Capítulo 30

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Yasmim

Relutei para descer as escadas, afinal a conversa com Taylor tava me deixando enjoada, talvez não a conversa, mas o sonífero que inalei. O importante é que ele parecia muito calmo para ter um assassino por perto.

- Onde tem um celular? - ele perguntou

- O meu você jogou fora - falei e me encostei na parede, meu corpo tremia- Mas tem um no escritório do papai.

- Não temos tempo, depois eu dou um jeito, vamos sair logo desse hospício. Como já havia comentado, tenta ficar calma sobre as coisas que vão acontecer lá em baixo. Prometo que vamos apenas nos despedir, dar uma desculpa e sair daqui.

Eu concordei com a cabeça e olhei para o relógio na minha cômoda, faltavam dez minutos para a meia noite. Acho que Tay não quer colocar a vida das pessoas que estão aqui em risco.

- Mas o que não consigo entender é o motivo de terem me sedado - falei em forma de desabafo

- O que não consigo entender é o que ex agentes tem a ver com a sua mãe -
Mãe? Ainda não é evidente do que exatamente ele está falando.

- Preparada? - ele perguntou segurando minha mão - Vamos!

Taylor abriu a porta do quarto vagarosamente e olhou para os dois lados, logo eu fiz o mesmo. Não havia ninguém. Descemos as escadas um tanto quanto apressados, mas não o suficiente para nos declarar corredores.

Não demorou muito e dei de cara com o pai do Tay, e bem atrás estava o papai, que veio logo me abraçar. Minha reação foi ficar parada, inexpressiva. Meus olhos estavam focados na mulher sentada no chão falando sozinha e arrancando seus cabelos. Provavelmente estava em surto.

- Ajudem ela!- quase gritei. Não sei exatamente o porquê dessa reação, mas meu peito ardia, uma sensação angustiante me fez começar a chorar.

Taylor colocou uma mão no meu cabelo, afastando do rosto, e a outra na minha costa, com o objetivo de me direcionar a saída.

- Fi...lha, é você? -a mulher falou baixinho

- Não, mas fique calma, vou chamar uma ambulância - falei me afastando cada vez mais.

- Yasmim? Meu bebê? Voltei para cuidar de você - ela falou e levantou com dificuldade.

- Temos que sair de perto dessa maluca - disse papai

- Maluca? Você me jogou em um asilo so para que eu não pudesse ficar perto da minha filha. Para mim isso que é digno de loucura!

- Você tentou mata-la tantas vezes! Sempre a culpou pelo seu fracasso na arte. Eu sei que você ainda quer dar um fim na minha filha.

Taylor apertou meu braço, quase implorando para que eu continuasse caminhando até a saída.

- Isso não é hora para discussão, você vai ter todo tempo do mundo para saber a verdade sobre quem és, mas agora precisamos ir- Tay susurrou no meu ouvido.

- Espera! Vocês não podem ir! - ela esperneou - Vou te libertar minha filha!

A mulher que se diz minha mãe pegou uma foto de cima da mesa e veio na minha direção para entregar. Era a foto que achamos nas minhas coisas.

- Meninos!- ela gritou.

- Então é você a mandante dos assassinatos. Isso já está claro, o que não é compreensível é você ter vários ex agentes do FBI do teu lado- disse Taylor

Ele me colocou para trás dele assim que ouviu barulho na escada. Dois homens desceram na frente, um aparentava ter mais de 60 anos, o outro um pouco mais velho que Taylor. Logo em seguida Bryan desceu com um sorriso sarcástico no rosto.

Paixão Quase PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora