Capítulo 32

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Ao chegar à agência na segunda-feira, fui direto para a mesa de Andrew. Ele estava concentrado lendo algo em seu computador e ouvindo música alta nos fones. Puxei um dos lados do fone o surpreendendo.

– Bom dia. – dei um sorriso e ele estranhou minha expressão.

– Quem é você e o que fez com a minha sócia? – mostrei a língua pra ele e revirei os olhos. – Sério, a festa do seu irmão deve ter sido maravilhosa.

– E foi. – ainda sorria. – Valeu a pena todo o esforço.

– Que bom. – ele deu um sorriso genuíno. – Você é tão estranha... – e balançou a cabeça.

Andrew ia voltar a atenção para a tela do computador, mas coloquei minha mão em seu ombro e ele voltou a focar em mim.

– Eu quero o endereço do Derek. – falei baixo e ele não pareceu surpreso.

– Nem vou perguntar pra que...

– Você tá me devendo uns favores.

– Que golpe baixo. – dei risada, enquanto ele pegava um pedaço de papel para escrever o endereço e me entregou. – Juízo, Lou.

– Pode deixar. – joguei um beijo para ele e me sentei em minha mesa.

Senti os olhos preocupados de Andrew em mim pelo resto do dia, mas estávamos tão ocupados com novos contratos e campanhas que não tivemos tempo para tocar no assunto. O expediente passou voando e fiquei um tempo respondendo e-mails quando os outros funcionários foram embora. Andrew saiu no fim da tarde para uma reunião e fiquei com as chaves. Estava com os olhos cansados e com os ombros tensos quando finalizei.

Desliguei meu computador e peguei minha bolsa. O papel com o endereço de Derek estava por cima da bagunça da minha mesa. Coloquei-o no bolso da calça. Desliguei e tranquei as portas da agência.

No térreo do prédio comercial, pedi um carro e coloquei o endereço de Derek. A vontade de vê-lo novamente não podia esperar outro dia.

Ao contrário do que imaginava, Derek morava em uma casa em um condomínio residencial e demorei a decidir se tocava a campainha ou não. Uma mulher que não conhecia abriu a porta.

– Perdão. Acho que errei de casa. – olhei o endereço novamente para confirmar o número. Andrew não era tão lerdo assim.

– Quem você procura? – a mulher lembrava minha mãe e me deu um sorriso solicito.

– Derek Jones. Conhece?

– Ah, sim. É o lugar certo. – ela terminou de abrir a porta. – Entra.

Ainda confusa, entrei no hall da casa e ela pediu para que deixasse minha bolsa na mesinha e a jaqueta em um dos ganchos que tinham ali.

– Você trabalha com o Sr. Jones?

– Já trabalhei. – ela assentiu.

–Só pergunto por que estranhei a segurança liberar a sua entrada. Eles são bem rigorosos por aqui.

– Qual é o seu nome?

– Louise Egan.

– Quem é? – Adam apareceu no batente que levava para a sala e nos observava curioso.

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