Capítulo 7

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Taylor

- Me dá um banho? Ou está com medo de acabar nu em cima de mim?

Yasmim tá tão fora de si que nem parece ela. Cadê aquela menina difícil? Onde está a revoltada sem causa?

- Ok, então eu vou sozinha, nunca precisei de homem nenhum! - respondeu tentando tirar o vestido, mas enrolou no cabelo.

Fui até ela, retirei o vestido. Ela sorriu, e retirou o sutiã olhando nos meus olhos.

- Se quer que eu não te deixe escorregar e morrer naquele banheiro, vista de novo isso!

Ela simplesmente virou as costas e seguiu rebolando até o banheiro. Puta que pariu! Coloquei as mãos no cabelo, e repeti três vezes "ela é apenas uma criança e eu preciso pensar com a cabeça de cima."

Entrei no banheiro e ela estava no chão gargalhando.

- Quanta desenvoltura senhorita Yasmim.

Segurei seus braços para ajuda-la a levantar. Ela ficou de pé e seu sorriso deixava claro que a bebida foi o motivo da queda.

Peguei uma mecha do seu cabelo negro e cheirei. O que eu to fazendo?

- Prende pra mim?- ela pediu virando-se de costas.

- Como eu vou fazer isso? - perguntei tentando me afastar da proximidade entre meu amigo e sua bunda.

- Talvez com a xuxinha que está bem ao seu lado - ela falou com a língua enrolada.

Prendi o cabelo e ela voltou-se novamente para meu rosto, mas meus olhos estavam no seu seio. São tão lindos...

Ela ligou o chuveiro, e quase escorregou várias vezes. A diabinha não conseguia ficar debaixo da água, pois só conseguia ficar em pé encostada nas paredes.

- Sabe o que eu mais gostava de fazer quando meu pai me dava banho?

Aposto que não chega perto do que eu estou prestes a fazer.

- O que?

- Isso! - ela começou a me jogar água e escorregou, mas eu a segurei antes que caísse.

Agora é o fim! Estou completamente molhado, e não tem como não desejar que ela fique da mesma forma, em outro sentido. Encostei-a na parede com rapidez e a beijei com vontade. Yasmim retribuia com desejo. Retirei minha roupa e arranquei a única peça que me impedia de senti-la por completo.

Nos afastamos por falta de ar, os olhos azuis dela me lembravam os de seu pai. Se ele soubesse o que quero fazer com a filha dele, jamais me confiaria essa tarefa. Ela é apenas uma menina, e eu deveria ser responsável pela sua segurança e não pelo seu prazer.

- Desculpa - falei e beijei sua testa.

Coloquei uma toalha em seus ombros e a levei para a cama. Rapidamente seus olhos fecharam.

O que eu fiz? A briga com a Alice, o caso
sem nenhum indício do suspeito, com certeza isso centralizou o estresse para minha cabeça de baixo. Amanhã preciso esclarecer as coisas com Yasmim.

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Desci para tomar café, e Yasmin estava jogada em cima da mesa.

- Quanta ressaca!

- Fala baixo, pelo amor de Deus. Antes da bronca, quero pedir desculpas para o senhor general.

- Eu que preciso pedir desculpas.

- Você precisa me pedir desculpas por eu ter acabado o whisky do meu pai, e te fazer prometer que vai dizer que foi você quem tomou?

- Não, por ontem à noite...

- Eu só lembro que a Vivian caiu em cima de mim, e eu lembro disso porque doeu.

Ela não lembra? Isso so pode ser o cosmo ao meu favor!

- Vá se arrumar, que com ou sem ressaca você vai para aula.

Ela saiu preguiçosamente e a cozinheira me olhou como se soubesse a merda que aconteceu na noite anterior.

Deixei Yasmin na Universidade e voltei para a mansão, preciso ligar para Vivian e chama-la para discutir os fatos.

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Yasmim

Prefiro que ele ache que eu não lembro, já não temos uma relação fácil, odiaria ouvir meia hora de explicações sobre o fato de eu ser uma "criança". Se tem uma coisa que eu repudie é hipocrisia.

Meus amigos discutiam sobre a festa de mais tarde e eu pensava no quanto minha noite poderia ter sido boa. As aulas voaram e finalmente o último horário acabou.

- Yas, tu vais querer que meu primo faça o teu trabalho? - perguntou Will.

- Não, você sabe que não, mas obrigada - respondi seguindo para a saída.

- Você vai mais tarde, né?

-claro, não perderia seu aniversário - fingi uma animação.

A verdade é que eu só quero me trancar no quarto. Ele me abraçou e seguiu para o estacionamento.

Do outro lado e pista estava Taylor, dividindo batata frita com Vivian. Tentei voltar, mas eles acenaram.

- Oi Yasmin - ela disse me abraçando fortemente.

- Oi Vivian, tudo bem?

Ela usava um vestido preto até o joelho e óculos escuros, definitivamente é o tipo de mulher que qualquer homem gostaria de ter. Inclusive Taylor, o santo do pau oco, ou seria duro, ja que está ao lado dela.

- Tudo sim. Vou almoçar com vocês.

Sorri. Eu não tenho nada contra ela, pelo contrário, ela é uma pessoa incrível. Só não quero ter por perto uma pessoa que me faz lembrar o que não sou. Parece bobo ou imaturo da minha parte... mas é o que sinto quando estou perto dela.

Entramos no carro, e ela optou por ir atrás.

- Taylor, mais tarde vou precisar sair.

- Negativo, vou com você ou você não vai! Precisas ganhar minha confiança novamente.

- Deixa de ser mandão. Se eu fujo sou imatura, se eu peço sou irresponsável. Mas que merda!

Cheguei em casa abracei Vivian, pedi desculpas por precisar ficar longe do infeliz controlador. Com ou sem ele, eu vou sair!

Paixão Quase PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora