Capítulo 12

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ISABELLY

Pegar um táxi nunca foi tão angustiante ou frustrante em NY. Me recusei a ir para meu apartamento com a limousine fornecida pelo evento no Iate da empresa John John. A última coisa que queria é que o motorista tirasse conclusões precipitadas diante ao meu estado e passasse para os outros funcionários até chegar ao ouvido do senhor John... Eu estava nervosa, excitada e me sentido exposta ao mundo, e isso não é o que eu previa para o final da minha noite. Já que não tinha nada em meu corpo a não ser meu minúsculo vestido, agora me arrependo de não ter usado algo maior, algo que cobrisse minha pele que agora brilha de excitação. Quem der uma bela olhada saberá que estou tão molhada que está parecendo que passei manteiga derretida entre as pernas. Sim é bem esquisito essa comparação, só não consigo pensar em mais nada no momento,porque estou ocupada demais toda viagem pensando naquela maldita língua me provando e em seus gemidos de aprovação o que só está piorando minha situação. Eu literalmente o odeio. O filho da Puta simplesmente me beijou e rasgou minha calcinha com uma dominação feroz, e pura necessidade de me provar que estava com total controle. Bem se ele queria uma prova de momento... Ele conseguiu.

Subo até meu andar segurando meus sapatos caros em minhas mãos e minha bolsa-carteira de baixo do meu braço. Quando as portas do elevador se abrem , encontro Marien com uma xícara de café nas mãos. Eu solto tudo que estou segurando próximo à mesa de mogno no Hall de entrada e tomo a xícara de suas mãos. Tomo um longo gole pra descobrir que é chá de sei lá que merda...

— Você está querendo me matar, garota? — Ela sorri enquanto me responde.

— Eu tentei te avisar, mas você achou que fosse o que? Café?... Vinho?

— Eu não sei Marien... Eu só estou com sede. E tentando descobrir se ainda estou sóbria...

Ela me analisa enquanto toma a xícara de volta em suas mãos. Vira as costas e se acomoda no sofá de frente a televisão que está passando um filme idiota. Então ela continua dizendo : — Primeiro eu não tomo café de noite, porque tira meu sono e isso só me atrapalhará se eu quiser acordar cedo pro trabalho, e também não é vinho porque seu beber muito permaneço dormindo até... Qual é o nome daquele negócio que você gosta de falar sempre...

Balanço minha cabeça e tento pensar, mas não sei nem do que ela está falando : — O quê? Do que você está falando?

Então ela diz : — Aquela festa que vocês tem no Brasil? Qual o nome mesmo?

Reviro os olhos quando lhe respondo : — Carnaval, Marien.

Ela estala os dedos da mão desocupada e sorri graciosamente como se eu tivesse lhe dado a senha de um cofre com ouro dentro, enquanto diz: - Isso mesmo. Se eu tomar vinho a noite, eu desmaio literalmente e só acordo no Carnaval. E isso não é bom, né? — Ela me pergunta bebericando seu chá honroso. Eu assinto em concordância enquanto lhe respondo :

— Sim, isso é horrível, já que o próximo Carnaval é só ano que vem.

Ela então me avalia novamente e levanta suas sobrancelhas em surpresa, como se tivesse visto minha situação só agora.

— O quê aconteceu com você? Nem passou das onze ainda. E seu cabelo está, meio que... — Levanto minha mãos para impedi-la de continuar. E vou para meu quarto lhe dizendo que conto tudo depois que eu tomar um banho. Porque eu realmente necessito de um agora. Preciso tirar o cheiro daquele idiota de mim, preciso terminar sozinha o que ele começou.

Atração PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora