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Enquanto a água na banheira ia subindo, junto com a espuma, sentada nas beiras frias da banheira de acrílico, acabando o capítulo 25 do livro True Blood de Charlaine Harris, ficando fascinada com as cenas extraordinárias entre Sookie Stackhouse e Bill Compton, admirando o romance picante entre os dois.
Gostava da forma como Sookie conseguia ler os pensamentos das pessoas, mas ao mesmo tempo sentia-se bastante incomodada por não conseguir parar de os ouvir, até conhecer Bill, um ser morto, sem pensamentos, que a confortou.
Principalmente nos seus momentos mais eróticos.

Os livros de Charlaine Harris podem não ser os preferidos do meu clube de leitura pois os responsáveis preferem os clássicos, de preferência aqueles que não idolatram o sexo com uma carga de cenas eróticas.
Porém, eu consigo dar um tempinho e escapar do proposto.

 Enquanto terminava uma cena sensual, passava levemente a ponta dos dedos pela espuma, que já chegava ao topo da banheira.

Parei a corrente de água quente, fechei o livro, tranquei a porta do quarto de banho e comecei a despir as minhas roupas.
Coloquei devagar o  pé dentro da água, sentindo a espuma do gel banho, cheirosa e suave.

Estava pronta para colocar  o outro pé, mas ouvi um pequeno barulho na janela no meu quarto, retirei o pé da banheira, secando-o com umas abanadelas, peguei numa toalha, enrolando-a à volta do corpo, indo até ao quarto para ver.

Saí da casa de banho, segurando a ponta da toalha, dando um nó no peito para a mesma não cair. Ao chegar perto da minha cama, vi Bryson na janela,  sentado do lado de fora, a bater com o dedo no vidro, ficando à espera que eu a abrisse.

Sorrindo para ele, abri a janela erguendo-a para cima, deixando-o entrar.
Quando se colocou em pé à minha frente e viu que estava apenas de toalha, deu um sorriso inseguro, não sabendo como reagir.
Por momentos quis acreditar que fui a primeira que ele viu naquele estado, mas infelizmente eu conheço o passado do Bryson.

-Como não tivemos a nossa sessão de estudos hoje, pensei em passar aqui para te visitar, tinha em mente saltar-mos ao telhado para ver o céu, mas.... - Disse olhando para o meu visual - Vi que talvez não estejas disponível agora.

Ele olhava levemente para o meu corpo, em olhares rápidos, sorrindo, esperando uma resposta.

-Pois... Ia começar mesmo agora a tomar banho... - Respondi, o corpo de Bryson estava tão perto do meu que eu conseguia senti-lo com arrepios nas minhas pernas nuas.

-Bem... Posso pelo menos ter um  beijo de despedida? - Perguntou sorrindo.

Ri mostrando os dentes, aproximei-me dele e beijei-o.
No final do mesmo, ele piscou o olho de forma engraçada como forma de despedida, mas quando ele se virou para a janela, agarrei no braço dele, fazendo-o olhar para mim, com um olhar confuso e surpreso.
Esperei ele ficar de novo face a face comigo, olhando com uma expressão neutra nos seus olhos, sem dizer nada.
Para acabar com toda aquela confusão, deslizei a mão que usei para agarrar o seu braço até à mão dele pausadamente, até chegar à ponta dos seus dedos, agarrei com leveza o pulso dele, levantando a sua mão até à minha bochecha.

Nesse momento de silêncio, reflectia se era realmente aquilo que eu queria fazer, explorar-me e abrir sentimentos daquela forma.
Mas foi a conexão com Bryson que me fez agarrar o braço dele, impedindo-o de sair, e foram todos aqueles sentimentos que me fizeram perder todos os medos e inseguranças.

Desci a mão dele até ao meu peito, sentindo os seus dedos tocarem o meu pescoço sensivelmente. Ao tocar com a sua mão no nó da toalha que me cobria, Bryson sentiu a necessidade de perguntar:

-Tens a certeza que queres fazer isto?

