Capítulo 13

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O tempo realmente correu, e o final do ano começou. As provas finais estavam quase na porta, e o St. Joseph inteiro começava a se preparar.

Dulce: Anahí, vamos por favor. –pedia na hora do intervalo, no mesmo lugar que sempre ficavam, no gramado- Você é a única que entende de História.

Anahí: Amiga, eu já combinei com Alfonso. –respondeu mexendo em sua salada- Você sabe que ele está repetindo esse ano. Precisa da minha ajuda.

Maite: Mas você já passou o ano inteiro grudada nele. Não acredito que ele não tenha aprendido nada.

Anahí: Mas são as provas finais. –rebateu- São as mais importantes... Por favor. Entendam. –pediu, se levantando- Eu vou falar com ele, ficamos de combinar a hora de hoje. Vou lá antes que acabe o intervalo. –ela passou as mãos sobre o uniforme, o limpando da grama- Tchau.

Dulce: Droga! –disse já quando Anahí não estava mais- Eu não sei nada de História, eu não posso ficar de recuperação. –falou chorosa deitando-se sobre a grama-

Maite: Tem algo que me preocupa mais do que isso. –suspirou com o olhar perdido-

Dulce: O que? –se ergueu novamente com os antebraços, para olhá-la-

Maite: Ontem, eu fui ao shopping com a minha mãe. –contou num suspiro- E vi Alfonso lá... –Dulce a olhava confusa- Com Angelina. –e agora a miga a olhava de olhos arregalados- De mãos dadas. –completou-

Dulce: Mai, você tem certeza? –perguntou completamente atônica-

Maite: Claro Dulce. Certeza absoluta. –falou abaixando a cabeça suspirando- Ele também me viu, e logo soltou a mão de Angelina. Mas eu já os via a bastante tempo, e eles agiam como se estivessem juntos. Vi até ele comprar sorvetes para eles.

Dulce: Oh, Deus. –ela gemeu- Eu sabia que tinha algo errado com esse namoro repentino.

Maite: Você acha que eu deveria falar para ela?

Dulce: Anahí é completamente apaixonada por Alfonso, desde... Sempre. –disse desanimada- E agora, agora ela o vê como um Deus, sem defeitos. Eu a conheço há muito tempo, e por conhecê-la, me dói dizer isso, mas acho que ela não acreditaria na gente. Ela vai inventar várias coisas para justificar isso.

-

Anahí: Maite, você com certeza viu alguma coisa errada ai. –disse com um riso-

Alguns dias haviam se passado, as três estavam na casa de Anahí. Dulce e Maite não aguentavam mais guardar aquilo.

Maite: Any, eu tenho certeza que era ele.

Anahí: Maite, Alfonso nem ao menos gosta de shopping. –ela ainda ria, enquanto as duas lhe olhavam sérias- Sério amiga, acho que você está com problema de vista.

Maite: Minha vista vai muito bem, Anahí. –suspirou- Mas tudo bem, não quer acreditar. Não acredite.

Anahí: Eu coloco minha mão no fogo, por Alfonso. Por isso amiga, eu sei que você deve ter se enganado no que viu. -respondeu por ultimo, sorrindo-

E o assunto estava encerrado. Logo Anahí fez com que aquele clima se esvaísse, e elas pudessem a ser como sempre foram. Para ela, a questão de Alfonso estar em um shopping, com Angelina, era impossível. Não existia essa possibilidade, não mesmo.

-

Mais de um ano havia se passado desde que Anahí e Alfonso começaram a namorar. Anahí era a mesma garota gentil e educada de sempre, mais agora, apaixonada, imensamente apaixonada. Alfonso, apesar de o caráter continuar o mesmo, por fora havia mudado, agora muito mais bem vestido do que antes.

Anahí: Faltam dois dias para as férias de verão. –ela sorriu empolgada-

Os dois estavam deitados no gramado ao lado da piscina da casa dela. Era pôr do sol, e o clima estava ótimo naquela tarde, e eles, após estudarem para as provas semestrais, descansavam sobre o sol.

