cap. 13

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Rubi Miller.



***

...Sinto a luz do amanhecer clareando o quarto sem ao menos abrir os olhos... Oque aconteceu? Eu queria me lembrar... Que estranho. Sinto como se essa manhã estivesse diferente... Tento me recordar da noite anterior automaticamente, então Sebastian invadiu minha mente.

Estava me desfazendo dele... Eu avisei que iria embora e então ele se opôs... Perguntou se podia me acompanhar no caminho de volta. E eu aceitei... Eu senti ele estranho, mas logo depois achei que fosse coisa da minha cabeça. Ele me deu um sorriso acolhedor antes de me seguir....  Talvez porque eu me sentia de certa forma atraída por outro. Talvez isso tenha feito eu vê-lo de outra forma.

No meio do caminho ele tentava conversar perguntando oque eu havia feito nesses dias que ele não estava. Eu estava lhe contando tudo... Então ele perguntou quem era o homem que estava no meu portão comigo durante anoite uma vez... Senti meu corpo congelar... Como assim um homem no portão? Perguntei a ele, não se faz de inocente... Foi aonde a briga começou... Ele insistiu que eu nunca havia olhado ele daquele jeito que olhei para aquele homem. Disse que por mais que eu o recusava não aguentou ve-lo me abraçar de costas para mim. Então ele já tinha voltado! Estáva lá me observando, oque ele ganharia com isso? E porque observar uma pessoa dessa forma? Estava assustada com tal atitude. Mas nada me deixou tanto quanto aquele olhar.

Era puro rancor, Ódio, vingança... Despeito. Ciúmes obsessivo.

Ele tocava meu cabelo falando ao pé do meu ouvido, foi então que tentei me afastar e ele puxou meu cabelo com muita força em direção a uma árvore enorme, e fez minha cabeça bater contra a mesma. Eu gemo de dor.

Aquilo já havia ido longe demais... Ele pensava que eu era oque dele? Estava louco me chamando de nomes obscenos, e aquele olhar... Apagado. Sem luz. Um olhar indecifrável. Foi onde o senti pegar no tecido do vestido na parte do busto e puxar com força meu para baixo, me deixando nua em cima. Então ele deu dois chupões com muita força e eu comecei a gritar e pedir socorro. Ele tapou minha boca com um tapa na cara que talvez só não quebrou meu maxilar por sorte.

A dor era tão grande que não conseguia falar. Então quando percebi que ele ia conseguir me deflorar ali mesmo naquele lugar vazio e cheio de mato... Eu avistei o meio de suas pernas, dei-lhe uma ajoelhada em suas partes íntimas com o máximo de força que eu tinha! Ele caiu no chão, então foi quando ele agarrou meu tornozelo que me fez cair de cara no chão, minha cabeça bateu em algo extremamente duro, eu estáva zonza, quase ia desmaiar com aquela pancada.

Mas o meu desespero para sair correndo foi maior que tudo. Já estáva chovendo oque me favoreceu pois com o barulho forte da chuva conseguiria me esconder mais dele.

Eu já não estava aguentando mais... Sentia que ia cair, estava chorando como louca, mal conseguia enchergar com a quantidade de sangue que descia em meu rosto... Aquela pancada quando cai pegou feio em mim...

Eu achei ter avistado a fazenda, e logo vi vindo em minha direção o que parecia um anjo... Um homem desesperado, mas não tanto quanto eu... Era o anjo...

Era um sonho? Eu estava sonhando, ou era um pesadelo??

- Abro os olhos lentamente... confusa... Então sinto uma dor no meu maxilar... E tudo veio em um flash, como uma fotografia, um baqui fortíssimo! que me fez levantar bruscamente da cama e gritar, gritar tão alto que achei que minha voz sumiria ali!

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