Acenei positivamente com a cabeça e aproximei-me dele, mexendo nas suas orelhas, seguindo para o seu cabelo, até chegar ao pescoço, construindo um sorriso segura na minha cara.
Ele sorriu-me de volta, e colocou uma mão atrás da minhas costas e com os seus dedos tatuados, começou a desenrolar o nó da toalha, sempre com o seu olhar focado em mim.

Ao mesmo tempo fui despindo o seu casaco de couro, que deslizou pelos seus braços quando os esticou.

Assim que o nó se desfez e a toalha ficou nas mãos de Bryson, fiquei um pouco nervosa com o meu próprio corpo.
Bryson olhava mais para os meus olhos do que para o corpo, isso deixou-me reconfortada, ele era o tal, e eu sentia-o em todos os gestos dele.

Ele agarrou o meu queixo para um beijo romântico, enquanto o aproveitava, coloquei as minhas mãos por debaixo da sua T-Shirt, e ergui-a vagarosamente dos seus abdominais até ao seu peito tatuado, ficando com as palmas das mãos pressionadas sobre os seus músculos peitorais, enquanto o nosso beijo não era separado para retirar a peça de roupa.

Enquanto tirava os seus sapatos com os próprios tornozelos, passava as mãos das minhas costas para a minha nuca, até conseguir acariciar o meu couro cabeludo, colocando as nossas testas juntas.
Andei de costas até à parede, ficando ao lado da porta da casa de banho, esperando Bryson remover as suas calças, com a minha ajuda.
Depois, apenas olhamos nos olhos um do outro com confiança.

-Já te disse que eras perfeita? - Perguntou no meu ouvido, quando me viu abrir a porta.

A banheira cheia de espuma esperava por nós.
Bryson, estava atrás das minhas costas, passando a sua mão pelos meus braços, cheirando o meu cabelo, com cuidado moveu-me para a direita, para que ele entrasse na banheira primeiro que eu.
Depois de se instalar, virou-se para mim, esticou a sua mão e ajudou-me a entrar, sempre sorrindo para mim, fazendo-me sentir especial a cada segundo.

Já deitado na banheira, Bryson agarrou o meu corpo um pouco abaixo das axilas, fazendo-me ir em direção dele, mergulhando na espuma, ficando por cima dele.
Ele sorria mostrando os dedos, tirando os fios de cabelo da frente da minha cara, e, com um dedo no seu queixo, dei-lhe um selinho rápido.

Não durou muito até ele começar a sentir-se à vontade para subir um pouco mais as suas mãos até chegar aos meus peitos, observando-os com gentileza, fazendo carícias.
Os seus braços tinham mais tatuagens do que aparentavam, e por algum motivo isso dava-me um certo desejo.
O braço direito dele começou a descender até à cintura, ele não foi diretamente à genital, apenas passou perto uma vez, deixando-me discretamente saber qual era a sensação, mas estendeu a mão para as minhas coxas, passe próximo outra vez, mas mais uma vez foi para outro lugar mais sensível... Ele não era direto e isso era agradável.

Com o dedo indicativo, passeou a ponta do mesmo pela região entre a vagina e o anus, fazendo uma linha de estímulos, até finalmente chegar aos pequenos e grandes lábios.

O toque dele era delicado e calmo... E no momento certo fez-me morder o lábio.

Depois de uns bons minutos de desejo e prazer, com cautela, ele virou-me, fazendo-me ficar na posição dele, pressionando o seu corpo contra mim, trocando o ar quente do nosso respirar.
O seu corpo grande contra as minhas pernas tornava tudo confortável, mesmo sendo um lugar tão pequeno quanto uma banheira.
Depois de um beijo de conforto ele colocou devagar o seu membro em mim, deixando-me explorar todo o tipo de sentimentos ser arrastado até à minha zona de prazer.
Tudo que eu senti, vi ser transportado para a expressão facial de Bryson, estávamos os 2 a desfrutar do momento.

No início senti-me mal por pensar que ele já tinha feito isto com muitas pessoas antes de mim, mas saber que ele estava a ser delicado deste jeito comigo, fez a minha auto estima subir, e cada vez aumentava a nossa conexão.

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