Capítulo 29

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Depois que recebi a notícia não consegui comer nada e o aperto no meu peito estava tão grande que fazia minha cabeça latejar

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Depois que recebi a notícia não consegui comer nada e o aperto no meu peito estava tão grande que fazia minha cabeça latejar. Dormi mal durante à noite, tive sonhos estranhos com Diana, mas em todos ela estava bem como há anos atrás.

Combinei com Andrew de irmos juntos para o funeral, pois apesar de não a conhecê-la tão bem, queria prestar minha última homenagem. Eu usava um vestido preto e, quando entrei no carro, Andrew usava um terno que eu nunca tinha visto. Não conseguimos conversar muito, meus pensamentos estavam em Derek e Adam.

Ao chegarmos ao local, uma pequena capela, esperamos Tom e Lizzie chegarem para entrarmos. O caixão de Diana estava fechado ao fim do tapete vermelho que se estendia da entrada até o altar e os bancos já estavam quase todos ocupados por diversas pessoas. As conversas em tom baixo ecoavam. Algumas pessoas estavam de pé e uma delas era Derek com Adam em seu colo. O menino estava agarrado em seu torso com as pernas enroscadas em sua cintura, os braços no pescoço e a cabeça no ombro.

Nós nos aproximamos dele para cumprimentá-lo, mas a cada passo, o peso no meu peito só aumentava. Derek estava com a postura ereta de sempre, mas quando ele viu os amigos seus ombros desabaram e eu fiquei desnorteada.

– Sinto muito, cara. – Andrew apertou o braço dele e acariciou as costas de Adam. Derek não respondeu, só assentiu. Seus olhos inundaram de lágrimas e seu rosto foi ficando gradualmente vermelho.

Abaixei o olhar, pois estava muito difícil de segurar as emoções em meu peito. Esperei que Tom e Lizzie falassem com ele primeiro para poder me aproximar. Ergui meu rosto e o olhar triste de Derek me atingiu.

– Meus pêsames. – minha voz saiu baixa com um nó preso na garganta. Não consegui tocar nele para consolá-lo.

– Obrigado. – ele fungou e engoliu as emoções.

Nós assentimos um para o outro. Eu quis dizer e vi tantas coisas em seu olhar, mas Andrew segurou em minha mão e me levou para um banco no fundo da capela. Senti alguns olhares em mim, mas resolvi não encarar ninguém.

Terminei minha oração e quando senti que ia chorar, avisei para Andrew que ia sair para respirar. Na parte externa da capela, havia um banco de concreto e me sentei. Respirei fundo, pois as imagens de Diana estavam rodando em minha cabeça. Mais pessoas chegavam e não sei quanto tempo perdi ali, até que uma voz de criança chamou minha atenção.

– Papai, eu quero a mamãe.

Adam estava de mãos dadas com Derek e estava emburrado. Os dois estavam próximos de mim.

– Filho, já conversamos sobre isso. A mamãe... – ele suspirou de exaustão. – Ela...

– Ela virou uma estrelinha. – quando dei por mim, já tinha falado.

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