Capítulo 89

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Após o jantar as meninas dormiram. Anahí estava na sala, em pé de frente para a vidraça, com os mesmos pensamentos, com as mesmas dúvidas, com as mesmas confusões, com os mesmos medos... E então ela sentiu a presença de Alfonso atrás de si, as mãos dele tocaram seus ombros e ele beijou levemente seu pescoço. As mãos voltaram a se movimentar, indo da nuca até os ombros, massageando-a.

Alfonso: Você está tensa. –constatou- Algo errado?

Ela se virou para ele, ficando com as costas encostadas na parede de vidro, olhando nos olhos dele, que pareciam confusos, mas tranquilos.

Anahí: Apenas muito trabalho. –respondeu sem deixar de encará-lo-

Foi ela quem acabou com a distância entre eles. Foi ela quem iniciou o beijo, e foi ela quem introduziu a língua no beijo para que ele mudasse de ritmo. Não era a primeira vez que ela tomava iniciativa, mas aquilo sempre deixava Alfonso surpreso, e talvez ele nunca se acostumasse com isso.

Ele a pegou pela nuca, a beijando ainda mais intensamente, da forma como ela pedia silenciosa. Quando o ar faltou, o beijo recomeçou, com nenhum dos dois dispostos a se deixarem. Porém, quando o ar faltou, Anahí desceu a boca pelo pescoço dele, ficando um tempo ali sentindo o seu perfume tão masculino. As mãos desceram para a barra da camisa dele, a puxando pela cabeça e a tirando, sem pressa. As mãos dela passaram pelo peito dele delicadamente, com o rosto próximo, ofegante, fazendo sua respiração arrepiar a pele dele.

Ela parou outra vez, sentindo novamente o perfume dele, enquanto suas mãos percorriam subindo e descendo pela pele do abdômen dele. Após alguns segundos apenas assim, Alfonso segurou o rosto dela, levantando-o e fazendo ela o encarar. Ele tentou desvendar os olhos dela, mas tudo o que enxergou foi uma imensidão azul agoniada.

Alfonso: Eu amo você. –falou, sem saber o que se passava com ela, mas mostrando que o que quer que fosse, ele estaria sempre lá com ela, amando-a com toda a sua força-

Ela continuou com o olhar ainda por alguns segundos, até agarrar ele pelo pescoço e iniciar um novo beijo. Da mesma forma, com a mesma intensidade e precisão. Era ligeiro e devagar, era fugaz e suave. Foi a vez dele de passar as mãos pelo corpo dela, desfazendo-a de suas roupas. A boca dele descia pelo corpo dela, incendiando-a da maneira mais prazerosa possível.

Quando já estavam os dois nus, Anahí estava com as costas grudadas no vidro, enquanto Alfonso a pressionava ainda mais, por enquanto apenas unindo suas intimidades, provocando-a. Ela gemia a cada investida falsa dele, suspirava com a boca dele fazendo arder sua pele por onde passava. E quando o desejo falou mais alto, Anahí levantou uma das pernas até a cintura dele, levando sua mão até o membro dele, o acariciando e ela mesma o introduziu em sua intimidade. Devagar, sentindo cada polegada dele dentro dela, enquanto ele grunhia em seu ouvido, lambendo e mordendo a pele de seu pescoço.

Quando Alfonso já estava por completo dentro dela, ela parou, apenas o sentindo por alguns instantes. Ela encostou a cabeça na vidraça, pouco se importando com sua nudez a mostra em um arranha-céu em plena Manhattan. Ela estava ofegante, os olhos fechados sentindo os beijos dele em seu pescoço e ombro, enquanto suas mãos massageavam seus seios. Ela gostava de saber que era com ela que ele fazia aquilo, que era ela que sentia todo o prazer que ele podia proporcionar a alguém.

Anahí: Alfonso... –falou entre alguns suspiros. Ele esperou, achando que ela continuaria a frase, mas ela não o fez. Ao invés disso, ela grunhiu abafadamente, e então se moveu, começando um ritmo entre eles-

Logo estavam os dois gemendo, com Alfonso fazendo fortes investidas contra ela enquanto uma de suas mãos estimulava seu clitóris. As mãos dela arranhavam as costas dele, deixando rastros fortes marcados. Anahí sentia os lábios inchados pelos beijos que Alfonso a dava sempre que recuperava o folego, com sua língua percorrendo pequenos cantos em sua boca a fazendo ficar ainda mais longe da lucidez.

