24. I'm not important

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Cheguei em casa exausto, apenas tirei meu casaco e joguei em algum lugar. A minha irmãzinha saiu do quarto e veio até mim, me abraçando.

-"Onde você estava?" -Ela fez um biquinho e eu a peguei no colo.

-"Tive que ver o Hobi, e acabei chegando tarde, desculpa maninha" -Dei um beijo em sua testa, o cheirinho dela depois de tomar banho era tão bom, me deixava melhor.

-"Você disse que ia me mostrar a música nova do vixx, quero ouvir" -Seus olhinhos brilharam, ela adorava quando mostrava músicas novas.

Coloquei a mão no bolso, um desespero bateu. Apalpei todos os bolsos e nada. Coloquei a EunJin no chão e fui até o meu casaco, cutuquei todos os bolsos, até virei do avesso.

Cadê o meu celular?

Bufei e baguncei meus cabelos. Eu estava com ele o tempo todo, como pode ter sumido assim?

Fiquei olhando pro nada até um sininho tocar na minha mente. O último lugar que eu estava com meu celular foi na cafeteria onde o Dong Sun trabalha.

Peguei o telefone residencial e liguei para o meu celular, talvez alguém tivesse o achado e poderia devolver. Depois de alguns toques atenderam.

-"Você é meio distraído" -Ouvi a voz do Dong Sun do outro lado.

-"Talvez, eu preciso do meu celular" -Disse impaciente, eu preferiria até que um ladrão tivesse pego.

-"Eu te devolvo amanhã, passa na cafeteria depois do meu expediente" -Certo, pelo menos ele não disse para eu ir na casa dele.

Concordei e desliguei o telefone. Preciso ser menos distraído, mas aquele assunto de China me deu nos nervos. Falei para a minha irmãzinha que amanhã eu mostraria a música nova e fui para o quarto.

Me joguei na cama e fiquei olhando para o teto, tentando pensar. Nunca achei que em apenas um ano minha vida ia virar tanto de cabeça para baixo.

Aconteceram tantas coisas em tão pouco tempo, como se uma bomba tivesse caído em cima de mim.

Olhei para o lado e vi minha pelúcia de leão, lembrei do meu primeiro encontro com o Hobi, tinha sido divertido.

Andar com ele, brincar e ver sua cara de medo no brinquedo, ele era uma criança mesmo.

Peguei a pelúcia e a abracei, sem perceber, acabei dormindo com a roupa que tinha saído.

Abri meus olhos devagar, mais uma vez a claridade invadia meus olhos.

Tentei me estabilizar e olhei em volta, estava em uma sala, com algumas malas e bolsas espalhadas. Eu estava deitado em um sofá, eu sempre aparecia deitado, parecia até que era teletransportado.

Será que é o mesmo sonho de antes?

Dessa vez não estava no quarto de bebê, mas o cheiro ainda estava presente. Suspirei e me levantei do sofá, fui andando sem rumo pela sala, se eu estava sonhando, deveria pelo menos saber sobre o que, ou por que.

De repente alguém me atravessou, fiquei assustando por um momento, tinha esquecido que nesses meus sonhos eu era igual a um fantasma.

Fiquei travado por uns segundos, afinal não é sempre que alguém atravessa seu corpo do nada como se você não existisse. Olhei para trás para ver quem era.

Era a mulher do meu primeiro sonho, e estava com um bebê no colo, a mesma chorava bastante. Logo ela foi levando cada mala de uma vez para um táxi que estava na frente da casa.

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