cap. 28

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Rubi Miller.






...

Aqueles olhos azuis estavam quase vermelhos de tanto ódio. Senti algo se liberando em mim, algo como nunca havia sentido antes. O prazer da liberdade. Nunca imaginei que dançar assim, provocar assim uma pessoa me causaria tanto poder.

Joguei os cabelos lentamente para meu ombro esquerdo, e levantei um pouco a blusa. Eu não precisava treinar nem prestar atenção em quais movimentos estava fazendo, a música estáva me levando com ela.

Ao invés de sentir repugnância dos seus três colegas me desejando daquele jeito, na verdade eu estava me sentindo bem. A auto estima estava me atingindo de forma muito perigosa.

Pego a garrafa da mão do Nathaniel. E beijo lentamente o seu queixo. Não me importei com ninguém ao meu redor. O olhar daquele homem estava intenso. Tal como de desejo e raiva.
Quero que ele sinta oque eu senti. Quero que ele sinta. Eu preciso que ele sinta, eu não suportaria se apaixonar sozinha.

Eu não aceito a forma que minha vida se transformou. Ele fez tudo oque eu sonhava sem nem ao menos me perguntar o que eu queria, como eu queria.

Eu sinto isso toda vez. As vezes olho para ele e vejo tudo, é como se eu o tivesse em minha mão. Como se eu pudesse manusear o futuro.
Mas basta uma leve brisa do vento soprar no meu rosto para trazer toda a realidade de volta. E então eu olho para ele novamente, e já não vejo mais nada.

Eu estou começando a sentir medo, eu não quero sentir nada. Quero olha-lo e não sentir nada. Quero que ele me olhe, sem que eu sinta o meu corpo ferver. Quero ouvir a sua voz , sem me arrepiar. Quero parar de sentir isso.

Ele é demais para mim. Existem pessoas demais a sua volta, quanto a minha não tem. Sei que se alguém vai ficar sozinho, esse alguém sou eu.

__ Rubi, chega. - Disse Nathaniel interrompendo meus pensamentos sombrios, enquanto dançava.

__ Porque você as deixa dançar  na sua frente e eu não posso?

__ É Nathaniel. Porque a belezinha não pode? - Disse um dos seus colegas interrompendo Nathaniel.

__ Porque a belezinha aqui, não vai dançar pra ninguém. Porque a casa é minha.

__ Nossa a festa estava ficando boa agora! Não para não delicinha vai lá. Dança pra gente. - Nathaniel me olhava com cara de quem queria arrancar meus cabelos da cabeça.

Ata engraçado, os projeto de puta ele queria assistir.

__ Eu adorei você. - disse o outro amigo embriagado, passando a mão nos meus Cabelos.  Minha única reação foi olhar para o Nathaniel. Eu acabei de me arrepender do que fiz. Céus que droga.

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