Antes de um orgasmo, Alfonso a carregou até o sofá, sentando e fazendo-a ficar sentada em cima dele, com ele entre suas pernas. Ela agora se movia, comandando o ritmo, acelerando intensamente e diminuindo quando sentia o orgasmo de um deles se aproximar, prolongando o momento o máximo que podia.

O colo dela estava marcado da boca dele, assim como a pele dele das unhas dela. Minutos depois, sem conseguir mais aguentar, Anahí o encarou, movendo-se sob ele lentamente, sentindo seu orgasmo vir descontrolado. Ela via nos olhos dele o prazer dele também chegar sem poder prolongar mais nada. E enquanto os olhos se encaravam de uma forma diferente, como nunca se encararam antes, o clímax veio, violento e magnifico.

Foi arrebatador como sempre, extasiante, prazeroso, mas diferente. Havia algo diferente, Alfonso podia sentir em sua pele o quão especial aquilo foi. E ele estava inevitavelmente feliz com isso.

Agora estavam os dois deitados sob o sofá, Anahí tinha um pouco ainda do corpo sob o dele, com sua cabeça apoiada em seu peito. A mão se movia lentamente no peito dele. O silêncio havia se instalado desde o ultimo suspiro ofegante.

Alfonso: Você sabe que nós não vamos mais poder fazer isso aqui, daqui a uns anos, não é? –falou com um riso, resolvendo quebrar o silêncio-

Não era a primeira vez que ele falava do futuro dessa forma, como se eles ainda fossem estar daquela forma por muitos anos. E será que eles estariam? Será que daqui a alguns anos, quando Louisa e Mariah já forem grandes o suficiente para andar pela casa e flagra-los em uma situação constrangedora, como sempre acontecia em famílias normais, eles ainda estariam daquele jeito? Vivendo juntos como uma família?

Anahí se ajeitou sob o sofá, ficando com o rosto agora virado para ele, com seu queixo apoiado no tórax dele, o encarando.

Anahí: E você ainda pretende estar aqui comigo quando isto acontecer? –disse segundos depois, olhando para ele com o rosto sério. Ele ficou ainda por segundos se situando a pergunta que ela fizera-

Alfonso: Se você me permitir, sim. –respondeu, sério na mesma tonalidade dela-

Ela voltou a virar o rosto, fugindo do olhar dele, voltando a posição anterior. Ele fazia de leve carinho na cabeça dela, com os dedos entrelaçados em seus cabelos. Ela fechou os olhos, apenas sentindo o toque dele. Ela podia sentir os batimentos cardíacos dele de tão próximo que seu ouvido estava de seu coração.

Anahí: Eu acho que... –disse com a voz rouca, sem se mover, ainda sem olhar para ele- Podemos tentar.

Alfonso ficou paralisado, até sua mão parou com o movimento que fazia. Ele não sabia se havia escutado certo, ou estava ilusionando, ou...

Alfonso: Desculpe? –a voz dele quase não saiu de tão temerosa-

Ela então virou o rosto para encará-lo novamente, e quase se perdeu no olhar dele tão esperançoso.

Anahí: Nós dois, acho que podemos tentar... –ela pausou, buscando a palavra certa, mas só o que veio foi...- Ficarmos juntos.

Alfonso então se levantou, a tirando de cima dele e se sentando sob o sofá, enquadrando o rosto dela em suas mãos, encarando-a.

Alfonso: Anahí, você está falando sério? –perguntou com medo, mas querendo explodir de felicidade. Ela apenas assentiu com seu rosto amparado nas mãos dele- Meu Deus, você jura? Jura que está falando sério? –disse agora com um riso, mal conseguindo se conter- Meu Deus, Anahí... –ele ria incontrolavelmente, enchendo o rosto dela de beijos, priorizando seus lábios-

Anahí: Alfonso... –o chamou, fazendo ele parar com a distribuição de beijos- Só não faça eu me arrepender disso. –pediu, quase implorando com o olhar-

Alfonso: Eu prometo, eu prometo para você que não vai se arrepender, que eu vou me dedicar diariamente a fazer você a mulher mais feliz desse mundo. -ele se aproximou novamente, agora apenas unindo seus lábios com o dela de maneira calma, selando a promessa-

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