Capítulo 11

151 17 7
                                    

Fui até o local do editorial e tirei as fotos das modelos, porém não consegui distrair meus pensamentos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fui até o local do editorial e tirei as fotos das modelos, porém não consegui distrair meus pensamentos. Ajudei o resto do pessoal a organizar o espaço, aparatos e equipamentos. Quando sai do prédio, o sol já estava se pondo.

Encaminhei uma mensagem para Rosie avisando que tinha saído mais cedo e marquei de nos encontrarmos no parque na frente do edifício onde ela trabalhava.

Acomodei-me em um banco e comecei a bebericar uma Coca-Cola gelada que tinha comprado no caminho. Eu passei o dia todo pensando naquele pesadelo e cada vez tinha menos sentido.

Apoiei a latinha do meu lado no banco e peguei minha câmera na mochila. Tirei fotos das árvores e das pessoas que passavam, testando uma nova técnica que tinha aprendido no editorial.

As crianças que jogavam pedaços de comida às aves, o casal de idosos que andava de mãos dadas, os adolescentes que ouviam música alta e andavam de skate. A vida parecia transcorrer normalmente, seguindo seu fluxo. Então, por que me sentia presa dentro de uma correnteza brava?

– Você tem que tomar cuidado pra não ser assaltada enquanto se esconde atrás desse negócio aí. – dei um pulo com a voz de Rosie tão próxima. Demos risada e ela me abraçou. No abraço, me recordei de como sentia a falta dela.

– Rosie, obrigado por ter vindo.

Minha amiga me analisava com seus olhos escuros atrás das lentes de correção de seus óculos.

– Um muffin e o resto da sua latinha. Esse é o meu preço hoje. – Ri, enquanto ela pegava a latinha apoiada no banho entre nós e tomava um gole. – Qual é a urgência de hoje? O que sua cabeça maluca te fez sonhar?

– Melhor irmos pra casa, lá eu te conto.

No caminho para o condomínio onde moro, Rosie me divertia contando as fofocas e causos da empresa onde trabalhava. Assim que chegamos, notei que minha mãe não estava e nos trancamos em meu quarto. Ela se jogou na minha cama e eu fiz o mesmo. Meu corpo parecia pesar uma tonelada com o cansaço do dia.

– Sua velha! – Rosie resmungou e se sentou para me ver melhor.

– Acho que a idade chegou para nós duas, amiga.

– Claro que não! Ainda estou na flor da idade.

Eu até poderia levar aquilo a sério, mas sabia que não era verdade. Minha amiga estava se sentindo tão podre quanto eu. Nossa juventude estava escapando pelos dedos.

Eu ri da careta que fez em seguida, como se nem ela acreditasse do que falava.

– Você me ama. – constatei, e logo depois, senti o meu travesseiro batendo em minha barriga.

Like a BossOnde histórias criam vida. Descubra agora