"Não sei o que eu senti na hora, acho que alívio. Eu o conquistei e consegui o estágio. E ali estava o meu novo, maravilhoso e lindo chefe, que posteriormente se tornaria o mais insuportável que existe, mas como iria adivinhar?"
Dedicada e preocupad...
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Rosie pediu um carro em um aplicativo para irmos até o hospital. Meus pais e meu irmão voltaram à sua rotina. Eles não queriam que eu fosse por causa do trauma, mas sabiam que Rosie iria cuidar bem de mim e eu ainda estava sob os efeitos dos calmantes receitados pelo médico.
Estávamos no elevador e eu encarava com ansiedade o visor que mostrava os andares subindo. Rosie colocou uma mão no meu ombro.
– Você tem certeza disso?
– Tenho. – respondi sem olhar pra ela.
A porta se abriu no sexto andar e a sala de espera estava mais vazia agora. O casal tinha ido embora e a namorada de Derek dormia encolhida em uma das cadeiras com Tom fazendo o mesmo ao seu lado. Passamos em silêncio pelos dois e fui até a recepção me identificar.
– O quarto é o 64. É só seguir em frente nesse corredor.
A moça me deu um adesivo de identificação de visitante e o colei no suéter cinza que vestia.
– Eu vou te esperar aqui. – assenti para Rosie e segui pelo caminho indicado procurando pelo número.
Encontrei a porta do quarto e respirei fundo antes de abri-la. Derek ainda dormia e o único barulho audível era do equipamento que monitorava seus sinais vitais. O bipe insistente mostrava que seu coração batia em uma frequência normal e suspirei aliviada. O quarto era maior do que eu tinha ocupado e me aproximei da maca. Ele estava sem camisa, coberto até os ombros com uma manta azul do hospital. Seus braços repousavam ao lado de seu corpo.
Meu coração apertou ao vê-lo daquele jeito. Seu rosto ainda estava pálido e seus olhos fundos. Fiquei em total silêncio o admirando e senti o frio no meu estômago que só ele causava. Não me contive e passei um dedo em seu rosto, acariciando sua pele. Desci meu olhar para a sua mão que estava perto de mim e a segurei com cuidado. Meu polegar se movendo contra sua pele gelada. Sem que eu notasse que estava tão emocionada, lágrimas caíram do meu rosto.
– Eu sinto muito, Derek. – sussurrei.
Os dedos da mão dele se mexeram e me assustei com seu aperto suave. Olhei para seu rosto e demorou, mas ele abriu as pálpebras devagar. Seus olhos confusos ainda estavam se acostumando com a luz. Eu prendi minha respiração quando virou o olhar em minha direção. Seus olhos azuis ainda eram os mesmos e não pude evitar um sorriso. Sua expressão confusa foi suavizando ao me reconhecer e senti seus dedos apertando minha mão com força. Mais lágrimas embaçaram minha visão.
– Oi. – ele se esforçou para falar.
– Oi. –repeti em um sussurro. – Não se esforce, por favor.