Alfonso: Eu nem acredito. –respondeu, os olhos fechados por conta da claridade do sol, sentindo o cheiro do cabelo de Anahí que tinha a cabeça apoiada do peito dele- Finalmente, férias. E logo depois, fim do ensino médio.

Anahí: Amor, mas logo tem a faculdade. –disse num riso- Você não vai fazer?

Alfonso: Faculdade, princesa? Não, não é um sonho meu. –respondeu rindo também-

Anahí: Alfonso, mas é importante. Todos temos que fazer. E você tem que ir, para continuarmos juntinhos. –continuou, apertando-se ainda mais a ele- Meu sonho sempre foi Yale. –ela levantou o rosto para encará-lo, mas ele continuava com os olhos fechados- E você?

Alfonso: Meu sonho sempre foi poder ter tudo o que eu quiser, na hora que eu quiser. Sem fazer muito esforço para isso. –respondeu sorrindo, e Anahí riu junto-

Anahí: Alfonso, é serio! –falou ainda rindo-

Alfonso: Tudo bem. Chega de assunto sério. Ainda estamos no verão, falta muito para o ano acabar.

Ele abriu os olhos, se virando contra ela, deixando o corpo dela abaixo do seu. Ela sorria com a atitude surpresa dele. Alfonso levou a mão até o rosto dela, tirando o óculos de se rosto. Ela sorriu ainda mais, piscando para acostumar a vista. Ele demorou alguns segundos a encarando, ela agora deitada, os cabelos estavam soltos e lisos naquele dia, esparramados pela grama. Ele levou a mão até o rosto dela, se aproximando aos poucos, a beijando.

O beijo aos poucos foi se intensificando. O calor que sentiam já não era mais por conta do sol, que agora esfriava, dando lugar a lua. As línguas brigavam uma com a outra, fazendo com que o beijo ficasse cada vez mais avassalador. Apesar de todo esse tempo juntos, Alfonso nunca avançava demais em relação a Anahí. Ele sabia que ela era inexperiente, e ele também não fazia questão alguma de mudar aquilo.

Mas, ao decorrer daquele beijo, a excitação ficava cada vez mais evidente em Alfonso. Sem conseguir se controlar, as mãos começaram a passar pelo corpo dela, que devido as roupas enormes que ela usava, era difícil achar a pele dela. Anahí suspirava entre aquele beijo novo, o corpo parecia pegar fogo, ansiando pelo o que viria. O corpo de Alfonso pesou sobre o dela, ele levou uma das mãos até a perna dela, subindo por baixo da saia xadrez que Anahí usava.

Anahí gemeu, sentindo a mão dele quente e firme em sua coxa. Ela sentia a calcinha molhada, como nunca havia sentido antes. O estômago revirava por dentro com a nova sensação. Ela o beijava desesperada, mal conseguindo controlar a vontade do próprio corpo, que se contorcia embaixo dele.

Anahí: Alfonso... –ela sussurrou, quando ele desceu a boca pelo pescoço dela, beijando-a com voracidade-

Ele, alheio a voz dela, continuou a beijar o pescoço de Anahí, passando a mão livre por um dos seios dela, o apertando. Ela arfou sentindo o novo toque. Ela sussurrou o nome dele outra vez, e ele apertou seu seio de novo. A língua dele passeava pela pele do pescoço dela, subindo ao ouvindo.

Alfonso: Eu não estou conseguindo me controlar... –sussurrou no ouvido dela, pressionando seu quadril ao dela, fazendo com que ela sentisse toda sua excitação-

Ela fechou os olhos, gemendo. Eles nunca haviam ido tão longe, como naquele momento.

Anahí: Amor, é melhor pararmos então. –falou com dificuldade, sentindo a boca dele chegando próxima a sua outra vez- Tia Daphne pode nos ver.

E ele suspirou, dando vários selinhos nela. Ficando mais um tempo ainda em cima dela, acalmando o corpo.

Anahí: Eu amo você. –declarou sorrindo, com o rosto dele em seu pescoço, acariciando seus cabelos-

Aquela não era a primeira vez em que essa frase era dita, e nem seria a última. 

365 Dias de InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora