Harmful

16

Entrava na festa com a minha mão fortemente agarrada a de Bryson, pois, quanto mais eu me aproximava daquele lugar escondido, a música eletrónica aumentava com intensidade, assim como o fumo e os gritos frenéticos.

Assim que chegamos perto da multidão perfuramos um pequeno caminho no meio da mesma, levando com pequenos encontrões animados, não era de todo agradável, muito menos quanto tinha um monte de rapazes bêbados prestes a cair em cima de mim.
Tentava seguir pela festa, o mais próxima possível de Bryson, nunca estive num lugar com tantas pessoas anteriormente, conseguia ver centenas de cabeças por toda a parte.

Olhando em redor, apenas conseguia ver o fumadores ejectarem o fumo das suas drogas em mim, queimando-me os olhos e instalando um cheiro muito forte nas minhas narinas.
Por algum motivo, aquele cheiro deixava-me muito desconfortável, mesmo não sendo assim tão mau.

Vários rostos na multidão eram conhecidos e Bryson tinha razão, todos os que na escola eram conhecidos por serem rebeldes estão aqui, cada um deles...

Ouvia vários amigos de Bryson falarem com ele sempre que o cruzavam, a maioria já um pouco fora de si. 

—Bryson, meu homem! — Gritava Dylan, com a felicidade ao ver o seu amigo.

—Sempre o mesmo Dylan! — Comentava Bryson quando o viu quase a cair para o lado de tanto álcool que tinha ingerido.

—Sem uma única mudança!

Bryson, acabava por dar um abraço a Dylan, que quase derrubava a cerveja  sempre que movimentava o seu corpo para se rir.
Todas as pessoas naquela festa estavam num estado péssimo, todas as mulheres tinham as suas cinturas perfeitas coladas a um ou dois homens, ou até mesmo mulheres. 

Belly Creed, a Cheerleader, recebia um enorme banho de álcool, pois, sempre que um homem virava um copo da sua bebida por cima dela, a mesma dava um riso alto pressionando os seus seios molhados pelo líquido. Como se estivesse a pedir por mais. Para ela, ter Thomas a lamber-lhe o braço cheio de álcool já não era o suficiente.

Que nojo.

Percebi que aquele não era o meu lugar e olhava para Bryson conversar com Dylan, começando levemente a cruzar os meus braços, abraçando-me a mim própria, pois certa parte de mim já estava a começar a sentir-se sozinha e esperava seriamente que tudo mudasse, caso contrário vou arrepender-me muito por ter vindo.

Logo, Bryson olhou para a cerveja de Dylan e voltou o seu olhar para mim, colocando a mão dele atrás das minhas costas, despedindo-se do amigo e voltando a sua atenção de novo a mim. O que felizmente, voltou a deixar-me mais segura.

—Então, estás bem? — Perguntou-me quando notou um certo desconforto no meu rosto.

—Estou. Sinceramente, mais ou menos — Falei com incerteza, passeando a minha mão em círculos nas costas de Bryson.

—Bem, não há nada que uma bebida não ajude! — Riu-se Bryson, agachando-se até ficar do meu tamanho, com uma cara idiota, fazendo-me rir.

Quando chegamos à fila das bebidas, a mesma estava praticamente vazia, com imensos corpos adormecidos no chão, impedindo a passagem.
Passei sobre os mesmos, tendo cuidado para não os calcar e vi Bryson olhar para as bebidas.