Capítulo 34

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O dia amanheceu nublado. O clima estava tenso. Já circulavam boatos, não só pela escola, como por boa parte de cidades e vilarejos bruxos.

A expectativa era de que Harry Potter derrotasse Lord Voldemort.

Mas ao que parecia, a única pessoa que não tinha expectativa, era o próprio Harry Potter, que hora por hora, se sentia ainda mais perdido, como se tivesse andando em círculos.

Ainda perambulava clandestinamente pelos corredores da escola quando o café da manhã começava. Ele seguiu disfarçado até lá, para ver o novo diretor.

Diretor Snape.

Escondido no meio do alunos da Grifinória, ouviu o pronunciamento do antigo professor de poções.

— Ouvi boatos de que Harry Potter e seus seguidores estão no castelo. — disse suas voz grave, e os cochichos rapidamente se espalharam pelo grande salão. — Que fique claro que qualquer um que tente o esconder sofrerá as consequências. E aquele que o encontrar, avise-me imediatamente.

Num enorme pulso de coragem, Harry se desemaranhou do meio dos colegas e pôs-se no meio do salão.

—Não será necessário professor. Eu agradeço seu discurso de boas vindas.

O diretor rapidamente puxou sua varinha, mas professora McGonagall intercedeu por Harry, pondo-se entre dos dois, com sua varinha apontada para Snape, que sem saber como reagir a partir dali, fugiu covardemente.

—Senhor Potter, saiba que nós estamos com você.

Neste momento, ele sentiu um terrível dor de cabeça, e caiu de joelhos no chão. Hermione correu para ampará-lo.

—Harry? O que houve? — perguntou nervosa.

—Uma tiara! Eu vi uma tiara! Acho que temos que procura-la.

—Nós vamos, mas você precisa descansar antes. Está fraco de mais. Ainda não comeu nada.

Com a ajuda de Hermione e Minerva, Harry levantou-se e foi em direção à enfermaria.

Hermione correu para a sala precisa.

—Atenção! Por favor! Silêncio! — subiu em uma mesa, e todos prestaram atenção. — Alguém sabe da história de alguma tiara que tenha relação com Hogwarts?

Os alunos se entreolharam, mas ninguém sabia de nada. Hermione ficou decepcionada. Desceu da mesa calada, quando Luna apareceu com seu livro. Estava no fundo da sala precisa.

—O diadema de Rowena Ravenclaw, é claro. — disse ela tranquilamente, como se não fosse um assunto extremamente importante.

—Fale-me sobre ele, Luna. — pediu Hermione.

—Oras. O diadema de Ravenclaw é uma tiara que dá inteligência a quem usa-lo.

—Temos que encontra-lo!

—Fazem mais de quarenta anos que ele não foi visto por nenhum ser vivo! Como vamos encontra-lo? — acrescentou um aluno.

Hermione frustrada, saiu da sala. Caminhou até a biblioteca e pesquisou sobre o diadema no máximo de livros que conseguiu.

Foi até o banheiro dos monitores com aquela enorme banheira e tomou um banho. Precisava relaxar. A tensão muscular já quase a fazia andar com as costas arqueadas, mas quando entrou em contato com a água morna, sentiu seu corpo descansar completamente.

Voltava para a sala precisa quando esbarrou com Luna na escadaria.

—Hermione! Você não me deixou falar e logo saiu da sala correndo.

—Fui até a biblioteca pesquisar. E nada do que estava nos livros foi capaz de me ajudar!

—Não é óbvio, Hermione? Se o diadema não foi visto por nenhuma criatura viva, temos que pedir ajuda à alguém que não seja vivo. — Luna sorriu docemente.

—Luna! Isso faz todo sentido!

—Vá até Helena Ravenclaw, o fantasma da Corvinal e peça ajuda. Ela é adorável, com certeza vai te ajudar.

Hermione acenou com a cabeça e saiu. Caminhou por muitos minutos pelas torres mais altas do castelo até encontrar quem procurava.

—Você é a Dama Cinzenta, não é? — perguntou Hermione. O fantasma a olhou, mas não disse nada. — Não gosta que lhe chamem assim? Prefere Helena?

—Muitos me chamam de Dama Cinzenta, e isso me entristece. — disse o fantasma, agora contornado Hermione vagarosamente.

—Tudo bem então, Helena. Sou amiga da Luna. Ela me disse para vir aqui, você poderia me ajudar.

—Luna é gentil. Não é como os outros alunos, que zombam de mim. — disse Helena num tom melancólico, ignorando todo o resto da frase de Hermione.

—Eu sei como é ser zombada por ser quem você é. Eu que estou viva já passo por isso constantemente, mal posso imaginar como você se sente... — fez uma pausa esperando que Helena lhe respondesse, mas ela não o fez. — Então, Helena. Eu preciso da sua ajuda; na verdade, nós precisamos. Estamos tentando salvar a escola dos comensais da morte e de Voldemort.

—Não diga este nome! — gritou Helena. — Não fale em voz alta este nome amaldiçoado. — disse ainda alterada, mas logo se acalmou. — Eu sei o que você vai me pedir, mas não sei se devo te entregar. Ele veio até mim há muitos anos, dizendo que me ajudaria a destruir o diadema de minha mãe, mas ele impregnou de magia negra!

—Eu estou aqui para ajudar, Helena. Você precisa confiar em mim. Luna não me diria para te pedir ajuda se fosse algo para te prejudicar.

—Tudo bem. — se rendeu Helena. — Eu te ajudo. O diadema está no lugar onde tudo se perde, tudo se esconde. Se precisar perguntar, nunca encontrará. — dito isso, o fantasma se dissolveu no ar.

Hermione correu escadas abaixo, pulando os degraus de dois em dois até chegar em Luna novamente.

—Luna! — chamou Hermione, recuperando o fôlego. — Ela disse que está no lugar onde tudo se perde, tudo se esconde. O que significa? — Luna deu uma risadinha.

—Oras, não é óbvio? É a sala precisa!

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