Capítulo 18

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Sete meses já se passaram desde quando Anahí entrou no mundo do inconsciente, e permanece até hoje.

O inverno já acabou, e no lado de fora do hospital a vida continuou. Relutantemente, Maite teve que ir embora de Nova York para fazer faculdade em Los Angeles, que no inicio não queria, porque não queria deixar Anahí, não queria que ela pensasse que a amiga tinha lhe abandonado. Porém, Dulce permaneceu, e isso a fez ir tranquila. A faculdade de Dulce era em Nova York mesmo e ela trabalharia com o pai. Daphne e ela iam ao hospital frequentemente. Mas isso não mudou em nada o estado clinico de Anahí.

E nunca mais se ouviu falar em Alfonso. Desde a primeira e única visita dele a Anahí no hospital, elas nunca mais o viram ou ouviram qualquer coisa que seja sobre ele.

Era segunda-feira. Dulce acabara de chegar ao hospital para mais uma visita. Agora com a vida mais corrida depois que a vida de adulta começou, tudo ficava mais complicado de conciliar.

Toda vez que ela chegava ao hospital, Dulce tinha uma esperança de chegar lá no quarto e ver a amiga acordada, ou até mesmo quando acordava toda manhã, esperava uma ligação do hospital. Mas isso nunca aconteceu.

Dulce estava distraída segurando a mão de Anahí, quando o médico se aproximou.

Dulce: Olá, doutor. –ela se levantou rapidamente, limpando a fina lágrima que havia em seu rosto- Como ela está?

- No mesmo estado, Srta. Dulce. –suspirou- E que bom encontrar você aqui, eu queria que me acompanhasse.

Ele pediu, e Dulce o seguiu confusa até sua sala.

Dulce: O que? –o tom saiu mais alto que o esperado. Os olhos arregalados o encarando sentado a sua frente-

- Veja bem... –suspirou- Já se passou alguns meses, sua amiga não teve nenhum avanço, nada.

Dulce: Você não pode sugerir isso. –gritou, agora se levantando- Que tipo de médico é você? Que sugere desligar o aparelho dos seus pacientes?

- Senhorita, se acalme por favor. –pediu- Isso é normal. Existem casos de coma que o paciente passa mais de anos, e nunca acorda. Eu digo isso, por experiência.

Dulce: Pois me poupe de suas experiências. Anahí pode passar dez anos em coma. Esses aparelhos não vão ser desligados. –ela já se direcionava até a porta- E não ouse a falar isso com tia Daphne, ela está muito debilitada para ouvir uma coisa dessas.

Dito isso, a porta da sala do médico se bateu com força após ela sair.

365 Dias de InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora