Capítulo 23

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Taylor

Chegamos ao motel mais afastado do Centro. Tenho ciência que não há segurança, entretanto no momento, não há certeza alguma para manter Yasmim viva, apenas dois revólveres na minha mochila, e algumas facas. Tenho só isso para protegê-la.

- Estou com medo - disse Yasmim assim que tranquei a porta do quarto.

- Alice costuma dizer que sem medo não há coragem. Vou fazer de tudo para você ficar bem. Ainda temos dois dias.

- Tudo bem - ela respirou fundo - Por onde começamos?

- Vá tomar um banho, que eu pegarei algo para comer. Mas toma esse banho como se fosse o último porque não veremos um chuveiro nos próximos dias.

Ela deu um sorriso forçado, tirou o tênis e entrou no banheiro. Porém, não demorou muito para voltar.

- Você não vai sair, né?- questionou olhando para o chão.

- Não, vou pedir comida pelo telefone daqui.

Apenas concordou com a cabeça, de forma aliviada, e retornou ao banheiro. Peguei o telefone de cima da cômoda e coloquei no colo.

- Alô, aqui é o George Fincher, gostaria de pedir filé ao molho quatro queijos- falei usando os nomes falsos que usamos para entrar.

- Pode deixar, em meia hora estará pronto- ouvi o rapaz responder e desliguei.

Abri minha mochila, peguei meu revólver, carreguei e coloquei na cintura. Peguei um monte de anotações sobre o caso e espalhei no chão, atrás da cama, de forma que quando o rapaz entregasse a comida não notasse. Dei uma olhada em alguns perfis de suspeitos, os que estavam marcados com um papel vermelho era porque faziam parte dos principais, amarelo dos prováveis, e branco eram os possíveis.

-Taylor, pode abrir minha mochila e me dar uma toalha? Não inventa de pegar as que estão em cima da cama. Não sei quem usou.

- Claro, porque passar por tudo isso com algum tipo de bactéria é bem pior - brinquei e ouvi uma risada.

Eu gostava de pensar que um dia ela iria simplesmente esquecer minha babaquice e ser minha outra vez, mas não sou idiota, digo, burro, porque idiota tem sido meu segundo nome.

Ao revirar sua mochila, achei bem abaixo da toalha rosa uma foto, era uma mulher de cabelos negros, branca, segurando uma bebê.

Fui até a porta do banheiro para que a mão agoniada conseguisse sua toalha

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Fui até a porta do banheiro para que a mão agoniada conseguisse sua toalha. Logo depois me encostei na parede e fiquei analisando. Provavelmente é a mãe de Yasmim, só não tenho certeza.

Ela parou ao meu lado e também ficou encarando, por um momento achei que iria me brigar por mexer em suas coisas.

- Onde conseguiu essa foto? É a minha mãe e eu.

Paixão Quase PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora