Capítulo 15

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Já estava quase tudo pronto para o início da cerimônia. Estavam todos reunidos no jardim. Precisavam ainda erguer uma tenda, que seria o salão improvisado.

Dentro d'A Toca, Harry permanecia sentado à mesa. Estava assim fazia tempo. Estava pensando. Todo o mundo bruxo dependia dele, isso é uma grande responsabilidade.

De repente, para sua surpresa, Ginny chegou perto dele e lhe tocou o ombro.

—Fecha para mim? — virou-se mostrando as costas. O fecho do vestido estava aberto.

Ele assentiu com a cabeça e o fechou. Ela virou-se de frente para ele.

—Ginny, eu... — ele começou a dizer mas foi interrompido. Ginny lhe roubou um beijo.

—Eu sei. Não precisa dizer nada. — Ela disse e saiu pela porta da cozinha. Ele tornou a sentar-se na posição inicial.

Alguns minutos depois, foi reunido com Hermione e Ron na sala de estar para uma visita do ministro da magia.

—Vim aqui pois devo ler à vocês o testamento de Albus Dumbledore. — disse e começou a ler uma carta.

"À Ronald Billius Weasley deixo o meu Desiluminador.
'na esperança de que ele se lembre de mim quando usá-lo.'

À Hermione Jean Granger deixo o meu exemplar de Os Contos de Beedle, O Bardo.
'na esperança de que na ela o ache divertido e instrutivo.'

À Harry Tiago Potter deixo o pomo de ouro que ele capturou em seu primeiro jogo de quadribol. 'para lembrar-se as recompensas da perseverança e da competência' "

Ele dizia entregando os pertences a cada um dos três.

—Há uma quarta herança. Dumbledore também deixou a Harry Potter a espada de Godric Gryffindor. Mas esta, por ser uma propriedade histórica cultural, não pode ser entregue. Também por que nós não a encontramos. Não sabemos do paradeiro da espada. Já está na minha hora. Até mais.  — disse e aparatou.

Na rua, todos já estavam reunidos com suas varinhas na mãos.

—Um... Dois... Três... — Contaram todos em coro. No ''três'' a tenda se ergueu.

Após isto, começaram o serviço de carregar cadeiras e mesas e decorar o salão improvisado.

Flores foram colocadas por todos os cantos. Tecidos coloridos sobre as mesas também foram colocados.

Já havia uma boa multidão concentrada no pátio dos Weasley's. Todos os convidados já estavam acomodados para celebrar a união de Bill e Fleur.

Começa a tocar a marcha nupcial e entra Fleur com seu vestido branco, decorado com penas de cisne. Ela sorria radiante. Era sua noite de rainha.

Após um longo e maçante falatório, o cerimonialista os uniu. "O noivo pode beijar a noiva".

Foi aberto o buffet. Cada convidado já estava servido e jantando. Uma música leve soava ao fundo. Podiam ser ouvidas conversas e risadas.

Já havia escurecido e a festa continuava. Pareciam ter se esquecido que a guerra começou, mas só por uns instantes.

Harry Potter caminhava entre as mesas quando viu Xenofílio e Luna Lovegood dançando descoordenadamente.

Ao ver Harry, Xenofilio rapidamente se aproximou.

—Senhor Potter, só quero que saiba que nós d'O Pasquim apoiávamos Albus Dumbledore e seus ideais, e nosso apoio continua. Estamos ao seu lado. — dizia apertando ao mão do garoto.

Ele não pode deixar de notar um pingente que o lunático pai de sua amiga usava. Ele era parecido com um olho de gato. Um triângulo com um círculo dentro, cortados ao meio por um risco.

—Vamos, pai. Harry não quer conversar conosco agora, mas ele é muito educado para dizer isso. — A garota sorriu para o amigo e saiu, puxando o pai pela mão.

Avistou Ron e Hermione conversando no outro lado do salão e se dirigia até lá, quando um patrono entrou abruptamente pelo salão, com seu brilho ofuscante.

"O ministério caiu.

Fudge está morto.

Voldemort retornou"

Disse e se transformou em uma minúscula bola de luz, que rapidamente desapareceu.

As pessoas presentes entraram em pânico e começaram a aparatar. Logo começaram a chegar comensais. Harry só teve tempo de segurar na mão de Hermione e Ron e aparatar dali.

Harry e Ron com roupa social e Hermione ainda com seu vestido vermelho, caminhavam por uma movimentada rua de Londres.

—Hermione, onde estamos? — Harry perguntou ofegante.

—Rua Tottenham Court. Eu vinha aqui no teatro com meus pais.

—Eu tenho que voltar para A Toca. Deixei lá todas as minhas coisas. — ele dizia, tentando caminhar no mesmo passo que a amiga.

—Eu e Ginny guardamos todas as suas coisas, e as de Ron também, na minha bolsa. — disse e virou em um pequeno beco.

—Onde vamos? —Ron perguntou.

—Não podemos andar por aí com estas roupas. Vamos nos trocar.

Uns minutos depois, sentavam-se à uma mesa numa pequena lanchonete. Estava vazia. A atendente chegou até ambos e anotou o pedido. Um café expresso e dois Capuccinos.

—Ainda não acredito que isto aconteceu. — Ron estava pasmo.

—A gente já sabia que isto ia acontecer. Voldemort retornar. -- Harry disse.

Ouviram o sino da porta que indicava a entrada de alguém. Entraram dois homens, com uniforme de mecânica, mas algo estava errado e Hermione percebeu.

Expelliarmus — ela gritou e instantaneamente a batalha começou. Eram dois comensais da morte disfarçados.

Ao final da pequena batalha, haviam duas pessoas desmaiadas no chão. A atendente veio entregar os pedidos, mas se viu obrigada a voltar para a cozinha.

—Harry, você ainda tem o rastreador! Eu tinha me esquecido completamente. — Hermione dizia, aborrecida com sua falta de atenção.

Saíram do pequeno café em que estavam e foram para a rua. A única saída agora era o NôitiBus Andante. Estenderam suas varinhas em direção a rua e rapidamente já viam o enorme ônibus parado à sua frente.

—Para onde vamos? — perguntou o motorista. Antes que Harry respondesse, Hermione respondeu.

—Rua dos Alfeneiros, número 4. — e o ônibus entrou em movimento.

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