Atração Perfeita

Capítulo 7 (Parte II)

ISABELLY

— Porra Noah Você sabe que ainda está doendo né?!

Digo para o idiota que está com as mãos em minhas costas me conduzindo para limusine. Ele sorri e diz:

— E do que você está falando agora, minha linda?

Bem a cara dele dá um de desentendido. Para provocá-lo um pouco mais cedo pedi para que conferisse minha calcinha , ele rapidinho arrumou um lugar escuro atrás do palco do evento beneficente, que esse ano foi cedido o maravilhoso Museu MOMA para tal cerimônia, mas para minha satisfação ele acabou fazendo mais do que só conferir minha calcinha. Me deu dois orgasmos que quase me fizeram perder o fôlego. Só porque não consegui conter meus gemidos ele fez o favor de me dá um belo tapa na bunda enquanto saíamos de trás do palco.

— Não dá um desentendido Noah , eu tô falando do tapa que você deu na minha bunda.

Ele olha descaradamente pra minha bunda e sorri dizendo:

— Linda não finja que não gostou, eu vi seu sorrisinho quando te dei o tapa. E eu também te dei dois orgasmos isso você não lembra né!? Agora só porque te dei um tapinha...

Eu paro abruptamente , me viro e encarando-o digo :

— Um tapinha? Sério Noah? Você chama aquilo de tapinha? Você é inacreditável...

Continuo andando e ele de repente diz mudando de assunto subitamente :

— Ei e aquele Sr. Miller? Você sabe que ele está afim de você né?

— Como? Claro que não... Você sabia que eu disse pra ele que pensei que ele fosse Gay?

Noah arregala os olhos mais logo cai na gargalhada, e diz:

— Gay? Sério? Eu pesquisei sobre ele antes da parceria para a campanha da Victória Secrets e descobri que o cara comeu quase a metade de Manhattan e...

— E você? Comeu a outra metade?- eu o interrompo rindo. O típico erro do sujo falando do mal lavado.

— Claro que não...

Eu sorrio e olho para ele com desconfiança, não que me importe com o que ele faz, ele me olha como se tivesse pensando ou fazendo uma conta na mente. Posso ver a diversão em seus olhos.

Já dentro da limusine me sento e ele senta em minha frente com uma certa distância. Então depois de terminar seus pensamentos ele diz com tom de provocação :

— Ainda não tive tempo de comer a outra metade de Manhattan, porque você não sai do meu pé. — Me levanto e dou um tapa em seu braço, ele sorri e segura meu pulso me puxando para me acomodar em seu colo, a limousine começa andar e baixando meus lábios até seu ouvido e sentido seu aroma fresco eu digo :

— Eu adorei o que você fez atrás do palco com sua boca e com os dedos também. Adorei meus orgasmos. Se você quiser eu posso retribuir...

Ele solta uma risada curta e charmosa me interrompendo. E aproximando seus lábios carnudos dos meus ele sussurra:

— Eu estava pensando nisso.

Eu imediatamente tomo seus lábios em um beijo quente e enfio minha língua em sua boca. Ele aceita e retribui o beijo de bom grado chupando a minha língua, e assim continuamos por um bom tempo. Uma penumbra de lembrança me toma em segundos, com uma força relutante, Matheus e Marianne passam entre minha memória como algo impróprio, algo que jamais teria cogitado que me afetaria com tamanha dimensão. Carma é uma merda. Achar que não o amava mais foi um erro, nunca será como antes minhas lembranças felizes com um homem que nunca me mereceu talvez estará viva em flashs embargado de repugnância e Ódio. Mas agora só restou em mim arrependimento, indignação e sede de vingança não só por um traidor que me abandonou em um momento de dor, mas de uma irmã covarde, estúpida e insípida.