Yasmim
Não demorou muito para uma ambulância chegar. A altura que Taylor foi jogado não era grande, e muitas pessoas que estavam próximo tentaram ampara-lo. Aparentemente não havia nenhuma fratura, mas meu peito apertava como se fosse sufocar. Eu estava tonta, muitos agentes falavam comigo mas eu só conseguia ficar ajoelhada segurando a mão de Taylor. Senti tanto medo de perde-lo que comecei a me punir mentalmente.
- Afastem-se -falou um rapaz de branco - Precisamos imobilizar a vítima.
Levantei e dei apenas dois passos para trás.
- Eu vou com ele - disse Harry.
- Melhor eu ir- falou Vivian e eu ri ironicamente.
- Desculpa, mas sinceramente, além de eu te odiar profundamente, nada impede de você tentar matá-lo porque ele te usou e descartou. Para mim você é suspeita - falei um pouco surpresa comigo, acho que a velha yasmim retornou devido às circunstancias - E Harry, agradeço, mas agora você tem mais responsabilidade sobre o caso, já que Taylor vai ficar inativo. Com licença.
Virei as costas, tirei o salto, e saí apressada para entrar na ambulância.
Começaram alguns procedimentos dentro do veículo, e apesar de eu nunca ter recorrido a religião alguma, rezar para as forças superiores deve ajudar ele a sair dessa. Eu sei que sou idiota, mesmo depois de tudo sinto algo muito forte por ele, como uma ligação. Mas já escolhi que não quero absolutamente nada! Ele mentiu e me passou a perna, a confiança que deveríamos construir foi por água abaixo. Porém, ver o cuidado e a vontade de me manter segura ainda me deixa um tanto quanto confusa. Confusa, não trouxa. Não voltarei atrás. Assim que isso acabar, pretendo sair do país, e deixar ele para trás, passar uma borracha. É uma promessa.
Chegamos ao hospital, e logo levaram ele para fazer tomografia e raio x, parece que ele desmaiou devido uma pancada na cabeça, depois que o jogaram.
Segui para um quarto, fiquei aguardando Taylor retornar. O medo me fez entrar no banheiro, trancar a porta e ficar quietinha. Eu sei que esse assassino está por perto, e tentou tirar o principal agente da jogada.... nada o impede de adiantar a execução.
- Senhora?- ouvi uma moça falar.
- Seu marido está estável, não houve nenhuma lesão grave, apenas fissurou o braço. Ele deu muita sorte. Acho que em mais algumas horas ele acorda, faremos outros exames, e talvez ele seja liberado.- ela falou e eu pensei em corrigir o fato de ele não ser nem meu amigo. Só quero que ela vá logo, não confio em mais ninguém.
Ele parecia abatido, aposto que quando acordar, vai colocar o FBI de cabeça para baixo, atrás de quem fez isso hoje.
Lembrei de ter visto o Bryan, aquilo não era possível. Não quero pensar o pior mas é inevitável. Por que ele está fazendo isso? Voltei para o banheiro, fechei a porta e sentei no chão.
- Alô, Yas - ele falou calmamente e ouvi sua filha cantando ao fundo.
- Você passou a noite em casa com a sua princesa? - perguntei tentando controlar a voz nervosa.
- Sim, você sabe que não tenho vida noturna porque o horário da babá é até as 18 horas.- ele falou
- Vou direto ao ponto, tentaram matar o Taylor, aquele da confusão que fiquei na sua casa. Mas ja deixaram claro que eu sou a próxima, entraram na minha casa. Eu vi você naquela festa, me diz que não está envolvido.
- Eu não sou assassino, mas precisamos conversar. Você corre risco, e eu...
Taylor abriu a porta do banheiro, puxou o celular da minha mão, jogou no chão e pisou até quebrar.
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Paixão Quase Perfeita
RomanceDurante o casamento de sua melhor amiga, o advogado Taylor Hadfield recebe uma proposta irrecusável. Irrecusável não pelo fato de ser boa ou tentadora, mas sim por ser uma resposta de gratidão ao homem que teve um papel paterno em sua vida. Paul Sh...