"Não sei o que eu senti na hora, acho que alívio. Eu o conquistei e consegui o estágio. E ali estava o meu novo, maravilhoso e lindo chefe, que posteriormente se tornaria o mais insuportável que existe, mas como iria adivinhar?"
Dedicada e preocupad...
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Parte II - Cinco anos depois
A luz do dia me despertou e os raios de sol começaram a esquentar meu rosto. Esqueci de fechar as cortinas de novo. Tentei me levantar, mas havia o peso de um braço na minha cintura. Foi quando notei que estava nua. O lençol só cobria nossas pernas. Meu movimento fez com que ele também despertasse. Sua mão apertou meu quadril e sua boca deixou um beijo em minha nuca.
– Bom dia. – sua voz estava rouca pelo sono.
– Bom dia.
Minha cabeça estava dolorida pelo tanto que bebi na noite anterior. Virei e espreguicei o meu corpo contra o colchão. Comecei a amaldiçoar todas as bebidas com vodca que ingeri por não me lembrar do fim da noite.
– Nick, o que você tá fazendo aqui?
Ele deu um sorriso presunçoso, que eu particularmente detestava. Seu cabelo negro e liso caindo sobre seus olhos castanhos.
– Para quem me disse que nunca mais ia me ligar, você foi bem convincente ontem.
– Merda. – revirei os olhos e puxei o lençol para me cobrir. Nicholas riu.
– Quando você vai admitir que não vive sem mim? – ele se aproximou e me deu um beijo breve.
– Quando você vai perceber que é só sexo casual? – retruquei e ele continuou com o sorriso no rosto.
Ele se sentou na cama e passou as mãos sobre o cabelo e rosto. Nicholas era alto e grande. Suas costas largas ocupavam a toda a minha visão. Ele é presunçoso, orgulhoso, jovem e imaturo, mas muito atraente. Eu já coloquei um fim naquela relação casual e estava me culpando por não ter conseguido resistir no meio da bebedeira.
Nick vestiu a cueca que encontrou no chão e se levantou da cama.
– Vou fazer um café. – ele me olhou na cama e balançou a cabeça com sorriso nos lábios como se divertisse com um de seus pensamentos.
Quando ele saiu para cozinha, me sentei na cama e observei a bagunça de roupas no chão do meu quarto. O apartamento era pequeno e meu quarto era do tamanho de um ovo. Peguei a calça no chão e encontrei meu celular no bolso.
Dezenas de mensagens do meu sócio, do grupo de funcionários, de Rosie. Eu estou muito atrasada, já é quase dez da manhã.
– Estou indo. Vou conseguir chegar para reunião das onze. Não desmarque. – enviei um áudio para o sócio.
Entrei no banheiro e tomei um banho rápido. Quando voltei para o quarto com o corpo coberto apenas pela toalha, Nick estava sentado na cama, bebericando seu café e olhando para tela do celular.