Anahí: Diga Emma. –disse atendendo o telefone no dia seguinte após o feriado, em sua sala. Mariah havia deixado de ir com ela para lá, e ficava em casa com a babá-
Emma: Srta. Perroni está aqui, senhora. –avisou-
Anahí: Mande-a entrar. –mandou, e logo viu a amiga entrar em sua sala- A que devo a honra? –perguntou quando a amiga já estava sentada a sua frente-
Maite: Não nos despedimos direito ontem, e vim ver você e Dulce. –avisou com um suspiro- Descobri que terei que voltar hoje para Los Angeles.
Anahí: Ah, Maite. –lamentou- Por que não volta a morar aqui?
Maite: Estou tentando. –contou- Mane está com uma proposta para cá, e talvez eu venha com ele.
Anahí: Maite, seria maravilhoso. –disse animada- Eu gostei dele, parece ser uma boa pessoa.
Maite: Sim, ele me faz feliz. –disse com um riso- E você?
Anahí: Eu o que? –perguntou confusa-
Maite: Você está feliz? –perguntou- Digo, claro que está feliz, nós vemos isso estampado no seu rosto. –comentou- Mas quero saber de Alfonso, é ele que está a fazendo feliz?
Anahí: Maite, nós não estamos juntos. –disse com um suspiro-
Maite: Não? –disse com um riso- Ora Anahí, não me tome por idiota. Eu vi a troca de olhares entre vocês ontem a noite. –falou, fazendo Anahí a olhar surpresa, passando as mãos pelo rosto- Ele parece mudado, por que você está mentindo para mim?
Anahí: Não estou mentindo. –respondeu- Nós realmente não estamos juntos. –suspirou outra vez- Ele insiste nisso todos os dias, diz que me ama... –falou num suspiro, desviando o olhar do dela- Mas eu não sei se posso acreditar nisso.
Maite: Hum, eu sei, entendo. –falou quieta- Mas você ainda o vê como há dez anos? Você ainda vê o Alfonso do passado nele?
Anahí: Não. –respondeu com um riso fraco- Não há nada igual. Na forma como ele age comigo, com as meninas... –ela passou a mão no rosto, como se o gesto fosse tirar isso de sua mente- Você acredita que um dia eu cheguei em casa e ele estava fantasiado de fada brincando com Louisa? –disse com um sorriso, lembrando do dia. Após o riso dela, o silêncio reinou na sala e Maite a encarava sugestiva. Ela desfez o sorriso, angustiada outra vez- Eu tenho medo Maite, e se ele estiver fingindo outra vez? Eu não posso deixar com que ele me destrua de novo.
Maite: Não tem como você saber. –falou- Assim como você não tinha como saber que ele faria tudo o que fez anos atrás. –Anahí a encarava atentamente, esperando por uma luz- Só você pode encontrar a resposta. Pegar tudo e pesar os dois lados.
Anahí: Maite, e se eu não conseguir esquecer tudo o que aconteceu? Se eu não conseguir confiar nele? E se as coisas não mudarem nunca? –perguntou encostando-se em sua cadeira-
Maite: E se... E se... E se... –falou inclinando-se para ela- Você vai viver para sempre falando "e se" ? E se você conseguir superar isso? E se você estiver desperdiçando a sua única chance de ser feliz? E se Alfonso realmente amar você?
Anahí: Maite... –gemeu- Você não está ajudando.
Maite: Escute, eu não sou nenhuma fã dele, você sabe disso. –começou outra vez- Há dez anos, eu fui a primeira a alertar você sobre ele, e eu jamais estaria aqui agora falando essas coisas para você, se realmente achasse que ele não merece uma nova chance. Anahí, logo após o nascimento de Mariah, quando conversamos, eu não falei mas... Dulce e eu estávamos lá quando o médico mandou Alfonso escolher quem salvar de vocês duas. –as duas se encaravam e Anahí a olhava intrigada/surpresa/confusa/curiosa- Eu nunca vi nenhum homem daquele jeito. Ele estava visivelmente com dor. Nós víamos o quanto ele estava sofrendo em ter que fazer aquilo. –continuou, vendo os olhos de Anahí marejarem- E ele escolheu você! –lembrou- Ele poderia ter priorizado a vida da filha dele, e nunca mais veria você... E mesmo assim ele pediu para salvarem você. –terminou e uma fina lágrima desceu de um dos olhos de Anahí, fazendo ela respirar fundo, longamente-
VOCÊ ESTÁ LENDO
365 Dias de Inverno
FanficO inverno pode ser impiedoso quando quer. A chuva não cessa, e não ameniza em nada a dor que um inverno turbulento pode causar. Alfonso era o mundo de Anahí. Mas esse mundo acabou sendo levado pela chuva. Tudo se foi, tudo. A água levou o carinho...