Rubi Miller.
...
Aqueles olhos azuis estavam quase vermelhos de tanto ódio. Senti algo se liberando em mim, algo como nunca havia sentido antes. O prazer da liberdade. Nunca imaginei que dançar assim, provocar assim uma pessoa me causaria tanto poder.
Joguei os cabelos lentamente para meu ombro esquerdo, e levantei um pouco a blusa. Eu não precisava treinar nem prestar atenção em quais movimentos estava fazendo, a música estáva me levando com ela.
Ao invés de sentir repugnância dos seus três colegas me desejando daquele jeito, na verdade eu estava me sentindo bem. A auto estima estava me atingindo de forma muito perigosa.
Pego a garrafa da mão do Nathaniel. E beijo lentamente o seu queixo. Não me importei com ninguém ao meu redor. O olhar daquele homem estava intenso. Tal como de desejo e raiva.
Quero que ele sinta oque eu senti. Quero que ele sinta. Eu preciso que ele sinta, eu não suportaria se apaixonar sozinha.Eu não aceito a forma que minha vida se transformou. Ele fez tudo oque eu sonhava sem nem ao menos me perguntar o que eu queria, como eu queria.
Eu sinto isso toda vez. As vezes olho para ele e vejo tudo, é como se eu o tivesse em minha mão. Como se eu pudesse manusear o futuro.
Mas basta uma leve brisa do vento soprar no meu rosto para trazer toda a realidade de volta. E então eu olho para ele novamente, e já não vejo mais nada.Eu estou começando a sentir medo, eu não quero sentir nada. Quero olha-lo e não sentir nada. Quero que ele me olhe, sem que eu sinta o meu corpo ferver. Quero ouvir a sua voz , sem me arrepiar. Quero parar de sentir isso.
Ele é demais para mim. Existem pessoas demais a sua volta, quanto a minha não tem. Sei que se alguém vai ficar sozinho, esse alguém sou eu.
__ Rubi, chega. - Disse Nathaniel interrompendo meus pensamentos sombrios, enquanto dançava.
__ Porque você as deixa dançar na sua frente e eu não posso?
__ É Nathaniel. Porque a belezinha não pode? - Disse um dos seus colegas interrompendo Nathaniel.
__ Porque a belezinha aqui, não vai dançar pra ninguém. Porque a casa é minha.
__ Nossa a festa estava ficando boa agora! Não para não delicinha vai lá. Dança pra gente. - Nathaniel me olhava com cara de quem queria arrancar meus cabelos da cabeça.
Ata engraçado, os projeto de puta ele queria assistir.
__ Eu adorei você. - disse o outro amigo embriagado, passando a mão nos meus Cabelos. Minha única reação foi olhar para o Nathaniel. Eu acabei de me arrepender do que fiz. Céus que droga.
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A camponesa
RomanceNathaniel Uckermann, um homem bem sucedido dono de uma das maiores empresas de jóias muito famosa por suas peças finas com especialização em ouro branco em Nova York, e dono de inúmeros hotéis por sua fortuna incontável, se sente o dono do mundo, co...