"Não sei o que eu senti na hora, acho que alívio. Eu o conquistei e consegui o estágio. E ali estava o meu novo, maravilhoso e lindo chefe, que posteriormente se tornaria o mais insuportável que existe, mas como iria adivinhar?"
Dedicada e preocupad...
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A ansiedade para retornar para redação e saber como Derek está me consumiu.
Assim que o elevador abriu dei de cara com Andrew parado no batente da porta da redação. Não entendi porque estava lá tão cedo, sempre chegava tarde. Ele se aproximou de mim.
– Olá.
Não consegui responder. Ele me abraçou pela cintura e seus lábios encontraram os meus. Um beijo calmo e lento, sua língua molhou meu lábio inferior e senti minhas pernas cederem.
– Eu estava sentindo sua falta. – sussurrou entre nossos lábios. Seu perfume invadiu meu nariz me deixando grogue.
Seus braços me enlaçaram com força e senti a parede fria do elevador nas minhas costas. Andrew sustentou minhas pernas até que estivesse com elas ao redor de sua cintura e me levou para outro lugar. Seus lábios trilhavam a pele do meu pescoço.
A iluminação mudou e ouvi a porta se fechando. Ele prensou meu corpo contra os azulejos gelados e conhecidos do banheiro do corredor. Sua respiração contra minha pele me deixando arrepiada. Minhas mãos apertavam os ombros dele. Meu lado racional me alertou que aquela não era uma boa hora e nem um bom lugar para transar.
– Andrew? – Era irresistível ter o corpo dele tão colado ao meu.
Ele resmungou algo. Uma de minhas mãos foi até a nuca dele e senti uma mordida no meu pescoço. Meus olhos reviraram de excitação, o desejo pulsando em minhas veias.
– Aqui não. – repreendi a ele e a mim. Alguém poderia entrar e flagrar nós dois.
– Ninguém vai entrar aqui, Louise. – sua voz estava ofegante ao soar meu nome. Seu tom de voz sendo substituído por outro mais grosso e agressivo. A voz, que quando sussurrada, arrepiava minha espinha.
Estava alucinando. A voz de Derek me tirou daquele momento de lenta paixão. Abri os olhos assustada e seu rosto estava próximo ao meu. Era o seu corpo grande e forte que me empurrava contra a parede. Eram os seus lábios que tocavam minha pele, seus braços que me sustentavam e em seus cabelos lisos que meus dedos passavam. Seus olhos azuis me encaravam de forma intensa e seu sorriso era cheio de malícia. Suspirei ao observar sua beleza tão próxima. Deixei minhas duas mãos correrem por seu rosto e ele fechou os olhos sentindo meu toque.
Minha respiração estava desregulada. Senti meu corpo vacilar, mas os dedos dele apertavam a pele das minhas pernas para me manter estável. Segurei seu rosto, me aproximei dele e o beijei. Sua língua invadiu minha boca e encontrou a minha em uma explosão. Era intenso, vívido e feroz. Meu corpo queria se fundir ao dele.
Um baque surdo de madeira batendo contra concreto me fez interromper o beijo. Derek estava sem fôlego, assim como eu. Nossos lábios inchados e corpos em brasa. Olhei para a direção da porta e Andrew nos encarava. Sua expressão era uma mistura de mágoa, raiva e confusão. Com o resto de força que me restou, empurrei o corpo pesado de Derek de cima do meu e senti meus pés tocarem o chão. Seu sorriso era maldoso. Ele tinha arquitetado aquele flagrante.
