Capítulo 3 (Parte I)

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ISABELLY

De repente alguém toca meu cotovelo e eu tomo um susto. Quando me viro é o idiota da cerveja. O que eu não tinha percebido num primeiro momento foi o quanto ele é incrivelmente gostoso.

Caramba meu Deus como ele é lindo! Ele é alto de pele clara, tem os olhos claros que brilham como diamantes. É dono de um cabelo claro desgrenhado o que o torna pecaminosamente sexy, ele está com uma calça escura, uma camisa branca, uma jaqueta preta e pra completar uma gravata um pouco frouxa. Ele é bastante estiloso e percebo que ele está em sua melhor forma. Ao retomar os sentidos noto que ele me olha da mesma forma, como se me avaliasse, ele demora um pouco mais que o necessário nos meus sapatos e me pergunto se ele tem algum tipo de fetiche com salto alto.

— Você está bem? Eu posso arrumar uma toalha para você se secar, mas temos que entrar no bar. — Pergunta ele. Ele tem um voz um pouco rouca o que muito sexy.

De jeito nenhum que eu vou voltar para o bar, prefiro voltar para casa molhada e cheirando a cerveja a ter que arriscar ver os pombinhos novamente. Olho para a mão dele e percebo que ele ainda segura as cervejas uma está vazia, mais a do outro copo está quase cheia, eu á pego e viro. Ele fica me olhando meio chocado. Se a situação fosse outra eu com certeza flertaria com ele, mas nesse momento tudo que eu quero é sumir desse lugar.

Quando olho por cima do ombro do cara vejo que Marianne e Matheus levantaram da mesa dá pra ver mais ou menos por conta da porta de vidro e eu tenho uma ideia, um pouco infantil eu admito. Mas não consigo pensar em nada melhor. Então me aproximo ainda mais do cara da cerveja e tento explicar a minha ideia.

— Eu não preciso de uma toalha, mas preciso que faça outra coisa por mim. Você me deve um favor. E tem que ser agora.

Ele fica me encarando e vejo o canto dos seus lábios subirem e formarem um meio sorriso do tipo 'mal me conhece e acha que já pode me exigir alguma coisa' então começa a falar:

— Já pedi desculpas e ofereci uma toalha para você se secar, não te devo mais nada.

Que filho da puta presunçoso, mas esse não é o momento para brigar, então coloco um sorriso bem inocente e peço novamente.

— Eu preciso que você me beije apaixonadamente, assim você paga sua divida e ainda ganha outra bebida.

Eu tenho quase certeza que ele não dirá não, e estou mais que determinada a conseguir esse beijo. E se ele realmente quisesse recusar ele já teria voltado para o bar. A porta abre e eu levanto o olhar a tempo de ver duas amigas saindo e logo depois vejo o vestido vermelho de Marianne, consigo ver Matheus e ele parece estar furioso.

Eles estão se aproximando e eu não tenho muito tempo. O cara continua parado na minha frente, sem entender nada do que lhe pedi, então eu puxo ele pela sua bela gravata e encosto meus lábios nos seus. A princípio ele fica parado, mas em seguida coloca a mão na minha cintura e me beija exatamente da forma como havia pedido. Ele tem um gosto tão bom, uma mistura de cerveja e menta. Mesmo nessa situação ridícula eu sinto cada pedacinho do meu corpo estremecer e uma umidade se instalar por entre minhas pernas. Seu beijo é incrivelmente quente, doce e lento. Ainda estou viajando no beijo quando a voz de Marianne me traz de volta a realidade.

— Eu não disse amor que ela já tinha superado você, não entendo porque você está tão chateado. Ela está bem! Aquilo era só drama, ela fazendo cena.
Eu realmente não dou a mínima para o que Marianne acha, mas interrompo o beijo para poder olhar para os dois. Marianne está parada em frente ao carro e Matheus continua me olhando, sem saber se pede desculpa mas uma vez ou se entra no carro e vai embora com a vadia da minha irmã. Ele decidi ir embora sem falar nada, pelo menos ele toma uma decisão inteligente. Após alguns segundos Marianne entra no carro e os dois vão embora. Assim que o carro vira a esquina eu olho para o cara da cerveja e ele me encara meio que ainda surpreso com o beijo.

Estou pronta para pedir desculpas e explicar, Então percebo que ele quer falar e espero:

— Não entendo porque uma mulher linda, muito bem vestida e determinada precisa roubar um beijo desse jeito. Pode te garantir que qualquer homem lá dentro faria isso sem você precisar pedir.

— Pelo visto qualquer um, exceto você!!

— E... Eu nã... Não falei que não queria, apenas que qual... Qualquer um poderia fazer sem você precisar pedir. — Ele responde meio que gaguejando e continua a olhar meus sapatos.

— A propósito lindos Louboutin!

Então finalmente tudo faz sentido. Meu Deus eu acabei de beijar um GAY!! Qual cara que não seja gay saberia que meus sapatos são Louboutin? Acho que Nenhum!

— Hum obrigada. — Eu digo sem saber bem o que responder sem parecer intrometida. Se ele não falou que era gay, não sou eu quem vou perguntar. Então decido tentar ser simpática e me desculpar por isso.

— Agora me deixe cumprir minha parte no trato. Vamos entrar que eu vou te pagar uma bebida e me desculpar por tudo isso.

Saio puxando ele pelo braço, nem se quer espero ele responder. Tudo que eu preciso agora é de uma bebida e de uma boa conversa. E tenho a impressão de que vamos nos dar muito bem.

Quando olho em sua direção, percebo que ele está rindo e me seguindo. Então de repente eu paro de frente para ele e digo:

— A propósito sou Isabelly Ross.

Atração PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora