Capítulo 5

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Hogwarts ainda se encontrava silenciosa, muitos alunos ainda estavam dormindo. Mas não Harry Potter e Hermione Granger.

Os dois já se encontravam acordados há um bom tempo devido as aulas de oclumência que Hermione estava ministrando a Harry.

O garoto podia sentir em seus ossos que Voldemort se aproximava, e que estava cada vez mais forte. Ele estava preparado para a batalha.

Hermione bocejava, estava com muito sono. Subiu para seu dormitório e pôs o uniforme da escola. Harry fez o mesmo. Desceram juntos para o café matinal.

—Harry, Hermi... Onde vocês estavam ontem? Não vi você durante o jantar. — Ron se sentava à frente dos amigos para o café, e a namorada sempre colada nele.

Hermione quis dizer que ela estava no jantar mas saiu mais cedo, mas Harry respondeu.

—Estudando. — Harry respondeu e bebericou seu café com leite. Hermione concordou com a cabeça.

—Ah, e o que estavam estudando? — perguntou com desinteresse, se servindo de pão.

—Estudo dos trouxas. — Harry respondeu e Hermione lhe lançou um olhar mortal. Ron olhou confuso.

—Estudo dos trouxas? Pensei que não precisassem estudá-los. — ficou olhando para a dupla, confuso.

—Fizemos o trabalho que a Professora Burbage pediu. Medicina trouxa. — Hermione respondeu, olhando mais para Harry do que para Ron. Lavander percebeu o clima.

Uón-Uón, acho que talvez seus amigos só quisessem... Bom.. Ficar um pouco sozinhos. — disse e deu um risinho carregado de maldade. Hermione cuspiu todo o café e riu até ter cãibras na barriga.

—Essa foi a maior bobagem que eu ja escutei! — ria escandalosamente alto. — Você escuta o que diz? — Hermione perguntou após um mar de risadas lançadas ao ar.

—Para mim faz todo sentido — Lavander respondeu convencida do que dissera. — caso contrário, não estaria tentando enganar o meu Uón-Uón. — disse o apelido ridículo de modo meloso e deu um beijo no garoto. Hermione encenou vomitar por trás da mesa, fazendo Harry dar uma risada.

—O problema não é ele saber, o problema são pessoas que não precisam saber, saberem. É um segredo que só se conta a amigos, Brown. O grande salão não é o local ideal para conversar sobre isso. — Hermione respondeu com a voz controlada. Lavander apenas a olhou e nada respondeu.

Após a tensão se dissipar, os quatro seguiram para a aula de trato das criaturas mágicas. O dia estava bonito, uma aula ao ar livre seria ótimo.

—Bom dia alunos. Na aula de hoje estudaremos o Bowtruckle. — disse professora Grubbly-Plank segurando uma prancheta. — Venham para perto da mesa. Alguém aqui sabe me explicar o que são Bowtruckles? — Hermione foi a primeira e única a levantar a mão. Já era de se esperar.

—Uma criatura guardiã de árvores. Pode ser encontrado no oeste da Inglaterra e sul da Alemanha. Tem fama de ser difícil de ser encontrado pelo fato de se camuflar no ambiente e pode ser bastante agressivo caso se sinta ameaçado. Tem dedos longos e afiados que usa para furar os olhos de lenhadores ou quaisquer pessoa que tente cortar sua árvore. Oferecer-lhes bicho-de-conta pode acalmá-los por tempo suficiente para um bruxo ou bruxa retirar madeira da árvore para fabricar uma varinha. — respondeu em meio ao silêncio dos outros alunos.

—Corretíssimo. Ótimo resumo, senhorita Granger. 10 pontos para Grifinória. — professora disse anotando algo na prancheta.

—Isto foi um resumo? — perguntou Malfoy, debochado. Outros sonserinos deram risadinhas.

—Achou ruim? Resuma melhor. — Hermione respondeu.

—Cala a sua boca, sangue de lama. Se eu quisesse responder a pergunta, eu a teria respondido. Sabe-tudo irritante. — ele parecia bastante confiante, mas só parecia.

—Posso ser uma sabe-tudo irritante, e posso ser uma sangue-de-lama, mas eu não me importo com o que você diz. — dizia, mas com total tristeza na voz: ela não queria mais que Malfoy a tratasse assim, agora que estava disposta a ajuda-lo. Foi a vez da grifinória dar risinhos para os colegas. —Sou feliz sendo como sou.

—És feliz sendo assim? Estou vendo. Estás quase a chorar, sangue sujo. — Malfoy e seus amigos riam. Hermione não respondeu. Respirou o mais fundo possível para não chorar realmente e dar razão ao garoto.

—Cale a boca, Malfoy! — Harry se pôs à frente da amiga.

—Ora, ora. O santo Potter, protetor dos fracos e oprimidos. — sorriu debochado.

—Não enche o saco, Malfoy. — Harry respondeu ríspido.

—Acha que pode falar assim comigo, Potter? — Malfoy falava com desprezo.

—Sectumsempra! — Harry gritou e em fração de segundo, Malfoy ja estava estirado no chão, sangrando.

Hermione arregalou os olhos.

—Harry! O que você fez? Eu nunca ouvi esse feitiço. — correu até o loiro para tentar ajudá-lo.

—Eu li em algum lugar. — disse incerto.

Hermione conjurou um pano umidecido para estancar os ferimentos, mas antes que pudesse toca-lo uma garota da sonserina barrou-a.

—Não toque-o, sangue sujo. Vai sujar o sangue dele. — gritou e empurrou Hermione, que tropeçou e caiu. Os colegas riram abertamente.

Harry e Ron, que estavam a observar a cena, ajudaram a amiga a levantar-se.

—Você ia ajudar ele, Hermi? — Ron perguntou para a garota, e a namorada logo o alcançou, segurando sua mão.

—Sim, eu ia. — disse sacudindo as vestes para tirar a poeira.

—Por que? — perguntou indignado.

—Talvez a sua amiga esteja apenas querendo aproveitar a vida de solteira, Uón-Uón. — Lavander deu uma risada tão aguda que pareceu estar guinchando. Hermione revirou os olhos.

—Você é muito idiota. — disse Hermione, com uma expressão facial de desgosto.— Brown, você tem um cérebro? — Hermione respondeu a provocação. Olhou em volta para ver onde estava Malfoy, mas este já havia sido levado à enfermaria.

—Que estressadinha. Isso é falta de um namorado. — Lavander respondeu com veneno.

—Sua falta de bom senso me tira a paciência. Você não parece possuir o mínimo de inteligência. Volte para o pasto, Brown. — Hermione disse e se dirigiu para o castelo, deixando para trás dois garotos estáticos e uma garota enfurecida.

—Docinho, acho que você já está exagerando. — Ron disse à namorada, quando Hermione já estava distante.

—Vai defendê-la, Uón-Uón? — usou o apelido carinhoso, mas o olhar que lhe lançou foi duro.

—Não é isso. É só que... — sua voz foi morrendo aos poucos. Sabia que não ia adiantar falar com a namorada.

—Depois eu falo com ela. — Harry lhe lançou um olhar de pena e se voltou à aula.

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