Capítulo 14

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Derek colocou jogou o paletó no banco de trás do carro e tirou os óculos

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Derek colocou jogou o paletó no banco de trás do carro e tirou os óculos. Só notei que ele não ligou o rádio quando acessamos a rua. O silêncio começou a me incomodar e meus pensamentos começaram a me deixar insegura novamente. Fiquei me questionando se ele não teria feito aquilo para cobrar aquele favor mais tarde, mesmo que ele tenha repetido várias vezes que tinham sido ordens superiores, eu não acreditava nele.

– Gostou?

– Por que você me trouxe? – quando dei por mim, as palavras já tinham saído da minha boca. A paranoia da perseguição tomando conta de mim.

Virei-me de lado para encarar seu rosto e ele parecia cansado. Cansado de lidar comigo.

– Já disse foram ordens superiores. – seu tom era impaciente.

– Será mesmo ou você fez isso para poder jogar na minha cara depois?

Eu simplesmente não conseguia parar.

Os olhos frios de Derek desviaram da via por dois segundos, estava descrente das minhas palavras. Sua expressão passou de impaciente para tensão e seu maxilar travou demonstrando o quanto estava puto comigo.

– Garota, você é muito ingrata. – sua voz carregava um tom frio que me atingiu. Meu sangue começou a ferver nas veias. Eu poderia ser muitas coisas, mas ingrata não era uma delas.

– Eu? Ingrata? Você só pode estar brincando comigo!

– Mal-agradecida! Você que deve estar brincando comigo! – ele também se exasperou, sua voz repetindo o meu tom alto. – Qualquer pessoa poderia ter vindo no seu lugar.

– Eu preferia que tivesse sido qualquer pessoa! Tenho certeza que você vai usar isso contra mim! – minha voz saiu embargada pela raiva. Todos os sentimentos suprimidos das situações humilhantes que passei saindo pela minha garganta. – Sua arrogância te impede de ver isso, mas eu já sei como é!

Derek pisou no acelerador do carro, me assustei, mas não consegui me conter. Ele respirou fundo e começou a falar sem olhar para o meu rosto.

– Por que você pensa que o mundo gira ao seu redor? Você não é o centro do universo, Egan! Eu não estou nem aí pra isso, muito menos, pra você! Agora, se você quiser, eu jogo na sua cara! É isso mesmo que você quer?

Senti as lágrimas se formando nos meus olhos.

– Como se você nunca tivesse feito isso! – eu gritei e notei que ele apertava o volante. – Já perdi as contas de quantas vezes você me humilhou na frente dos outros, me fez me sentir mal comigo mesma. Você é um superior abusivo e ignorante. Ninguém da redação gosta de você ou de trabalhar com você. Não de verdade! Você não tem sentimentos e trata todos que nem lixo. Deixa eu te contar uma novidade... Eu não sou um robô que nem você! – minha voz falhou com o soluço que estava preso no meu peito.

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