Capítulo 13

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O elevador desceu até o subsolo em completo silêncio

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O elevador desceu até o subsolo em completo silêncio. Derek digitava no celular, enquanto eu tentava ajeitar meu cabelo em um penteado simples. Quando a porta abriu, eu o segui pelo estacionamento até sua vaga exclusiva. Mesmo que eu não entenda muito de carros sei que aquele é caro. Era um carro SUV preto e impecável, sem qualquer risco ou amassado, aparentava ter acabado de sair da fábrica.

                Rico, lindo, desejável e insuportável. Ele parecia ser um personagem saído de um filme de comédia romântica com roteiro questionável e genérico (que, por acaso, é o meu gênero favorito).

                Derek desligou o alarme e entrou, senti que estava ficando invisível aos seus olhos novamente. Entrei em seguida e o cheiro do banco de couro misturado com o seu perfume estava impregnado no ambiente. Ele acionou o motor do carro.

                – Pode colocar a câmera e sua bolsa no banco de trás, se quiser.

                – Obrigada. Não precisa.

                O espaço era mais do que suficiente, coloquei minha câmera no chão no meio dos meus pés e minha bolsa no meu colo. Coloquei o cinto enquanto ele saia e notei que Derek não usava o dele, porém preferi ficar calada dessa vez.

                Passamos pela portaria do prédio e ele acenou para o segurança. Assim que alcançou a rua, ele começou a apertar alguns botões do volante e o rádio foi ligado, estava conectado com o seu iPhone. Uma playlist foi acessada e a música Highway to Hell, da banda AC/DC saiu dos alto-falantes potentes.

                Não pude evitar um sorriso que surgiu no meu rosto. Eu gostava daquela música, pois Willian e eu vivíamos assistindo a série Supernatural juntos e a música me remitia a isso. Porém, a letra não poderia ser mais sugestiva para aquele momento: "Estou na entrada para o inferno".

                – Gosta?

                – Sim. Interessante escolha de música.

                – Eu gosto da banda. – respondeu como se não tivesse sido proposital e acreditei.

                – Meu irmão também gosta.

                – Irmão? Mais velho ou mais novo?

                – Mais velho.

                A conversa fluía mecanicamente, não era como se ele estivesse realmente prestando atenção nas minhas respostas. Acessamos uma avenida e notei que o velocímetro indicava uma velocidade alta para aquele tipo de via. O conforto do carro não me deixava perceber que estávamos mais rápido que o normal.

                – Você pode ir mais devagar? – falei mais alto que a música.

                Derek me olhou de lado e ergueu uma sobrancelha, parecia não acreditar que eu pedia aquilo ou que estava tentando ditar um jeito de dirigir.

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