Capítulo 6

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Ninguém me chamava assim, só ele

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Ninguém me chamava assim, só ele.

Eu poderia estar tendo alguma alucinação. Abaixei a câmera e respirei fundo. Conseguia sentir minha pulsação dentro da minha cabeça. Tudo isso durou apenas alguns segundos até que tomei a decisão de me virar e cumprimentá-lo. E isso não foi uma boa ideia.

Senti que tudo o meu redor tinha virado um borrão e me esqueci completamente que estava dentro de uma igreja á trabalho. Derek vestia um terno preto com uma gravata azul clara. As mãos estavam dentro dos bolsos da calça e o maldito sorriso de canto emoldurava sua boca. No fundo, sou fascinada por seus olhos, eles deveriam ser cotados para a próxima maravilha do mundo.

– Jones... – minha voz saiu mais segura do que imaginei. – Você por aqui. – dei um sorriso sem graça.

– Por que a surpresa? – ele não desmanchou o sorriso debochado e abaixei meu olhar, fingindo que configurava a câmera.

– Nenhuma surpresa. – dei de ombros, tentando transparecer calma e normalidade. Principalmente normalidade, porque estava fora dos padrões tudo o que eu sentia quando o via.

Naquele momento, meu anjo da guarda Sam, passou por nós e me chamou para bater as fotos dos padrinhos. Nesse exato momento, uma loira extravagantemente espetacular apareceu e se pendurou em um dos braços de Derek.

Não me contive e a olhei de cima a baixo. A comparação foi inevitável. Então as fofocas que rolavam na redação eram reais, a namorada dele era mesmo uma modelo. Eu parecia um gnomo ao seu lado, ela é tão alta e tão bela. E usava vestido longo azul do mesmo tom da gravata de Derek, ostentando joias lindas em seu pescoço e orelhas. O cabelo dela estava com uma parte presa e ela tinha uma franja perfeitamente cortada. Assim que meu olhar retornou para o seu rosto, percebi que ela tinha feito o mesmo comigo. Imediatamente me senti a versão ogra da Fiona, do Shrek.

– Meu amor, vamos tirar as fotos? – disse com uma voz melodiosa e fina.

Não entendia o rebuliço que aquela imagem dos dois juntos causou dentro de mim. Eu já sabia que ele tinha uma namorada Barbie Malibu, porém estar na presença dela era totalmente diferente de imaginar. Minha câmera disparou o flash e bateu uma foto aleatória, pois eu a segurava com força sem perceber que meu dedo apertava o botão de disparo. Eu me assustei e ouvi a risada baixa dele.

– Vamos sim, querida.

NÃO! Não a chame assim.

– Até, Egan.

Quando eles passaram por mim de braços dados, senti uma pontada de inveja, pois eles são perfeitos juntos, como a Barbie e o Ken. Apenas faltavam os filhotes de poodle nos braços e as crianças.

Levei a câmera até os meus olhos e disparei as fotos dos casais de padrinhos. O contraste do casal de comercial de margarina perto dos demais era doloroso de ver.

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