"Não sei o que eu senti na hora, acho que alívio. Eu o conquistei e consegui o estágio. E ali estava o meu novo, maravilhoso e lindo chefe, que posteriormente se tornaria o mais insuportável que existe, mas como iria adivinhar?"
Dedicada e preocupad...
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Despertei e já era manhã. A chuva havia cessado, mas o clima estava mais frio que o dia anterior. O braço de Derek ainda estava envolvendo minhas costas, meu rosto estava repousado em seu peito e sua respiração batia em meus cabelos. O lençol nos cobria e eu ergui o tecido com delicadeza para observar seu curativo. Estava tudo bem, não havia sinal de sangue ou inflamação e respirei aliviada.
Ergui meu rosto para observá-lo dormir e beijei seu queixo. Eu estava me sentindo tão bem e feliz que não queria me levantar e encarar o resto do dia. Sei que volta para a realidade será dolorosa. Por isso fechei os olhos, desejando que aquele sonho não acabasse jamais.
Quando abri os olhos de novo, o quarto estava mais iluminado e eu estava sozinha na cama. Meu corpo relaxado procurou a presença de Derek e não o encontrou. Sentei-me assustada, procurando-o e ele estava sentado na cadeira de rodas em uma escrivaninha que ficava próxima ao gaveteiro. Seus braços apoiados na mesa. Passei as mãos por meu rosto e cabelos, sentindo meus dedos enroscarem nos fios que tinham secado sem serem penteados.
Derek dobrou um papel que escrevia e enfiou dentro de um envelope grande e pardo. Quando virou a cadeira me viu sentada na cama. Um sorriso divertido em seus lábios. O cabelo dele estava molhado e ele tinha trocado de roupas.
– Bom dia.
– Por que você levantou?
– Eu não queria, acredite. Só levantei porque tinha que tomar os remédios, um banho e trocar o curativo.
– Tá tudo bem? – ele notou meu olhar em sua barriga e sorriu, me tranquilizando.
– Tudo certo.
Puxei o lençol contra o meu corpo e levantei da cama. Ele soltou uma risada se divertindo com a minha timidez, enquanto eu pegava a toalha e o roupão do chão.
– Toma um banho. Vou pedir para servirem o café.
– Tá.
O envelope estava em seu colo e chamou minha atenção.
– O que é isso?
– Ah. – ele pareceu se lembrar, pegou o envelope que não estava lacrado e estendeu na minha direção.
Peguei e o peso indicava que não era apenas um papel que estava dentro, e antes que eu pudesse buscar seu conteúdo, ele me impediu.
– Não. Promete para mim que você só abrir esse envelope quando estiver longe de mim. – seu tom de voz era sério.
Pela primeira vez vi insegurança nos olhos de Derek e concordei.
