Capítulo 12

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Já era tarde quando saímos do meu quarto de banho tomado

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Já era tarde quando saímos do meu quarto de banho tomado. Rosie usava um dos meus pijamas e sentamos na sala para dividir uma pizza com a minha família.

Willian implicava sempre com Rosie. Eu fingia que não notava que toda aquela implicância era uma paixão secreta que ele nutria por ela. Afinal, minha amiga era bonita, interessante e muito esperta para cair nos papos galanteadores do meu irmão mais velho. Ele teria que se esforçar muito para conquista-la.

Deixei os dois discutindo sobre um reality show que passava na TV e me retirei para meu quarto. Rosie já era de casa e se sentia confortável para conviver com meus familiares sem a minha presença.

Eu tinha acabado de me deitar quando o meu celular tocou com uma mensagem de áudio de Andrew. Sua voz cansada me desejava uma boa noite e resumia o seu dia corrido com o marketing da revista. Eu respondi desejando o mesmo. Não cheguei a ver a resposta, pois acabei dormindo com o meu celular nas mãos.

– Louise? – ouvi uma voz masculina me chamando à distância.

Sentei em minha cama e estava sozinha.

– Louise?

A voz repetiu o chamado e notei um tom de tristeza. Levantei no escuro e caminhei descalça até a porta do meu quarto. A sala estava vazia e escura.

– Will? – chamei pelo meu irmão, e por alguns segundos, não ouvi mais nada.

Até que ouvi os soluços de choro de alguém.

– Eu preciso de você.

Eu fui até a porta da frente do apartamento e notei que alguém tinha a deixado aberta. Conforme eu caminhava pelo corredor, o choro do homem foi ficando mais claro e nítido até me levar em frente a uma porta branca que nunca tinha visto naquele andar do prédio.

Aquela porta também estava entreaberta e vi a forma de um homem sentado no chão, de costas para mim. Seus braços abraçavam suas pernas e sua cabeça estava apoiada nos joelhos. Ele se balançava devagar, enquanto seus soluços faziam suas costas tremerem.

A pouca luz não me deixou reconhecer quem era, mas meu coração apertou cheio de angústia e começou a bater cada vez mais forte.

– Pai? – chamei, mas ele não se mexeu.

Caminhei até ele e ao me agachar, acariciei suas costas.

– Eu estou aqui.

O homem levantou seu rosto banhado por lágrimas e reconhecê-lo foi doloroso demais. Era os mesmos olhos que me atormentavam, o olhar que eu fugia todos os dias. O olhar dele. Porém, eu nunca tinha visto tanta tristeza transbordando daquele oceano.

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