Capítulo 93

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Era domingo e Anahí mal havia conseguido dormir quando amanheceu. Ela não tinha a menor vontade de sair da cama naquele dia, mas haviam duas pessoas que precisavam dela, que não tinham culpa de nada do que estava acontecendo.

Quando ela entrou na cozinha, com o corpo mole, o rosto cheio de olheiras e o cabelo amarrado de qualquer maneira, ela viu Louisa em sua cadeirinha sentada próximo ao balcão, onde Margot lhe ajudava a comer. Ela ficou um tempo na porta, olhando-as sem ainda ser vista, lembrando-se de quando acordava e passava segundos observando quieta Alfonso virar panquecas para o alto, fazendo Louisa gargalhar animada batendo palmas. Lembrou-se da vez em que ele tentara fazer a mesma coisa, mas com Mariah no colo, gritando em seu ouvido, chorando, e do quanto riu da cena naquele dia.

E agora, vendo Louisa comer quieta, sem nenhum som desesperante naquela cozinha e nem som nenhum em qualquer outro lugar da casa, era como se cutucassem a ferida inflamada que estava em seu peito.

As lembranças eram duras, cruéis, torturantes...

Naquela tarde, ela estava no sofá encolhida, vendo Louisa no tapete do chão da sala brincando, enquanto Mariah dormia ao seu lado. Ela então lembrou de alguns meses atrás, no aniversário dela. Quando ela chegou em casa, ele a esperava junto com as meninas, e um pequeno bolo, onde antes mesmo dela chegar Louisa já tinha a boca suja por ficar pegando o chocolate na lateral do bolo com os dedos. Os três cantaram parabéns para ela, enquanto ela com um sorriso bobo assistia a cena.

Anahí: Ela estava louca para comer o primeiro pedaço. –disse entre risos, já mais tarde, sentada na beira de sua cama, passando hidratante em seus braços. Alfonso se posicionou atrás dela, e começou a beijar sua nuca exposta pelo cabelo preso em um coque- Os olhos dela brilharam quando eu dei a ela o primeiro pedaço.

Ela não parecia se importar com o que ele fazia. Ele soltou um riso abafado em seu pescoço e ela sentiu o hálito dele quente tocar sua pele, tão chamativo que era quase palpável.

Alfonso continuou beijando-a, e ela fechou os olhos involuntariamente, para aprofundar o toque dele. Ele então a puxou para trás, a fazendo deitar na cama e deitou em cima dela, apoiando seu peso nos braços ao lado dela, e a beijou. Um beijo intenso, fugaz, com vontade, desesperado. As línguas quase se derretiam com o contato.

Quando o beijo acabou, ele se ergueu outra vez para encará-la, e ela estava ofegante, com a pele ao redor da boca vermelha por causa da barba dele, os olhos ainda se abrindo aos poucos, encontrando os dele.

Alfonso: Feliz aniversário. –sussurrou olhando nos olhos dela, sorrindo de canto-

Ele ficou com o olhar penetrado no dela ainda por alguns segundos após isso. Mas logo depois, ele avançou a distância entre eles e a beijou outra vez, da mesma maneira que segundos atrás.

O beijo incendiou a cama embaixo deles. Anahí passou a sentir-se inquieta, com o corpo inflamado, com o beijo dele despertando todo o calor no corpo dela, fazendo as mãos passearem pelo corpo dele enquanto ele devorava sua boca.

Ele levou as mãos até as coxas dela, subindo por dentro da camisola de seda, adentrando entre suas pernas e encontrando sua intimidade. Ela gemeu por antecipação com sentiu o toque dele dentro de sua calcinha, a outra mão esmagava os seios dela, cada um de uma vez, com a boca descendo por seu maxilar, pescoço e colo.

As mãos dela arrancaram a camisa dele, enquanto ele invadia sua intimidade com os dedos, acariciando seu clitóris, fazendo o corpo dela se contorcer embaixo dele.

As costas de Alfonso já estavam em carne viva das unhas dela, quando Anahí gozou nos dedos dele. Ela grunhiu alto, quase como um grito, com o prazer na garganta. A respiração estava descompensada enquanto Alfonso distribuía vários beijos no rosto dela, em toda parte, na bochecha, nos olhos, na testa, no nariz e na boca.

Quando ela se recuperou, ela pegou impulso, empurrando-o e o deitando sob a cama, ficando montada em cima dele. Ele estava deitado e ela estava sentada em cima dele, de modo que ficava o vendo de cima. E se encarando, ela puxou a camisola, tirando-a por sua cabeça e braços, dando a ele a vista de todo o seu corpo nu. Ela se posicionou em cima do membro dele, duro como pedra, e se moveu sob ele, ainda com a calça dele de moletom entre eles. Ele arfou, soltando alguns gemidos, sentindo ela dançar em cima do membro dele, o atiçando.

Alfonso: Anahí... –ele sussurrou entre gemidos, sentindo-a em cima dele. Ele abriu os olhos e ela estava sorrindo olhando para ele concentrada em seus movimentos-

Logo depois, ela mesma se desfez da calça dele, unindo-os agora por completo, sentando em cima dele. Ela começou outra vez os movimentos, agora mais fortes e mais intensos, inclinando-se até ele para lhe beijar, sentindo as mãos dele agarradas em seus cabelos.

Segundos depois, estavam os dois gemendo sob a cama, com Anahí aumentando o seu ritmo, e Alfonso ajudando-a com isso. Ele falava algumas palavras desconexas, sem sentido, e ela adorava deixa-lo assim, sem lucidez. Excitava-a saber que era ela quem estava provocando aquilo nele, que era ela que lhe dava prazer, e o fazia perder a razão.

O acontecido fora antes, antes dela decidir dar a ele uma chance. Fora em uma das tantas vezes em que eles se amaram, em que eles se saciaram, juntos. Ela tinha varias lembranças como essa, tinha várias boas lembranças para recordar, de momentos felizes, deles a sós, deles com as meninas, dele com elas quando ela ficava minutos observando-os.

Ela viveria sem ele, claro que viveria, já viveu uma vez por dez anos. Conseguiria sobreviver mais uma vez... Mas definitivamente não era mais isso que ela queria. Uma vida solitária e infeliz, uma vida com questionamentos e cheias de "e se". 

Ela não tinha nada, absolutamente nada. Não tinha nem mesmo uma família. E agora, ela tem. Uma família linda, uma vida feliz... Mariah e Louisa, juntamente com Alfonso eram sua família, eram tudo o que ela podia querer, e até mais do que isso. E ninguém poderia dizer o contrario, ninguém.

Por que fora tão difícil acreditar em Alfonso, quando ele lhe jurou que a amava, se agora, com suas lembranças, tudo o que ela conseguia sentir era o amor dele?

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Como podem ver, esse não é o ultimo capítulo hahahaha
É apenas a parte 1/2 dele. 

Até breve ;*

365 Dias de InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora