ FAZENDO SEU DOENTE? ALGUÉM ME AJUDA" -Gritei e senti um tapa de tamanha força no meu rosto.

-"Cala a boca seu idiota" -Disse firme.

-"Ah, beleza, eu fui sequestrado por um velho psicopata mas vou ficar quietinho, melhor ideia do mundo" -Ironizei.

-"Se eu fosse você, realmente ficava quieto" -Alertou.

Balancei a cabeça positivamente e me encolhi. Aquilo era pior que um pesadelo. Me controlei para não chorar, mordi o lábio e tentei engolir o nó na minha garganta.

-"Muito bem, então você é o garoto que fez o meu filho perder o juízo?" -Perguntou enquanto levantava meu rosto com brutalidade. -"O que ele viu em você? O que você tem que a Hwon Nah não tem?"

-"Talvez um coração" -Disse e os dedos dele pressionaram fortemente meu rosto.

Nessas horas o que você tem que fazer é ficar em silêncio, mas o ódio dentro de mim não me permitia.

-"Grande coisa, para que coração quando se tem dinheiro e beleza?" -Respondeu como se aquilo fosse verdade.

Era incrível a ignorância daquele homem. Como o dinheiro era mais importante do que outra coisa, tudo o que ele fazia era pelo dinheiro e para conseguir ele.

-"Eu não controlo de quem eu vou gostar ou quem vai gostar de mim. Se seu filho gostou de mim, é porque encontrou em mim o que você não o deu" -Argumentei.

Mais uma vez levei um tapa certeiro no rosto, que fez minha pele queimar. Parecia que ele não tinha nem um pingo de humanidade nele.

-"Quero que fique longe do Hoseok, e que não atrapalhe em nada, senão vou ter que te atingir de outra forma" -Disse.

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